
TEATRO GIL VICENTE, um ex-libris de Cascais que renasce em 2025

O Teatro Gil Vicente é um ex-libris, mais que centenário, da Vila e do Concelho de Cascais. É a sede social da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cascais e constitui um património de que os seus dirigentes dizem ser depositários em nome da comunidade.
Em 1995, o Teatro foi sujeito a obras de restauro profundo com um projeto do arquiteto Gil Graça, oferecido pela Fundação Cascais, e financiadas pelo Fundo de Turismo, através da Câmara Municipal de Cascais e com o empenhamento especial de Alberto Romano, então presidente da Junta de Turismo.
Durante os trinta que mediaram entre 1995 e a atualidade o Teatro animou-se e foi utilizado pelo Grupo Cénico da Associação, sempre com casa cheia, e por outras entidades, nomeadamente pela Câmara Municipal.
A profundidade das obras realizadas em 1995, incluindo a substituição da plateia dos camarotes e cadeiras, a reabilitação dos camarins e a substituição dos equipamentos de som e luz não evitou o desgaste natural de toda a infraestrutura ao longo dos anos.
Neste momento, passadas três décadas, com o apoio integral da Autarquia, o Teatro está a sofrer obras de recuperação que garantem a segurança e as suas características e, em particular, as novas exigências legais para a manutenção do alvará de funcionamento oficial.
Dentro de semanas o Teatro estará em condições de voltar a abrir as portas e a acolher o seu residente Grupo Cénico e outras entidades que ali desejem partilhar connosco a sua arte nos intervalos das atuações do Grupo.
A propósito, é devido um obrigado ao Grupo Cénico pelo apoio dado à Direção da Associação e pela paciência demonstrada no período em que o Teatro esteve fechado, sem perderem a garra que, entretanto, foram também aplicando nas Marchas de Cascais.
Um obrigado também à Câmara Municipal pela resposta dada à necessidade das obras em curso que vão permitir voltar a garantir o uso regular do Teatro, enquanto continuarem a ser desenvolvidos os estudos para uma outra intervenção, mais profunda, que irá incluir a teia centenária.
No final, prova-se que Cascais e as suas gentes sabem avaliar, valorizar e, também, acautelar o seu património local, repita-se, património coletivo, de que a Associação é proprietária formal do imóvel mas de que defende ser especialmente depositária em nome de todos.
*RUI RAMA DA SILVA é presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros de Cascais