POLÍCIA Municipal reforça vigilância junto às praias de Cascais

CASCAIS- Com o objetivo de contribuir para um maior sentimento de segurança, a Polícia Municipal de Cascais está a reforçar a vigilância do paredão, junto às praias, para dissuadir, com ações de visibilidade, escaramuças e a prática de outros ilícitos como os que foram registados nos últimos dias.
Na terça-feira passada, ao final da tarde, um grupo terá criado pânico entre banhistas na praia da Duquesa, ao agredir um cidadão brasileiro, com cerca de 50 anos, no que pareceu ser um “ajuste de contas”.
“Várias pessoas ligaram para o 112 a comunicar, mas não apareceu ninguém, nem da Polícia Marítima, nem de qualquer outra força de segurança”, lamentou, a Cascais24Horas, um leitor que pediu o anonimato, acrescentando que “até estavam na posse de um martelo de orelhas que lançaram ao mar”.
Já na sexta-feira, na praia da Azarujinha, em São João do Estoril, foi a vez de um homem, 47 anos, ser agredido por alegadamente ter importunado sexualmente um menor na praia. Acabou por ser transportado pelos Bombeiros do Estoril ao Hospital de Cascais. Os alegados agressores não chegaram a ser identificados.
Fonte municipal disse, a Cascais24Horas, que o reforço de vigilância ao longo do paredão por parte dos agentes da Polícia Municipal é mais visível ao final da tarde e aos fins de semana.
Recorda-se que num recente debate com outros autarcas numa estação televisiva, Nuno Piteira Lopes, Vice-presidente da Câmara de Cascais e candidato às eleições de 12 de outubro pela coligação “VivaCascais”, reivindicou maiores competências para as polícias municipais e volta agora a reforçar com ações concretas essa sua orientação.





“Na falta de homens suficientes na Polícia Marítima, na impossibilidade da PSP face aos efetivos que tem disponíveis por ter um dispositivo permanente no verão junto às praias, criámos no âmbito da Polícia Municipal equipas de acompanhamento e vigilância para garantir a segurança de todos os que frequentam as nossas praias”, sublinhou Piteira Lopes, salvaguardando que não são um órgão de Policia Criminal, mas em conjunto com as restantes forças de segurança estão a fazer um trabalho fundamental, que é reconhecido pelos munícipes, concessionários e pelos nadadores-salvadores”.
Já o comandante Marques Coelho, capitão do Porto e comandante do Comando Local da Polícia Marítima de Cascais, contactado por Cascais24Horas, negou que exista qualquer “sentimento de insegurança” nas 13 praias do concelho, mas não deixou de reconhecer que, por exemplo, este ano, ao contrário dos anos anteriores, “não é possível contar com o habitual patrulhamento apeado de fuzileiros”.
Revelou, no entanto, que o efetivo da Polícia Marítima de Cascais “está reforçado com quatro agentes estagiários”.
O município de Cascais conta com uma das épocas balneares mais longas do País, com início a 1 de maio e fim previsto a 15 de outubro.
Para garantir a segurança dos banhistas, todos os dias, entre as 9h00 às 19h00, as praias contam com 54 nadadores-salvadores, que estão equipados com desfibrilhadores automáticos externos, planos rígidos, comunicações VHF, veículos moto 4 para assistência a banhistas, entre outros.
Nas zonas costeiras e nas praias não balneares, a vigilância também é assegurada pela Estação Salva-Vidas de Cascais, que funciona 24 horas por dia e conta com nove tripulantes, enquanto a Polícia Marítima de Cascais tem 18 elementos equipados com três viaturas TT, uma Moto 4×4, uma embarcação e uma moto de água.
No âmbito do projeto SeaWatch, há duas viaturas TTAMAROK e quatro militares nadadores-salvadores que asseguram, principalmente, a vigilância das praias não vigiadas.
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O policiamento no centro de Cascais desapareceu – vale tudo, desde turistas a beber álcool em plena via pública, a motos em excesso de velocidade e de ruído. Mas continuo a ver 2 polícias a guardar a joalharia Torres junto ao Jardim Visconde da Luz.