DEFENSORES da Quinta dos Ingleses exigem fim do corte de árvores
CARCAVELOS- A ONGA SOS Quinta dos Ingleses – Associação Ambiental, a Alvorada da Floresta e o Fórum por Carcavelos lançaram esta terça-feira um apelo apelo público à Câmara Municipal de Cascais, à CCDR-LVT e às Comissões de Ambiente e de poder local e coesão territorial da Assembleia da República para determinarem a suspensão imediata do corte raso das árvores da Mata da Quinta dos Ingleses, bem como da entrega de terras efectuadas pela Alves Ribeiro SA.
Em causa, estão milhares de árvores a serem dizimadas.
Segundo uma nota da SOS Quinta dos Ingleses, estes 52 hectares de paisagem e património natural e histórico de Carcavelos são reconhecidos pela Assembleia da República que, em resolução n. 208-2021 , recomendou ao Governo que, em colaboração com a autarquia de Cascais, procedesse à classificação como “Paisagem Protegida de Âmbito Local” mediante, cita a ONGA SOS Quinta dos Ingleses: “a segurança e a valorização ambiental e patrimonial da Quinta dos Ingleses, assegurando o seu equilíbrio com o restante ecossistema urbano e ambiental”.
“Nem o recurso da sentença que indeferiu a medida cautelar, nem a ação principal, ambas as propostas pela SOS Quinta dos Ingleses, ainda foram decididas”, explica a Associação Ambiental, que acrescenta: “Por conseguinte, não tendo os tribunais ainda formulado decisões finais nos respectivos processos judiciais, é absurdo que sejam feitos estes cortes de árvores e se procedam à abertura de estradas e à eventual colocação de infraestruturas, com impacto irreversível ou difícil de recuperação para a fauna e a flora bem como para os solos da Quinta”.
“A destruição do espaço natural da Quinta, com a eventual construção deste mega-empreendimento a menos de 500 metros da linha do mar, ainda antes de clarificadas as pretensões judiciais, inveja o acesso pleno à justiça ambiental e, especialmente na situação de emergência climática que vivemos põe manifestamente em causa a biodiversidade, o ambiente e a qualidade de vida das cidades”, refere a ONGA SOS Quinta dos Ingleses, a qual questiona: “51 anos depois de instaurado um regime democrático, as resoluções da Assembleia da República não são para se respeitar e cumprir?”.
Já este domingo, conforme Cascais24Horas noticiou, revoltados com o corte massivo de árvores na Quinta dos Ingleses, em Carcavelos, um grupo de cidadãos indignados retirou os tapumes do polémico projeto urbanístico em frente à avenida da Marginal, com o protesto a terminar com a chegada da PSP, que identificou um dos participantes.
O protesto, pacífico, foi levado a cabo pelo movimento “Floresta da Alvorada”, que convovou, para esta quarta-feira, dia 30 de abril, um protesto junto à sede da Alves Ribeiro e no dia 10 de maio um outro em Carcavelos.
