21 de December, 2024
INFANTICÍDIO. Corpo encontrado na Tratolixo é de menino recém-nascido
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INFANTICÍDIO. Corpo encontrado na Tratolixo é de menino recém-nascido

Ago 1, 2024
INVESTIGAÇÃO está a cargo da Secção de Homicídios da PJ de Lisboa e Vale do Tejo

Notícia atualizada e publicada às 21h40

O corpo encontrado dentro de um saco, esta terça-feira, na triagem da Tratolixo, em Trajouce, não é de um nado-morto, mas sim de um menino recém-nascido, com horas ou um ou dois dias de vida, apurou Cascais24Horas.

O corpito, de pele meio escura, tinha o cordão umbilical cortado e revelaria marca de fralda, soube, ainda, Cascais24Horas.

A morte, em circunstâncias desconhecidas, terá ocorrido acidental ou propositadamente horas depois do nascimento e/ou um ou dois dias depois.

Nas perícias feitas ao corpo e ao saco dentro do qual foi lançado ao lixo, peritos da Polícia Judiciária (PJ) terão detetado vestígios que poderão conduzir à identificação da ou do responsável pelo crime de infanticídio.

Recorda-se que a ou o autor pode incorrer numa pena de 8 a 16 anos de prisão, mas a tratar-se de uma conduta praticada por uma mãe sobre o filho logo após o parto e estando ainda sob a sua influência perturbadora, o agente só pode ser punido com pena de prisão de 1 a 5 anos (cfr. o artigo 136.º do Código Penal).

O alerta para a presença de um corpito em saco de plástico foi dado depois da uma hora da tarde, tendo o local cessado qualquer atividade, com a PSP de Trajouce e isolar o local, que foi mais tarde alvo de perícias por parte da Polícia Judiciária (PJ).

O recém-nascido, depois de cumpridas as formalidades legais, foi removido, para autópsia, para o Gabinete Médico Legal da Guia, em Cascais.

A investigação, a cargo da Secção de Homicídios da Polícia Judiciária (PJ) de Lisboa e Vale do Tejo, poder-se-á revestir de alguma complexidade, atendendo a que a Tratolixo recebe lixos de Cascais, Oeiras, Sintra e Mafra, abrangendo uma área geográfica de 753 Km² com uma população estimada em cerca de 864 mil habitantes.

No entanto, conforme uma fonte fez questão de sublinhar a Cascais24Horas, “na investigação de estes casos existem outros meios que podem ser explorados por forma a chegar-se aos responsáveis”, um deles, nomeadamente, averiguações junto de unidades hospitalares por onde, eventualmente, a parturiente possa ter passado.

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