FUNCIONÁRIO do “Mar do Inferno” é o herói que resgatou jovem norte-americana que caiu à água
CASCAIS– Chama-se Pedro Santos, é empregado de mesa no restaurante “Mar do Inferno” e foi o homem que pondo em risco a própria vida, lançou-se ao mar e resgatou com sucesso a jovem, 26 anos, de origem asiática e de nacionalidade norte-americana, que caiu esta quinta-feira na Boca do Inferno.
Num gesto altruísta e heróico, Pedro Santos lançou-se à água e conseguiu agarrar a jovem mulher e levá-la até uma das rochas, onde foi socorrida por outros funcionários do restaurante pouco antes da chegada da embarcação da estação salva-vidas de Cascais, entretanto acionada pelo Capitão do Porto de Cascais.
Todo o heróico resgate foi captado em imagens (que reproduzimos) publicadas mais tarde na página do Facebook do restaurante, onde estamos em crer ter sido o proprietário a escrever ter “muito orgulho” nos seus “rapazes”, que “ao verem alguém pedir ajuda, que alguém tinha caído ao mar, foram os primeiros a atirar-se ao mar, outros buscar cordas e salvaram a pessoa antes de chegar o barco dos socorros, que também chegou rápido. Parabéns rapazes, não é só servir à mesa, é servir quem precisa”.
A jovem mulher foi depois transportada, em maca, pelos Bombeiros de Cascais até à ambulância que a conduziu, em estado considerado muito grave, para a urgência do Hospital de São Francisco Xavier.
Durante o salvamento, Pedro Santos sofreu algumas escoriações nos membros superiores.
César Tavares, sogro de Pedro Santos, também fez questão de publicar nas redes sociais, que “conhecendo como o conheço não fiquei surpreendido com o seu ato de coragem e abnegação. Deus esteve do lado dele, podia ter perdido a vida e estarmos a lamentar a sua perda. Tenho muito orgulho no meu genro pelo pai e marido que é”.
Também os Bombeiros de Cascais publicaram que “um incidente dramático nas águas de Cascais teve um final feliz graças à coragem de um funcionário do restaurante Mar do Inferno e à rápida atuação dos nossos bombeiros”.
A corporação enaltece o ato de Pedro Santos ao sublinhar que “antes da chegada dos meios de socorro, um funcionário do restaurante mergulhou sem hesitar para salvar a vítima. A sua ação foi crucial e, sem ele, o desfecho poderia ter sido trágico”.
Já em comunicado, a Autoridade Marítima Nacional revela que “na sequência de um alerta recebido pelas 19h20, através do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa), a informar para uma pessoa inconsciente na água, foram ativados de imediato para o local elementos do Comando-local da Polícia Marítima de Cascais e tripulantes da Estação Salva-vidas de Cascais” e, ainda “elementos dos Bombeiros Voluntários de Cascais e do INEM”.
“À chegada ao local, constatou-se que a vítima tinha sido retirada da água por populares que se encontravam nas proximidades para uma zona rochosa, de onde foi resgatada pelos elementos do Comando-local da Polícia Marítima de Cascais e pelos tripulantes da Estação Salva-vidas, em colaboração com elementos dos bombeiros”, adianta a Autoridade Marítima Nacional.
(Notícia publicada às 16h42)
NOTA DE ESCLARECIMENTO DO DIRETOR
Acerca do acidente e do salvamento da jovem na Boca do Inferno e, na sequência de comentários e críticas sem fundamento de alguns leitores relativamente à notícia que Cascais24Horas publicou às 22h42 de esta quinta-feira, impõe-se por parte da direção do jornal um esclarecimento. Na notícia não foi feita qualquer referência às circunstâncias do salvamento e de quem o fez, dado que, em momento algum, as fontes oficiais contatadas (Capitania do Porto e Bombeiros de Cascais) o mencionaram, limitando-se a falar em “populares”, o que, de resto, também consta no comunicado divulgado entretanto pela Autoridade Marítima Nacional. Lamentamos que os leitores, sobretudo aqueles que teceram críticas infundadas, desconheçam que os jornalistas não são adivinhos. Uma coisa é quando o jornalista presencia o acontecimento, que não foi o caso, outra é quando tem de recorrer às fontes oficiais, que foi o caso. É com base na informação recolhida, que é produzida e publicada a notícia. Por outro lado, relativamente também a outros comentários sobre títulos e à menção a nacionalidades, que têm surgido ultimamente, são critérios jornalísticos e editoriais, de resto prática recorrente quer na Comunicação Social portuguesa, quer na estrangeira. Aconselharia estes críticos a criticarem sim os OCS junto dos quais pagam para ler, muitas vezes até notícias divulgadas em exclusivo e/ou primeira mão por Cascais24Horas. Cascais24Horas é de acesso gratuito e quem trabalha nele não ganha um cêntimo. Para que não restem dúvidas, os milhares de leitores de Cascais24Horas continuam a merecer todo o nosso respeito, na certeza de que continuaremos a formar e a informar!
Valdemar Pinheiro
(Jornalista CPJ 376)
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