VIDEOVIGILÂNCIA incluída na reabilitação do Paredão de Cascais
Por Valdemar Pinheiro | 21h31
A requalificação do Paredão, que liga as praias da Conceição à da Poça, numa extensão de 2,5 km, aprovada este mês pelo executivo municipal, vai incluir a instalação de sistemas de videovigilância para reforçar a segurança dos milhares de utentes daquele que é uma das referências do concelho de Cascais e onde gangs têm vindo a atuar com alguma frequência com assaltos violentos.
Orçada em 22 milhões de euros, esta reabilitação prevê a substituição das atuais lajes de pedra, há muito em mau estado por um piso de betão desactivado, a instalação de mais iluminação pública LED, a colocação de novo mobiliário urbano para exercício físico e novas áreas verdes. Está ainda prevista a melhoria dos acessos para veículos de emergência e abastecimento.
Responsáveis municipais garantem que “este projeto respeita os mais altos padrões de sustentabilidade e políticas amigas do ambiente, com uma escolha criteriosa de materiais e equipamentos, em consonância com a política de neutralidade carbónica adotada pela autarquia.”
Sinalizada como “prioritária”, devido às lacunas estruturais que têm vindo a colocar em causa a segurança de pessoas e bens, esta intervenção municipal tem vindo a ser adiada desde 2019.
O próprio Vice-presidente da Câmara de Cascais, Nuno Piteira Lopes, reconheceu tratar-se de um desejo antigo ao afirmar que, “finalmente, o projeto está desbloqueado após superar todos os obstáculos que o adiaram”.
Satisfeito o compromisso municipal de, finalmente, avançar com a reabilitação do Paredão, está Marcelo Fonseca Santos, líder do movimento pela reabilitação do Paredão Cascais e Estoril e ex-vogal na Junta de Freguesia de Cascais e Estoril, que tem vindo a organizar algumas ações pacíficas de protesto e de alerta para a degradação a que o espaço chegou nos últimos anos.
“É uma iniciativa há muito esperada”, disse a Cascais24Horas, relembrando que “o piso há muito tempo que está degradado. A prática desportiva neste local é um perigo, a população mais sénior evita este local por falta de segurança”.
“Afinal sempre esteve no domínio da Câmara resolver este problema, o lançamento do concurso público é prova disso, valeu a pena lutar”, adiantou.
Questionado se as suas ambições se esgotam na requalificação do Paredão, ou se tem ambições de se voltar a candidatar a um cargo público, Marcelo Santos admitiu que sente “o carinho e o reconhecimento das pessoas depois de 8 anos de trabalho no executivo da junta”, mas frisou que a defesa do Paredão “não se prende com ambições pessoais, mas em querer contribuir para o bem comum”.
Concluiu que a campanha para a requalificação do espaço “tem contado com um apoio suprapartidário, da esquerda à direita e acolheu agora a aprovação do executivo camarário”.