50 anos de Liberdade!

Já temos 50 anos de Liberdade, 50 anos de democracia, desde há 50 anos para cá muitas conquistas para a população portuguesa foram alcançadas e muitas ainda estarão por vir.

Foi há 50 anos atrás que conquistamos a liberdade, desde então muito foi alcançado, seja com o fim da guerra colonial, guerra essa que levou muita da nossa juventude, seja com a conquista da emancipação da mulher entre outras grandes conquistas em diversas áreas desde a saúde, educação à política.

Esta liberdade permitiu-nos sonhar alto e concretizar aquilo que muitos julgavam não ser possível, permitiu que existissem gerações que apenas conhecem a vida em liberdade, com mais consciência, cultura, saúde, educação e mais Europa.

O nível de vida de todos nós melhorou, os nossos conhecimentos aumentaram, o nosso país mudou para melhor, para um país onde qualquer um pode lutar pelos seus objetivos, sonhar e pensar livremente.

Abrimos novamente as portas para o mundo, para nos conhecerem e para conhecermos novos horizontes, isso permitiu-nos dar um salto em frente.

Tudo isso apenas foi possível com o 25 de abril de 1974 que nos trouxe de volta a Liberdade e o Poder para as mãos da População, mas também a todos aqueles que lutaram para que ao longo destes anos o nosso país evoluísse, que o nosso continente e mundo melhorassem.

 No entanto resta a questão será que os três D’s da nossa Revolução (Democratizar, Descolonizar e Desenvolver), foram cumpridos? Sim, foram, Portugal descolonizou, democratizou e desenvolveu mas isso não quer dizer que tenhamos de ficar por aqui.

Ainda há muito para desenvolver no nosso país, no nosso pensamento às vezes muito fechado e sim há muito a fazer pela nossa democracia, vivemos tempos que nos têm que fazer relembrar a sua importância.

Sim! Winston tinha razão quando disse que a Democracia é o pior dos regimes, à exceção de todos os outros, este sistema permite que todos nós tenhamos uma voz, permite-nos fazermos escolhas livremente e assim mudar o nosso dia-a-dia para melhor.

Todavia para que tal melhoria seja possível é necessário que sejamos exigentes com aqueles nos representam seja a nível local, nacional ou internacional, sermos exigentes com aqueles que nos informam para não caírem na tentação da desinformação, mas principalmente sermos exigentes connosco.

Devemos ser exigentes connosco próprios, cultivar em nós a liberdade com uma ferramenta essencial o pensamento crítico, uma ferramenta que temos de desenvolver ao longo da nossa vida e fomentar naqueles que nos rodeiam.

Necessitamos ser capazes de analisar factos, experiencias, comentários, opiniões ou qualquer outro tipo de situação que nos transmita informações para conseguirmos formar uma opinião consciente e não dogmática.

Não devemos ser meros recetores de informação, algo que cada vez mais estamos sujeitos com nível de fluxos de informação altíssimo no atual mundo digital, temos de procurar todos os dias melhorar o nosso pensamento crítico.

Perguntamos nós agora como fazer isso? Este pode e deve ser trabalhado em casa, nas escolas e universidades, nos nossos círculos de amigos ou de colegas de trabalho, para isto basta não ter receio de mostrar os nossos pontos de vista, as nossas questões, de dialogar, de ouvir e pensar nas informações que recolhermos e conseguirmos perceber o seu verdadeiro significado.

Contudo para isso não devemos ser dogmáticos, isto é, não devemos tomar nada como uma verdade absoluta, incontestável, temos de ser capazes de ouvir e compreender os outros e outros pontos de vista, afinal o mundo não é a preto e branco, é sim algo complexo e é por isso mesmo que não é possível resolver algo complicado com soluções fáceis.

Termino assim, com o pedido que não deixem a chama do pensamento critico apagar-se, que a fomentem e a propaguem, a Liberdade e a Democracia precisam dela mais que nunca e somos nós os seus únicos defensores.

  *Presidente da Juventude Socialista (JS) de Cascais

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