MOSQUITO perigoso identificado em Cascais
Notícia publicada às 15h57
As autoridades de saúde detetaram no final de julho último a presença da espécie de mosquito Aedes albopictus no município de Cascais, revelou a Direção Geral de Saúde.
Este mosquito pode transmitir às pessoas, quando infetado, doenças como dengue, chikungunya ou Zika, mas em Portugal continental não foram identificados nestes mosquitos quaisquer agentes de doenças que possam ser transmitidos às pessoas, nem há, até ao momento, registo de casos de doença humana em contexto de transmissão local, acrescenta a Direção Geral de Saúde.
Detetado pela primeira vez em Portugal em 2005 na Região Autónoma da Madeira (Aedes aegypti), em 2017 na Região Norte (Aedes albopictus) e, posteriormente, no Algarve (2018), Alentejo (2022), Lisboa e Vale do Tejo (2023), o mosquito foi agora também identificado em Pombal, na Região Centro do País.
A nível europeu, é conhecida a expansão deste mosquito pelos países do Sul, onde tem vindo a instalar-se nas últimas décadas, em países como Itália, França, Malta, Grécia e Espanha, e onde tem sido reportada transmissão local limitada.
A monitorização, avaliação da situação e respetivas medidas de saúde pública no contexto destas deteções estão a ser asseguradas pela rede de Saúde Pública, em articulação com a Direção-Geral da Saúde, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e outros parceiros, conforme previsto na Estratégia Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Transmitidas por Vetores.
Recentemente, e após um processo consultivo com os principais parceiros municipais, empresas públicas e privadas com potencial de conterem criadouros de mosquitos, e empresas de serviços de controlo de pragas e de desinfestação, a DGS publicou a Orientação n.º 003/2024 de 31 de julho de 2024, relativa à intervenção intersectorial para a prevenção e controlo de mosquitos invasores do género Aedes spp.
Recomendações
Perante a situação epidemiológica atual, a Direção Geral de Saúde recomenda:
• Se um viajante regressou recentemente de uma zona onde estes vírus circulam, e se apresentar sintomas sugestivos de doença (febre, erupção cutânea na pele, dor abdominal, entre outros), contacte o SNS 24 (808 24 24 24) e mencione o histórico de viagem;
• Às equipas de saúde pública locais, proceder à investigação epidemiológica de qualquer caso notificado de dengue, chikungunya ou Zika;
• Aos parceiros comunitários, colaborar na vigilância entomológica e, se necessário, implementar medidas de acordo com a Orientação n.º 003/2024 de 31 de julho de 2024;
• Reforçar a capacitação dos profissionais de saúde e outros profissionais relevantes para a deteção, diagnóstico e resposta no âmbito das doenças transmitidas por mosquitos Aedes spp.