JOÃO Rodrigues dos Santos é o candidato do CHEGA à câmara de Cascais
João Rodrigues dos Santos é o cabeça de lista pelo partido Chega à Câmara Municipal de Cascais, confirmou, Cascais24Horas, junto de fontes do partido de André Ventura.
Nas últimas autárquicas, João Rodrigues dos Santos também foi o candidato do Chega, tendo sido eleito vereador ao obter 7,4% dos votos, ganhando à CDU, que perdeu o vereador Clemente Alves, o que aconteceu pela primeira vez.
Nestes últimos quatro anos como vereador sem pelouro, João Rodrigues dos Santos tem-se destacado como um “acérrimo defensor das contas certas” e “autarca defensor da transparência”, sobretudo “na gestão cuidada da atribuição de subsídios”, tendo ao longo do mandato conseguido que muitos deles saíssem da agenda”.
Nas suas intervenções em reuniões do executivo, tem “defendido um maior rigor, escrutínio e transparência na atribuição de apoios a alguns movimentos associativos”.
Agastado, Carlos Carreiras tem optado por acusar o vereador do Chega de “show off e de populismo”.
Carlos Carreiras chegou mesmo, em plena reunião municipal a quase comparar as intervenções do vereador do Chega com as de Clemente Alves, antigo vereador da CDU, o que, na altura levou alguns analistas a afirmarem que, “definitivamente, o senhor Carreiras não lida bem com os opositores, sejam eles de esquerda ou de direita”, além de questionarem “Esse senhor ( Carlos Carreiras) é mesmo um democrata, como apregoa?”.
O mais recente confronto verbal entre o vereador do Chega e Carlos Carreiras teve lugar na última reunião do executivo, conforme Cascais24Horas noticiou, com João Rodrigues dos Santos a acusar o ainda chefe do executivo, em último mandato, de “insultar 1,5 milhão de portugueses”. (Saiba porquê no Vídeo)
Contactado esta sexta-feira por Cascais24Horas, João Rodrigues dos Santos não confirmou, nem desmentiu ser o cabeça de lista pelo Chega às próximas eleições autárquicas em Cascais, não sem explicar que “o candidato pelo partido vai ser conhecido oficialmente dentro de poucos dias”.
Quem é João Rodrigues dos Santos
Nascido em Tete, Moçambique, há 55 anos, vive em união de facto e tem três filhos.
Veio para Portugal em 1974, onde foi confrontado desde cedo com uma realidade económica e social nova, austera e incerta.
Residiu em Vila Nova de Gaia, em Benfica, em Penafiel, em Macau e em Cascais, onde, depois do falecimento do pai, acabou por estabelecer-se com 14 anos.
Com o apoio de uma pensão de sobrevivência, licenciou-se em Relações Internacionais e seguiu para Bruxelas como estagiário não remunerado na Direção-geral das Relações Externas com os Países da América Latina, na Comissão Europeia. Findo o estágio, arranjou trabalho e ganhou experiência com Fundos Comunitários.
Foi, então, convidado a regressar a Portugal como assessor técnico na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional. Posteriormente, prestou serviço enquanto Técnico Superior em diversos organismos e serviços públicos nacionais, nomeadamente na Direção-Geral do Desenvolvimento Regional, na Comissão de Gestão do QCA III, no Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional e no Observatório do Quadro de Referência Estratégico Nacional. Há 13 anos desvinculou-se definitivamente da função pública, tornando-se empresário.
Em Cascais dedicou-se ao serviço cívico, destacando-se a presidência da Associação dos Amigos do Paredão Cascais/Estoril, a presidência da Associação de Moradores do Bairro ZQ de Rana, a presidência/vice-presidência de várias Associações de Pais e a vice-presidência do Grupo Sportivo de Carcavelos, com responsabilidades no Futebol de Formação e na Comunicação. Actualmente é um dos mais antigos tutores de bairro de Cascais ainda em funções.
Pedro Pessanha desiste por razões “familiares e profissionais”
Desde o início do ano que os nomes de João Rodrigues dos Santos e do presidente da distrital de Lisboa do Chega e deputado parlamentar Pedro Pessanha, também com raízes e a viver em Cascais, eram os mais consensuais e dados como prováveis candidatos, conforme, de resto, Cascais24Horas, chegou a noticiar.
Já esta sexta-feira, em declarações a Cascais24Horas, Pedro Pessanha revelou “não ser o candidato a Cascais por razões familiares e profissionais”.
Pedro Pessanha avançou mesmo que em causa também “está o facto de ter assumido, com sentido de responsabilidade e de Estado a Presidência da 3ª Comissão de Defesa Nacional”.
“Foi para mim uma honra ter sido novamente a escolha do presidente do partido, André Ventura, e da liderança de bancada para presidir a esta comissão de Soberania”, explicou, concluindo que “é num contexto geopolítico particularmente complexo a nível global, com uma guerra na Europa e outra no Médio Oriente, que irei exercer o meu mandato em prol das Forças Armadas e da Defesa Nacional”.
Já são conhecidos 7 candidatos
São sete, neste momento, os candidatos na corrida à Câmara de Cascais.
Nuno Piteira Lopes pela coligação PSD/CDS-PP Viva Cascais”, João Ruivo pelo Partido Socialista (PS), João Rodrigues dos Santos pelo Chega, Carlos Rabaçal pela CDU, Manuel Simões de Almeida pela Iniciativa Liberal (IL) e os Independentes António Pinto Pereira e João Maria Jonet.
Recorda-se que as próximas eleições autárquicas ainda não foram marcadas, embora tudo aponte para que venham a ser agendadas para setembro ou outubro próximos.
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