Por Valdemar Pinheiro | 20h10
O presidente do conselho de administração da Tratolixo, Nuno Soares, elogia e atribui aos munícipes de Cascais, Oeiras, Sintra e Mafra o sucesso alcançado no ano passado pela empresa, que rececionou e tratou 61.205 mil toneladas de biorresíduos- um crescimento muito significativo em quase 10% das recolhas seletivas.
De acordo com Nuno Soares, esta conquista só foi possível graças “a uma crescente consciencialização ambiental e alteração comportamental dos cidadãos, decorrente dos projetos municipais em curso”.
Sediada em Trajouce, São Domingos de Rana, a Tratolixo foi uma das empresas pioneiras na separação de biorresíduos no País, que trabalha em articulação com as autarquias dos quatro municípios.
Também o projeto dos sacos verdes para os biorresíduos alimentares registou um aumento superior a 250% comparativamente a 2022. A aposta na sensibilização ambiental na Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra para o Tratamento de Resíduos Sólidos e a implementação de projetos de recolha seletiva nas áreas de atuação da Tratolixo contribuíram para este desempenho.
Recorda-se que a recolha seletiva de biorresíduos é obrigatória em Portugal desde janeiro de 2024, mas a Tratolixo foi uma das empresas pioneiras na separação destes resíduos, tendo, em articulação com os municípios da sua área de atuação, iniciado em 2019 quatro projetos-piloto que, no seu total, abrangeram mais de 20.000 famílias.
Segundo a empresa, o maior crescimento foi registado nos resíduos verdes tendo sido recolhidas 50 mil 654 toneladas (mais 9,7% face ao ano anterior). No caso dos resíduos alimentares, foram recolhidas 10 mil 551 toneladas (mais 7,8% do que em 2022).
No final de 2023, a recolha de biorresíduos abrangia mais de 32% da população dos quatro municípios, ou seja, quase 100 mil famílias, e esta tipologia de recolha representa um peso total de 13% da atividade da Tratolixo. Recorde-se que os sacos verdes permitem à população separar os resíduos de alimentação de forma simples e colocar no contentor de resíduos indiferenciados e este projeto representa por si a recolha de 4 mil toneladas, o que significa uma evolução positiva de 253,60% em comparação com 2022.
Segundo Nuno Soares, presidente do conselho de administração da Tratolixo, “os resultados alcançados em 2023 em termos de recolhas de biorresíduos são muito relevantes”, tendo o mesmo responsável destacado “o êxito da implementação dos sacos verdes, que permitem a recolha dos resíduos alimentares e o tratamento de forma seletiva, maximizando a valorização deste recurso”.
Ainda segundo o mesmo responsável, “antecipando a entrada em vigor a 1 de janeiro deste ano da obrigatoriedade da recolha seletiva de biorresíduos, os quatro municípios trabalharam ativamente na sensibilização da população para a importância da separação adequada dos biorresíduos e em particular dos restos de comida. Os valores alcançados revelam, assim, uma crescente consciencialização ambiental e alteração comportamental dos cidadãos, decorrente dos projetos municipais em curso, sendo um indicador de desempenho animador para o cumprimento das metas previstas no PERSU 2030”.
“Enquanto empresa intermunicipal responsável pelo serviço público de tratamento de resíduos urbanos produzidos por 864 mil habitantes dos municípios de Cascais, Oeiras, Sintra e Mafra, a Tratolixo está comprometida em continuar a apostar em projetos que contribuam para manter e potenciar positivamente estes avanços ambientais no que diz respeito às recolhas de resíduos”, assegura o presidente do conselho de administração da Tratolixo.