
INDIGNADOS retiraram tapumes da Quinta dos Ingleses para mostrar corte massivo de árvores e planeiam protestos junto da Alves Ribeiro

CARCAVELOS- Revoltados com o corte massivo de árvores na Quinta dos Ingleses, em Carcavelos, um grupo de cidadãos indignados retirou os tapumes do polémico projeto urbanístico em frente à avenida da Marginal, com o protesto a terminar com a chegada da PSP, que identificou um dos participantes.
“Mandámos abaixo os tapumes para que as pessoas vejam esta devastação ambiental sem precedentes em Carcavelos Sul e exigimos que a promotora da obra, a Alves Ribeiro S.A., se pronuncie publicamente sobre isso”, afirmou, na oportunidade, Miguel Alcides, um dos elementos do movimento Alvorada da Floresta.
Num dos muitos grafitis nos tapumes podia ler-se “A Quinta a Carcavelos” e em alguns cartazes que este grupo de cidadãos exibia também podia ler-se “Deixem-nos Respirar!” e “Alves Ribeiro, Ambiente Primeiro”.
O movimento Alvorada da Floresta reivindica o fim imediato das obras e a expropriação da Quinta dos Ingleses para usufruto público e anuncia que no próximo dia 30, quarta-feira, vai levar a cabo um protesto junto à sede da Alves Ribeiro e no dia 10 de maio um outro em Carcavelos.
Uma nota divulgada este domingo pelo movimento relembra que “estando dois processos judiciais em curso que reclamam a proteção integral do património natural da Quinta, os ativistas exigem que a construtora revele as razões pelas quais tem vindo a efetuar um abate intensivo das árvores desde o início das férias da Páscoa “com impacto irreversível na última mancha verde da orla costeira”.
Recorda-se que em recente petição pública da população, mais de 4500 pessoas pediram, entretanto, a paragem imediata da destruição da mata.



Segundo o movimento, “nesta última semana, a Alvorada da Floresta têm tentado contactar com a construtora e protagonizado diversos bloqueios humanos em entradas do recinto da Quinta, mas a Alves Ribeiro tem se mantido em silêncio”.
Diz, ainda, p Alvorada da Floresta que “apesar de uma anterior petição com mais de 11 mil assinaturas, da deliberação da Assembleia da República 208/2021 a recomendar a classificação da Quinta como Paisagem Protegida de Âmbito Local e de uma ação judicial em curso, nada disto conseguiu garantir a segurança da Quinta dos Ingleses”. A Alvorada da Floresta acredita que apenas a união e a mobilização da população local conseguirá travar a destruição da Quinta.
O movimento acredita que apenas a união e a mobilização da população local conseguirá travar a destruição da Quinta.
1 Comment
Valentes!!! Precisamos de mais Cascalenses assim