19 de November, 2024
TRATOLIXO cria nova unidade para aumentar a capacidade de tratamento de biorresíduos
Ambiente

TRATOLIXO cria nova unidade para aumentar a capacidade de tratamento de biorresíduos

Jul 30, 2024
SECRETÁRIO de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, na inauguração da nova unidade em Trajouce

Notícia publicada às 16h16

A empresa intermunicipal Tratolixo, responsável pelo tratamento de resíduos urbanos, sediada em Trajouce, inaugurou a Unidade de Tratamento Mecânico com Separação Óptica Automática de Sacos com Biorresíduos.

Integrada numa operação conjunta de 10 milhões de euros (que engloba ainda uma nova portaria operacional e o aumento da capacidade da Central de Digestão Anaeróbia) a nova unidade representa um investimento de 5 milhões de euros, com o cofinanciamento do POSEUR em 85% e na inauguração esteve presidente o Secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa.

A nova Unidade de Tratamento Mecânico com Separação Óptica Automática de Sacos com Biorresíduos tem uma capacidade anual para tratar 300 mil toneladas de resíduos, o que significa a duplicação da capacidade de tratamento. Esta unidade permitirá a recuperação dos sacos verdes contendo os biorresíduos alimentares devidamente separados pelos munícipes de Cascais, Oeiras, Mafra e Sintra, sendo um contributo fundamental e estratégico para a redução da deposição dos resíduos urbanos em aterro e capacitar a empresa para tratar a totalidade de biorresíduos produzidos nestes concelhos.

Os biorresíduos separados no Ecoparque de Trajouce são encaminhados para valorização orgânica na Central de Digestão Anaeróbia (CDA), em Mafra, onde a matéria biodegradável é transformada em biogás e em lama digerida. O gás é aproveitado e transformado em energia elétrica, sendo posteriormente injetada na Rede Elétrica Nacional (REN) e a lama digerida é estabilizada por compostagem, dando origem a composto que pode ser utilizado em culturas agrícolas arbóreas e arbustivas. A CDA foi igualmente ampliada para dar resposta à totalidade dos biorresíduos alimentares a tratar, aumentando a sua capacidade de tratamento biológico de 80 para 120 mil toneladas por ano.

NUNO Soares, presidente do conselho de administração da Tratolixo

Segundo Nuno Soares, presidente do Conselho de Administração da Tratolixo, “este investimento reforça o nosso compromisso de assegurarmos a valorização dos resíduos recolhidos. A nova unidade é um contributo fundamental e estratégico que evita o desperdício dos biorresíduos e permite contribuir para o aumento das taxas de reaproveitamento e reciclagem. Poderemos, assim, aumentar a nossa capacidade de produção de biogás e de energia elétrica que injetamos continuamente na rede elétrica nacional, bem como de composto orgânico de qualidade para aplicação na agricultura”.

Recorda-se que a recolha seletiva de biorresíduos é obrigatória em Portugal desde janeiro de 2024 e a Tratolixo foi pioneira na separação destes resíduos, tendo, em articulação com os Municípios da sua área de atuação, Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra, iniciado em 2019, quatro projetos-piloto que, no seu total, abrangeram mais de 20 mil famílias.

Atualmente, o projeto foi alargado e está disponível em toda a área geográfica dos 4 Municípios, o que contribuiu para registar, em 2023, o total de 61 mil 205 toneladas de recolha de biorresíduos, representando um aumento de 9,4% face a 2022. A recolha selectiva de biorresíduos em saco óptico já permitiu a recolha de 4 mil toneladas apenas por esta via, um aumento de 250% face a 2022.

A Tratolixo, que abrange uma área geográfica de 753 Km² e presta serviço a uma população de cerca de 864 mil habitantes, trata anualmente mais de 470 mil toneladas de resíduos urbanos produzidos pelos habitantes dos quatro municípios. Os seus investimentos são constantemente orientados para reforçar a aposta contínua no recurso a novas tecnologias, garantindo Inovação e Desenvolvimento, das quais se destacam a operacionalização da Central de Compostagem de Resíduos Verdes de Trajouce e o Projeto de Recolha Seletiva de Biorresíduos em Saco Óptico.

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