AUXILIAR de ação de saúde grávida perde filha antes do parto no hospital onde trabalha
Por Valdemar Pinheiro | 00h27
Uma grávida, que perdeu o bebé às 40 semanas de gestação após ter sido observada no Hospital de Cascais devido a queixas de dores e sangramento e foi mandada para casa, com a indicação de estava “tudo bem”, é funcionária da própria unidade hospitalar, onde exerce a função de auxiliar de ação de saúde, apurou Cascais24Horas.
Fonte próxima da administração do hospital confirmou, a Cascais24Horas, tratar-se de uma funcionária daquela unidade hospitalar.
Pamela, 26 anos, bem como o marido, aguardavam com grande ansiedade a chegada de uma menina e, inclusivamente, há tempos, tinham organizado um chá com amigas para assinalar o nascimento da criança, que “era muito desejada”.
Na segunda-feira, a jovem grávida sentiu fortes dores, que associou a possíveis contrações devido ao tempo da gestação, que estava na reta final.
Observada no Hospital de Cascais, Pamela acabou por regressar a casa, com a indicação de que ainda não estava em trabalho de parto.
Já na quarta-feira, na sequência de um forte sangramento, voltou àquela unidade hospital, recebendo então a trágica notícia de que a bebé estava morta.
A notícia de este caso deixou em choque amigos e colegas de Pamela. No próprio seio hospital a notícia foi recebida com “tristeza”.
Já o Hospital de Cascais assegura que “todos os seus profissionais atuaram de acordo com os protocolos e práticas clínicas instituídos, de forma totalmente criteriosa, responsável e humanizada”, mas escusa-se a entrar em pormenores por tratar-se de “matéria de confidencialidade”.
Fonte próxima da administração garantiu, a Cascais24Horas, que Pamela está a ser acompanhada psicologicamente neste momento difícil.
Esta triste notícia contrasta com o final feliz, em fevereiro último, de uma outra grávida, 29 anos, oriunda da Margem Sul, que apresentava sinais de aborto espontâneo, sangramento abundante e febre e depois de ver recusado o atendimento nos hospitais do Barreiro e de Santa Maria, em Lisboa, acabou por dar à luz com sucesso no Hospital de Cascais.
Parceria Público Privada, desde há mais de um ano assumida pelo grupo espanhol Ribera Salud, o Hospital de Cascais assegura no seu site oficial que “a Maternidade foi desenhada para proporcionar à futura mãe toda a segurança e conforto durante o nascimento do seu bebé”.
Diz, ainda, que “a partir das 39/40 semanas as grávidas que virão ter o seu filho no Hospital de Cascais passam a ser aqui acompanhadas. Para situações de gravidez de risco esse acompanhamento é feito desde o início do período de gestação”.
“Os cuidados prestados à parturiente e ao bebé são assegurados por uma equipa de médicos especializados em Ginecologia e Obstetrícia, bem como por enfermeiros experientes e com formação específica nesta área”, lê-se, ainda, adiantando que “o Serviço de Obstetrícia dispõe, na totalidade, de 22 quartos individuais (podendo passar a duplos nos períodos de maior afluência), 8 salas de partos e 2 salas de cesariana. De salientar que todo o processo de dilatação é realizado num quarto individual, para maior conforto e privacidade da mulher”.
Finalmente, dá-se nota que “A MATERNIDADE DO HOSPITAL DE CASCAIS É A MATERNIDADE DE REFERÊNCIA PARA O CONCELHO DE CASCAIS” e que “serve ainda 8 freguesias do concelho de Sintra: Algueirão-Mem Martins; Pero Pinheiro; Colares; São João das Lampas; Sintra (Santa Maria e São Miguel); Sintra (São Martinho); Sintra (São Pedro de Penaferrim) e Terrugem”.