REVELAÇÕES | BARCO que ardeu e afundou pertence a indivíduo do Leste e estava há um mês na Marina
CASCAIS- DOS é o nome da embarcação de recreio, com 22 metros de comprimento, e propriedade de um individuo de um país de Leste, que foi destruída pelo fogo e afundou, esta sexta-feira, à noite, na Marina de Cascais, onde estava atracada há cerca de um mês, apurou Cascais24Horas.
Embora ostentasse bandeira alemã, a embarcação, soube, ainda, Cascais24Horas, é alegadamente pertença de um cidadão de nacionalidade russa.
O alerta para o incêndio foi dado pelas 22h17, com chamas alterosas a consumirem o barco.
A bordo da embarcação não estava ninguém, reconfirmou, a Cascais24Horas, o Comandante Marques Coelho, Capitão do Porto e Comandante do Comando Local da Polícia Marítima de Cascais, segundo o qual “desconhecem-se as causas que estiveram na origem do incêndio, que vai ser agora investigado”.
Confrontado com informações entretanto recolhidas por Cascais24Horas, nomeadamente sobre o nome do barco e a nacionalidade do seu alegado proprietário, Marques Coelho não confirmou nem desmentiu, reafirmando “estar em curso uma investigação”.
INVESTIGAÇÃO
É mais do que provável que devido ao afundamento da embarcação, a Autoridade Marítima Nacional venha a recorrer nos próximos dias à intervenção do grupo de mergulhadores forenses para recolha de eventuais vestígios, soube, ainda, Cascais24Horas.
Para já, o registo da ocorrência está na Polícia Marítima de Cascais, prevendo-se que a investigação para apurar as circunstâncias do incidente possa vir a ser feita pela Unidade Central de Investigação Criminal da Polícia Marítima e pela Polícia Judiciária (PJ).
Entretanto, foram colocadas barreiras de contenção pelos elementos da marina, de forma a conter eventuais focos de poluição.
SALVAMENTO
Diversas outras embarcações de recreio atracadas junto ao barco chegaram a estar em perigo, mas foram retiradas com “eficácia pelas equipas da Estação Salva-Vidas de Cascais, numa ação determinante que impediu que fossem atingidas pelas chamas”.
VÍDEO
Do lado esquerdo do barco em chamas encontravam-se duas outras embarcações sem tripulação que foram retiradas pelos operacionais da embarcação SR27 da estação Salva vidas de Cascais e do lado direito outras duas que foram retiradas pela mesma embarcação. Só uma terceira foi retirada pela própria tripulação, que estava a bordo.
A intervenção rápida e coordenada dos meios de socorro ativados para o local permitiu confinar os danos à embarcação DOS.
No local estiveram os Bombeiros de Cascais, Alcabideche e Estoril, a Polícia Marítima, a PSP, equipas da Marina de Cascais e do Serviço Municipal de Proteção Civil.
No combate às chamas os três corpos de bombeiros gastaram cerca de 800 litros de espuma, misturada entre 3 e 5% com água, segundo revelou, a Cascais24Horas, Idálio Simão, 2º Comandante dos Bombeiros de Cascais, que “enalteceu o trabalho de todos os operacionais pela forma eficaz e coordenada” com que “atuaram no teatro de operações”.
INFERNO
Este foi o segundo incêndio que deflagrou em embarcações de recreio atracadas na Marina de Cascais nos últimos quatro anos.
Em novembro de 2021, pelas 3h49, os vigilantes da Marina de Cascais deram o alerta para um incêndio numa embarcação.
As chamas propagaram-se rapidamente e transformaram o local num autêntico inferno ao atingirem três outras embarcações de recreio, que estavam nas proximidades.
Ao todo, quatro embarcações ficaram destruídas pelo fogo, cuja origem até hoje é ainda desconhecida e/ou pelo menos não foi tornada pública.
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