Por Valdemar Pinheiro | 17h55
A arriba da Bafureira, com oito metros de altura e 200 metros de extensão e sinalizada como área de risco elevado de derrocada – a última aconteceu em fevereiro último- vai ser alvo de obras de estabilização e reabilitação. O anúncio foi feito, este sábado, em nota enviada aos órgãos de Comunicação Social, entre os quais Cascais24Horas, pelo Ministério do Ambiente e Energia, liderado por Maria da Graça Carvalho, que defende “ações eficazes contra o recuo da linha costeira”.
Com um custo total de 861 mil euros, a operação de intervenção agora aprovada para aquela arriba tem como objetivo conter o processo de erosão costeira, garantindo a recuperação e o reforço, minimizando as situações de risco de pessoas e bens, entre as praias de São Pedro do Estoril e das Avencas.
As ações previstas compreendem trabalhos preparatórios de limpeza e saneamento, o enchimento de cavidades de elevada expressão, a estabilização com recurso a betão projetado e pregagens, a estabilização com recurso a redes metálicas e pregagens, a reconstrução e a construção de muralha, a reabilitação da muralha existente e a reabilitação de estruturas de betão armado existentes e o preenchimento de cavidades.
Esta intervenção é financiada em 85% pelo Sustentável 2030- Programa Temático de Ação Climática e Sustentabilidade, tutelado pelo Ministério do Ambiente e Energia que, com um investimento total de 1,2 milhões de euros, integra, ainda, o estudo de caracterização de manchas de areia de empréstimo, na plataforma continental Norte, para a alimentação artificial de praias [CHIMERA Norte], que tem um custo de 346 mil euros.
“A alimentação artificial na faixa costeira em situação de erosão pressupõe a existência de recursos sedimentares adequados na plataforma continental e, por isso, como um dos desígnios do projeto CHIMERA Norte, é fundamental realizar um conjunto de trabalhos específicos de reconhecimento sedimentar, morfológico e de caracterização das manchas de empréstimo de areia”, refere a nota do Ministério do Ambiente e Energia.
A ministra Maria da Graça Carvalho, considera estas intervenções “extremamente importantes, tendo em conta o risco de erosão costeira a que um País como Portugal, com uma extensa linha de costa, está sujeito” e assegura que “com estes investimentos, que se seguem a outros, entretanto, anunciados pelo Ministério do Ambiente e Energia, há uma semana, na ordem de 33 milhões de euros, há uma clara aposta na atenuação da perda de território devido ao recuo da linha costeira, provocada pela erosão”.
Para a governante, “a compreensão e a gestão eficaz da erosão costeira em Portugal são essenciais para proteger, tanto as comunidades humanas, quanto os ecossistemas naturais ao longo da sua costa”.
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Excelente notícia. Em boa hora finalmente.
Os moradores de Parede e frequentadores destas duas praias ficamos muito satisfeitos