
PSP deteve três agressores de mulheres. Estão todos em preventiva

CASCAIS- Três homens foram detidos pela PSP de Cascais, nos últimos dias, por suspeita de violência doméstica de que foram vítimas as companheiras, um deles mesmo para cumprimento de pena efetiva a que fora, entretanto, condenado.
Um dos homens, 51 anos, vai cumprir dois anos e seis meses de prisão a que foi condenado por decisão transitada em julgado no mês passado. Sofre de um problema de alcoolismo há cerca de 16 anos, sendo as discussões mais intensas entre o casal sempre que este estava embriagado, mas também agia por ciúme, controlando diariamente os passos da vítima, nomeadamente os seus horários de saída do trabalho e chegada a casa.
Durante o relacionamento, o agressor ofendeu por diversas vezes o corpo da vítima, através de agressões físicas, para além de também a ofender verbalmente, chamando-lhe impropérios, chegando mesmo a partir loiças, eletrodomésticos, móveis, alguns dos quais chegaram mesmo a ser arremessados pela janela, para além de ainda ter colocado diversas roupas da vítima no contentor do lixo.
Durante as cenas de discussão acesa, o agressor, por mais de uma vez, ameaçou que atirava a vítima da janela abaixo e empurrou-a na direção da mesma, situação que só ficou sanada quando uma filha do casal, maior de idade, colocou-se no meio dos dois para cessar a violência.
Por estes factos, o agora detido foi condenado a uma pena suspensa em agosto de 2023, a qual foi revogada em junho último, determinando-se o cumprimento eficaz da pena de dois anos e seis meses de prisão, devido aos numerosos incumprimentos das medidas de coação impostas e ao perigo de continuação da atividade delituosa, tendo recolhido ao Estabelecimento Prisional de Caxias.
Os polícias da Divisão Policial de Cascais, no âmbito de um outro caso, detiveram na freguesia de São Domingos de Rana, um homem de 45 anos, indiciado de prática de violência doméstica contra uma mulher com quem manteve uma relação extraconjugal.
Inconformado com o fim da relação, motivado por uma vítima ter descoberto que o mesmo mantinha a relação com sua esposa, o suspeito continuou insistentemente a tentar manter contato com a vítima, perseguindo-a para onde quer que a mesma se dirigisse, com o claro intuito de a importunar, e ameaçando-a constantemente que ela iria destruir a vida.
No dia 19 de março, o detido ter-se-á deslocado ao local de trabalho da vítima e, com recurso a um objeto perfurante, terá furado dois pneus do carro.
Três dias depois, voltou a deslocar-se ao local de trabalho da vítima, enquanto a mesma prestava declarações nas instalações da Casa Pilar da PSP de Cascais, onde furtou 120 euros em numerário, cortou os cabos de diversas máquinas utilizadas para o normal funcionamento do estabelecimento e provocou danos em diversos mobiliários existentes, além de ter furtado vários objetos depositados numa mesa de trabalho e num armário, todos avaliados em cerca de 6.500 euros.
Mesmo depois de ter sido detido em 11 de abril e ter ficado sujeito à medida de coação de proibição de contatos, sujeito à vigilância eletrônica, o arguido não se coibiu de perseguir a vítima, contactando-a e ameaçando a sua integridade física e psicológica.
Presente à autoridade judiciária foi-lhe aplicada a medida de coação de prisão preventiva.
Finalmente, a PSP de Cascais deteve um homem de 25 anos, também indiciado de prática de violência doméstica contra uma ex-companheira, com quem manteve uma relação de namoro desde 2020.
Ao longo da relação, o suspeito sempre revelou ciúmes excessivos, buscando controlar a rotina da vítima, os contatos e interações com terceiros.
Por ciúmes, provocava discussões com a vítima, injuriando-a e acusando-a de traições, tendo a vítima terminado o relacionamento, o que nunca foi aceite. Posteriormente, junto à residência da vítima acercou-se dela e aplicou-lhe a técnica marcial indicada por “mata-leão”, deixando-a com falta de ar, só cessando com aquele comportamento quando a vítima proferiu a frase “vais me matar”, momento em que a libertou.
Em setembro do ano passado, a vítima foi exposta com uma doença oncológica, ainda assim nos meses seguintes o detido continuou a persegui-la, forçando contatos, quer pessoalmente, no seu domicílio e via pública, quer por telefone, enviando-lhe mensagens injuriosas e de conteúdo ameaçador, atingindo-a na sua integridade psicológica, tendo o propósito de a intimidar e condicionar na sua liberdade de ação e de vontade, bem como de a humilhar. Submetido a primeiro interrogatório judicial, viu confirmada a prisão preventiva