
AINDA só há dois candidatos oficiais à Câmara de Cascais

CASCAIS- A escassos quatro ou cinco meses das próximas eleições autárquicas, ainda só há dois candidatos oficiais à Câmara de Cascais- a coligação VivaCascais do PSD/CDS-PP liderada por Nuno Piteira Lopes e da CDU encabeçada por Carlos Rabaçal.
PS, o segundo partido mais votado nas últimas autárquicas e Chega, o terceiro, continuam sem candidatos oficiais, para além de outros, como a Iniciativa Liberal, Pan, Bloco de Esquerda e Livre.
No Partido Socialista, segundo Cascais24Horas apurou, vive-se uma autêntica geringonça interna, depois de falar-se em Marcos Perestrelo.
Segundo a última edição do Expresso, “PS e Jonet tentam acordo para Cascais”, isto é, o jovem da Juventude Social Democrata (JSD) João Maria Jonet, anunciado como candidato independente para uma candidatura para a qual necessitava, pelo menos de 500 mil euros, mas que poderia ficar-se pelos 350 mil, estará, segundo o Expresso, “em conversas com o PS para chegar a uma solução conjunta”.
Já em declarações ao mesmo jornal, João Ruivo, presidente da Concelhia do PS de Cascais, afirmou que “é um absurdo imaginar que isso seria possível”. Cascais24Horas também procurou durante esta sexta-feira contactar João Ruivo para obter uma declaração, mas sem sucesso.
Não seria, no entanto, a primeira vez, em Cascais, que o PS recorreria a independentes para cabeça de lista à Câmara Municipal. Foram, nomeadamente, os casos de João Cordeiro em 2013 e de Alexandre Faria em 2021.
O Chega, de André Ventura, é outra grande incógnita. É que Ventura ainda não decidiu, afinal, quem vai ser o candidato a Cascais, embora muitos defendam que o moderado João Rodrigues dos Santos, vereador no executivo, é a pessoa “mais indicada pelo trabalho que tem desenvolvido nestes últimos quatro anos na oposição”, existindo “o risco do partido perder votos caso surja outro cabeça de lista”.
Recorda-se que, para além de João Rodrigues dos Santos, foram ultimamente avançados outros nomes como possíveis candidatos, como, por exemplo, Pedro Pessanha, deputado parlamentar e presidente da Distrital de Lisboa, com o também deputado António Pinto Pereira a mostrar-se disponível para concorrer pelo partido e, em caso contrário, a candidatar-se como independente.
António Pinto Pereira está em “guerra aberta” com Carlos Carreiras e tem assumido publicamente, através das redes sociais e, sobretudo da publicação de vídeos com milhares de seguidores, a sua intenção de combater as políticas do ainda autarca em final de mandato e com este, por sua vez, a avisar, que o principal inimigo a combater é o Chega.
Já quanto à Iniciativa Liberal, segundo Cascais24Horas apurou, o nome do candidato a Cascais “só deverá ser divulgado depois das eleições legislativas de 18 de maio”.
É possível que os restantes partidos venham também a avançar com nomes para Cascais depois de maio próximo, embora fontes partidárias contactadas por Cascais24Horas “lamentem que isso venha a acontecer”, pois, explicaram, “eleições para o Parlamento são uma coisa e para as Autárquicas são outra completamente diferente e os eleitores do concelho de Cascais merecem mais respeito e que os seus interesses sejam colocados pelos partidos acima do seu próprio interesse partidário”.
Nas eleições autárquicas de 2021, a coligação Viva Cascais (PSD/CDS-PP) voltou a vencer as eleições em Cascais com resultado superior aos 50% dos votos e a conseguir eleger 7 dos 11 vereadores.
O PS, que concorreu junto com o Pan e o Livre, obteve 21,6% dos votos e 3 vereadores – um resultado muito abaixo dos 29% conseguidos em 2017 em que a cabeça de lista era Gabriela Canavilhas. Perdeu, ainda, para a coligação Viva Cascais o seu único bastião no concelho- a freguesia de São Domingos de Rana.
Já o Chega conseguiu eleger um vereador ao obter 7,4% dos votos, enquanto que a a CDU viria a perder o único vereador, o que aconteceu pela primeira vez.
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