
ANTÓNIO Pinto Pereira atribui ataques a outdoors à “máfia de Cascais” e queixa-se à PSP e à CNE

CASCAIS- António Pinto Pereira, candidato apoiado pela Nova Direita, à Câmara Municipal de Cascais, viu, esta terça-feira, o seu quarto outdoor vandalizado- uma ação que atribui à “máfia instalada há 24 anos em Cascais” e, entretanto, formalizou queixas, quer junto da PSP, quer da Comissão Nacional de Eleições.
Recorrendo às redes sociais, António Pinto Pereira denunciou num vídeo que o seu outdoor instalado no largo de São Domingos de Rana, perto da Igreja Matriz, foi alvo de mais um ataque, revelando que foram “cortadas as anilhas e rasgada a tela do cartaz, que foi levada” pelos autores.
Em declarações a Cascais24Horas, António Pinto Pereira adiantou que “depois da destruição de outdoors no Estoril, no centro de Cascais e junto ao quartel dos bombeiros, este foi o quarto a ser vandalizado”, tendo revelado que, entretanto, “formalizou queixas junto da PSP e da Comissão Nacional de Eleições”.
“Podem destruir os cartazes todos, eu não desisto e vou ganhar as eleições”, concluiu António Pinto Pereira, afirmando ser o “único verdadeiro opositor ao poder instalado há 24 anos em Cascais às eleições de 12 de outubro”.
Recorda-se que no mês passado, outdoors de dois outros candidatos à presidência do município de Cascais foram vandalizados.
O primeiro foi um outdoor de Nuno Piteira Lopes, candidato pela coligação Viva Cascais, também a ser vandalizado em Carcavelos, com o ainda atual Vice-presidente do executivo a lamentar que “ainda existam pessoas que optem pela prática de comportamentos gratuitos de vandalismo, por não saberem conviver em sociedade e viver em democracia”.
O segundo outdoor de campanha e no qual estavam João Ruivo, candidato pelo PS à Câmara e de Luís Miguel Fonseca à Junta de São Domingos de Rana foi vandalizado em Talaíde, com João Ruivo a afirmar que “atos como este são, a todos os títulos, lamentáveis e condenáveis”, para além de ”aparentemente demonstrarem que há pessoas que não convivem bem com a democracia”.
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EDITORIAL

Os alegados atos de vandalismo a outdoors de, pelo menos, três candidatos à Câmara de Cascais, é um Caso de Polícia, que deve ser averiguado até às últimas consequências com base nas queixas formalizadas e a todos os títulos, inaceitável e condenável. Primeiro foi o de Nuno Piteira Lopes, em Carcavelos, e depois de João Ruivo e de Luís Miguel Fonseca, em Talaíde, e grave de mais, pelo número de ataques, de António Pinto Pereira, que soma quatro atos de vandalismo. Goste-se ou não do candidato, não é lícito, em democracia, destruir equipamento eleitoral- comportamentos que só podem partir de quem não sabe viver em sociedade e de partilhar os ideais da liberdade. Trata-se de manifestações anónimas e covardes de quem ainda não percebeu ou não quer perceber que é aos eleitores que cabe a responsabilidade de eleger nas urnas no dia 12 de outubro o próximo presidente do município e não a vândalos que atuam só para criar confusão. Sejamos civilizados e saibamos viver em democracia!