6 de October, 2025
JOÃO MARIA JONET. CASCAIS PARA VIVER
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JOÃO MARIA JONET. CASCAIS PARA VIVER

Out 6, 2025

PREÂMBULO
Este programa apresenta as medidas da candidatura independente “Jonet – Cascais para
Viverˮ, no mandato de 2025-2029.
Começamos por apresentar as linhas programáticas gerais para o município,
enquadradas em 14 áreas temáticas.
Seguem-se introduções tema por tema, os respetivos eixos estratégicos e as medidas de
ação propostas.
As nossas candidaturas às quatro Juntas de Freguesia apresentarão medidas
programáticas adicionais, alinhadas com este programa e mais concentradas em ações
da sua competência.
Agradecemos os contributos de residentes, coletividades e associações, em particular da
Associação Respirar Cascais, que esteve na gênese da nossa candidatura.
Agradecemos a todos os que, participando no debate de inúmeras ideias e propostas
ajudaram a idealizar o programa Cascais Para Viver.

LINHAS GERAIS DO PROGRAMA

Cascais atravessa um momento decisivo. O concelho que se distinguia pela qualidade de
vida, equilíbrio social e proximidade comunitária, enfrenta hoje problemas estruturais:
crescimento urbanístico excessivo e reservado a “condomínios habitacionais de luxoˮ,
desigualdades sociais profundas, crise habitacional, degradação ambiental e uma
governação opaca e distante dos cidadãos.
A nossa candidatura propõe uma viragem clara: recentrar a acção autárquica nos
residentes, devolver transparência e confiança às instituições e construir um futuro
sustentável, inclusivo e coeso para Cascais.

Dividimos as nossas propostas em 14 áreas temáticas de atuação:

  1. Urbanismo: Queremos travar o
    descalabro urbanístico e recuperar a
    identidade do concelho. O urbanismo tem
    de assentar num Plano Diretor Municipal
    que promova o equilíbrio entre o
    desenvolvimento e a preservação,
    protegendo o património, reabilitando em
    vez de demolir, e criando espaços públicos
    de qualidade. Cascais precisa de um
    planeamento claro, transparente e
    participado, que assegure habitação
    acessível e respeite a história dos lugares e
    o ambiente do território.
  2. Habitação: O direito a viver em Cascais
    não pode ser negado às famílias que cá
    nasceram ou trabalham. Propomos uma
    política activa que combine novos polos de
    habitação pública acessível de qualidade,
    com a reabilitação de bairros degradados e
    de imóveis devolutos. O município deve
    assumir um papel de liderança e de maior
    exigência na gestão urbanística,
    combatendo a especulação e promovendo
    soluções de habitação a custos
    controlados, garantindo justiça social e
    coesão territorial.
  3. Ambiente: Cascais só será
    verdadeiramente qualificado com um forte
    investimento no ambiente. É urgente
    proteger o Parque Natural, as praias e a orla
    costeira; expandir e consolidar zonas
    verdes em todas as freguesias e gerir os
    recursos naturais com responsabilidade. A
    aposta em energias limpas, reciclagem e
    eficiência hídrica e energética não é
    apenas ambiental: é económica, social e de
    saúde pública. Queremos transformar
    Cascais num exemplo de sustentabilidade.
  4. Mobilidade: O concelho precisa de
    soluções modernas, seguras e integradas.
    Reduzir congestionamentos exige corrigir
  5. estrangulamentos. Investir na conservação
  6. das vias existentes, em novas vias e numa
  7. rede de transportes públicos eficaz.
  8. Apostar em ciclovias seguras e devolver
  9. espaço ao peão. A transição energética
  10. deve ser acelerada com uma rede
  11. municipal de carregamento elétrico e
  12. incentivo à mobilidade partilhada. O
  13. objetivo é claro: oferecer liberdade de
  14. escolha a cada cidadão e reduzir a
  15. dependência do automóvel.
  16. Transparência e Gestão Autárquica:
    A Câmara Municipal deve ser exemplo de
    rigor, clareza e proximidade. Defendemos
    auditorias independentes à estrutura
    municipal, concursos públicos como regra,
    digitalização e simplificação de processos
    e canais de participação acessíveis.
    Queremos acabar com a governação opaca
    e devolver dignidade ao serviço público,
    valorizando os funcionários municipais e
    garantindo que o interesse dos cidadãos
    prevalece sobre qualquer interesse
    partidário.
  17. Desporto: Cascais tem condições
    naturais únicas e tradição desportiva, mas
    carece de alguns equipamentos modernos
    e mais programas inclusivos. Queremos
    criar novas infraestruturas, recuperar
    espaços degradados e democratizar o
    acesso, assegurando que, desde as
    crianças aos séniores, tenham
    oportunidades de prática desportiva em
    todas as freguesias. Apostamos nas
    modalidades identitárias, nos grandes
    eventos internacionais e no desporto
    escolar e comunitário, reforçando Cascais
    como um concelho de excelência
    desportiva.
  18. Cultura: A identidade de Cascais
    assenta na sua riqueza cultural, mas falta
    estratégia e investimento estruturado.
    Propomos proteger e valorizar o património,
    investir na rede de museus, apoiar os
    artistas locais e democratizar o acesso em
    todas as freguesias. Cascais deve
    afirmar-se como destino cultural de
    referência, com uma programação mais
    diversificada, eventos de qualidade e
    ligação efectiva às comunidades. A cultura
    será motor de inclusão social, de
    desenvolvimento económico e de
    afirmação internacional do concelho.
  19. Economia: A economia local não pode
    depender apenas do turismo. Cascais deve
    diversificar a sua base produtiva, atraindo
    empresas de sectores estratégicos como a
    tecnologia, a economia verde e o mar, ao
    mesmo tempo que apoia o comércio local e
    revitaliza sectores tradicionais. A redução
    de impostos municipais, a criação de hubs
    empresariais e o apoio a jovens
    empreendedores serão decisivos para
    garantir mais emprego qualificado e uma
    economia sustentável e inovadora.
  20. Educação: Nenhum território se
    desenvolve sem uma educação sólida.
    Cascais precisa de uma melhor
    coordenação estratégica entre escolas,
    associações e municípios vizinhos,
    garantindo coerência desde a creche até
    ao ensino superior. Defendemos o
    investimento numa rede de creches
    gratuitas, apoio à formação dos docentes,
    integração do desporto e das artes nos
    currículos e reforço da literacia digital e
    socio-emocional.
    A educação será o motor de inclusão,
    criatividade e futuro para as novas gerações.
  21. Saúde: O concelho deve assumir um
    papel activo na promoção da saúde e
    bem-estar. Propomos cuidados de
    proximidade, unidades móveis de
    atendimento e maior articulação entre
    saúde, apoio social e rede de IPSS.
    Queremos reduzir tempos de espera,
    reforçar a rede de médicos e técnicos
    especializados, investir em literacia em
    saúde e melhorar infra-estruturas. Cascais
    terá um sistema local de saúde mais
    eficiente, integrado e próximo dos
    cidadãos.
  22. Acção Social: Num concelho marcado
    por desigualdades, é urgente combater
    vulnerabilidades e reforçar a coesão social.
    Propomos respostas mais eficazes para a
    população sem-abrigo, apoio reforçado a
    idosos e famílias carenciadas, expansão da
    rede de creches e requalificação dos
    bairros municipais mais degradados. A
    acção social deve ser uma prioridade
    absoluta da autarquia, garantindo
    dignidade, integração e oportunidades a
    todos os residentes.
  23. Segurança: Uma condição fundamental
    de qualidade de vida. Defendemos o
    reforço dos meios humanos e técnicos da
    Polícia Municipal, o policiamento de
    proximidade, a vigilância equilibrada e a
    cooperação entre forças de segurança.
    Melhor iluminação pública, postos móveis e
    apoio psicológico às forças policiais, numa
    estratégia concertada de prevenção e
    confiança, assegurando um concelho mais
    tranquilo e protegido.
  24. Cidadania: Queremos um município
    mais próximo e participado. Propomos
    reforçar o orçamento participativo, criar
    conselhos de cidadãos, instituir consultas
    públicas obrigatórias e valorizar o
    voluntariado inter-geracional. A cidadania
    será vivida todos os dias, através de
    comunidades mais coesas, maior escuta
    activa e canais digitais acessíveis. Cascais
    deve tornar-se um concelho onde cada voz
    conta e cada residente participa.
  1. Turismo: O turismo é vital, mas deve ser
    sustentável e equilibrado. Cascais deve
    posicionar-se como destino premium,
    valorizando património, cultura,
    gastronomia e natureza, em vez da
    massificação. Regularemos o alojamento
    local, combateremos excessos e
    promoveremos experiências únicas, ligadas
    à identidade do concelho. O turismo tem de
    servir também os residentes, criando valor
    económico sem comprometer a qualidade
    de vida.
    Mais do que um conjunto de medidas, o
    nosso programa eleitoral apresenta uma
    visão de futuro. Propomos um concelho
    onde todos vivam melhor, onde a
    habitação seja acessível, o ambiente
    protegido, a mobilidade inteligente, a
    governação transparente e a comunidade
    coesa. Um território onde as famílias
    jovens possam fixar-se e os mais velhos
    viver com dignidade. Um território com
    mais oportunidades para viver e trabalhar.
    É este o compromisso da candidatura
    Cascais Para Viver: devolver Cascais aos
    seus habitantes e construirmos, juntos, um
    concelho mais justo, sustentável e com
    esperança para as próximas gerações

O modelo de crescimento urbano seguido em Cascais na última década, assente num PDM
desadequado, degradou a qualidade de vida e a identidade cultural do concelho. Neste
período o licenciamento urbanístico conduziu ao desaparecimento de importantes áreas
verdes, à densificação excessiva de áreas urbanas residenciais de baixa densidade, ao
aumento do tráfego e da poluição e à destruição de imóveis com valor arquitetónico
relevante.
É urgente uma revisão do PDM para recentrar as políticas municipais em cinco eixos claros:
Habitação acessível: O direito a viver em Cascais não pode ser negado às famílias das
classes com menos recursos financeiros, da classe média e aos mais jovens que aqui
nasceram ou trabalham. É urgente travar a saída de residentes através de políticas
municipais ativas, parcerias estratégicas e instrumentos de planeamento que assegurem
uma oferta equilibrada entre mercado livre e arrendamento acessível.
Salvaguarda da identidade e do património arquitetónico: Cascais não pode continuar a
perder a sua identidade nem a memória que se reflete nos edifícios, bairros e paisagens
que marcam a vivência coletiva. Reabilitar em vez de demolir, classificar e proteger em vez
de desvalorizar, são decisões que preservam a autenticidade do concelho.
Valorização do espaço público e ambiental: Os cidadãos devem ter prioridade sobre os
automóveis e os interesses especulativos, através da criação de corredores verdes,
espaços de lazer, mobilidade suave e redes de transporte público que reduzam a
dependência do carro. A orla costeira, os parques e os bairros não podem continuar a ser alvo de intervenções fragmentadas; é necessário um plano integrado, que privilegie a
qualidade de vida e a sustentabilidade.
Reserva de espaços estratégicos destinados à fixação de empresas e à criação de mais
postos de trabalho no concelho: Evitando movimentos pendulares e gerando riqueza para
o município, articulados com uma política fiscal integrada.
Reabilitação de áreas urbanas de gênese ilegal e de outras áreas degradadas: Através de
processos de intervenção coordenados pelo município e que melhorem a qualidade de
vida daquelas comunidades.

Medidas de ação propostas:
• Elaborar o Relatório do Estado do
Ordenamento do Território (REOT), que
devia ter sido apresentado 4 anos após a
revisão do PDM de 2015, por forma a
avaliar detalhadamente a sua
implementação.
• Definir um modelo de ordenamento do
território a implementar no novo processo
de revisão do PDM, tendo em conta os
objetivos estratégicos definidos e as futuras
conclusões do REOT.
• Reavaliar as classificações injustificadas
como solo urbano, nomeadamente quando
não respeitaram todos os pressupostos
legais.
• Estabelecer áreas de rede ecológica entre
as áreas urbanas e o Parque Natural
Sintra-Cascais, constituindo-se como
estrutura verde tampão ao crescimento
urbanístico.
• Impedir a redução de áreas em RAN e
REN, ao contrário do que sucedeu desde a
revisão do PDM em 2015 e alterações
subsequentes.
• Garantir a preservação da Quinta dos
Ingleses como “Área Protegida de Âmbito
Localˮ, conforme previsto na Resolução da
Assembleia da República n.º 208/2021,
revertendo o processo de urbanização em
curso, de forma a criar um parque verde
urbano o mais extenso possível. Incluir um
núcleo museológico e um centro de
interpretação floresta-mar, numa
intervenção que valorize a qualidade de
vida da população e a salvaguarda do
ambiente, da biodiversidade, da história do
lugar e da Praia de Carcavelos.
• Recorrer a todos meios legais e a fundos
nacionais e europeus disponíveis,
compatibilizando os direitos fundamentais
ao ambiente e à qualidade de vida com os
legítimos direitos de propriedade
existentes, e garantindo simultaneamente o
combate às alterações climáticas e a
criação de um território mais resiliente.
• Alargar a lista de imóveis constantes no
Anexo II – Bens Culturais com interesse
patrimonial, do Regulamento do PDM de
Cascais, introduzindo um conjunto de
imóveis que foram excluídos e que integravam o catálogo inventário do património arquitetónico aprovado pela Câmara
anteriormente.
• Dinamizar as quintas históricas através da valorização dos recursos patrimoniais e
naturais numa ótica de promoção do turismo cultural diferenciado.
• Reforçar os instrumentos municipais disponíveis para incentivar a efetiva reabilitação
urbana, focada na requalificação do edificado e não na sua demolição.
• Publicar no site do município o levantamento de imóveis degradados e devolutos, sem
comprometer o RGPD, promovendo a sua aquisição sempre que possível e determinando a
sua utilização para arrendamento acessível.
• Desenvolver operações de reabilitação urbana sistemáticas nas áreas urbanas
consideradas prioritárias.
• Cumprir a regra da cedência de terrenos para equipamentos ou habitação pública e
espaços verdes de utilização coletiva em operações de loteamento e/ou operações
urbanísticas de impacte relevante, aceitando apenas a título excecional a troca por
compensação.
• Diligenciar a gestão integrada de obras de infraestruturas na via pública.
• Promover, em articulação com as associações de proprietários, a legalização dos mais de
50 bairros de génese ilegal existentes, dotando-os das infraestruturas urbanísticas
necessárias, assumindo a execução das obras quando imprescindível.
• Exigir a urgente elaboração de um Estudo Impacto Ambiental do Aeródromo de Tires.
Recusar a expansão da operação nos últimos anos e em contínua progressão,
nomeadamente com jatos transferidos da Portela, independentemente de uma avaliação
rigorosa dos níveis de ruído, de poluição atmosférica e do risco de acidente.
Defender que, face à consolidação urbana e residencial na sua envolvente – viabilizada
pela Câmara Municipal, inclusive com bairros de génese ilegal e várias novas construções
licenciadas na última década – o Aeródromo seja revertido à sua função original de
aeronáutica de lazer, sem voos comerciais ou executivos.

O concelho de Cascais vive uma crise habitacional profunda e prolongada. Mais de cinco
mil famílias residem em condições indignas — em anexos degradados, partes de casas ou
até garagens, casas sobrelotadas — enquanto quase cinco mil pedidos de habitação social
permanecem sem resposta. Em contrapartida, o boom da construção de luxo não trouxe
soluções para a maioria da população, que enfrenta salários mais baixos do que nos
concelhos vizinhos e um mercado imobiliário proibitivo.
Esta realidade é inaceitável num município que se quer próspero e inclusivo.
A política municipal de habitação deve assentar em princípios de justiça social, equilíbrio
territorial e sustentabilidade. O objetivo central é assegurar que cada família cascaense
possa viver com dignidade, em casas de qualidade, acessíveis e integradas em
comunidades coesas.
Para alcançar este objetivo, o programa estrutura-se em quatro eixos estratégicos:
Reabilitação e regeneração urbana: A resposta não pode passar apenas pela expansão.
É fundamental recuperar bairros degradados e nas áreas urbanas de génese ilegal, investir
na melhoria do espaço público e transformar imóveis devolutos em novas oportunidades
de habitação. Um programa consistente de reabilitação trará mais dignidade às famílias,
reduzirá desigualdades e revitalizará zonas estagnadas do concelho.
Gestão pública ativa do solo e do património: A Câmara deve assumir um papel de
liderança, adquirindo terrenos estratégicos, exercendo o direito de preferência em imóveis
e promovendo parcerias com cooperativas e privados para garantir habitação a custos controlados.
Equidade fiscal e incentivos responsáveis: A política de taxas e impostos municipais
deve favorecer quem disponibiliza habitação acessível e penalizar o abandono ou a
especulação. A a isenção de taxas para a construção de habitação a custos controlados e
a dinamização de mecanismos de cedência de terrenos em operações urbanísticas de
impacto relevante permitirão acelerar respostas.
Habitação acessível e diversificada: Cascais precisa de aumentar a oferta de habitação
para diferentes públicos – jovens, famílias carenciadas, famílias da classe média sem
acesso ao mercado livre, trabalhadores do concelho – com soluções que combinem
arrendamento acessível, habitação pública e modelos de compra a custos controlados. Isto
implica integrar quotas de habitação acessível nos grandes projetos e desenvolver novos
polos habitacionais sustentáveis, bem servidos de transportes e equipamentos.

Medidas de ação propostas:
• Criar dois novos Polos Urbanos
Multifuncionais em Tires e na Adroana, de
4.000 a 5.000 fogos de habitação pública
acessível, com execução plena em dois
mandatos, inseridos em projetos
urbanísticos de qualidade e
ambientalmente sustentáveis. Este plano é
complementar aos projetos que a Câmara
se encontra a desenvolver.
• Implementar o programa “Primeira Casaˮ – um programa de novas habitações para
jovens a integrar em futuros planos de
pormenor e/ou unidades de execução,
garantindo que uma parte significativa da
nova construção se destine à camada mais
jovem da população do concelho.
• Exigir nas operações urbanísticas que
impliquem planos de pormenor, unidades
de execução, loteamentos ou de impacto
relevante, localizadas em áreas
compatíveis com usos habitacionais, que
as mesmas incluam terrenos a ceder para habitação pública ou fogos a disponibilizar
para arrendamento acessível.
• Criar o Fundo Ambiental de Reabilitação
Urbana, um investimento anual mínimo de
10 milhões de euros em bairros e
urbanizações degradadas, e em áreas
urbanas de génese ilegal, melhorando o
espaço público e a qualidade de vida dos
residentes.
• Desenvolver um programa de apoio a
cooperativas, para construção de habitação
a custos controlados, incluindo benefícios
fiscais e a cedência de terrenos municipais
em direito de superfície até 90 anos.
• Estabelecer parcerias com privados para
a promoção de habitação acessível.
• Criar um programa de incentivos com
vista à revitalização e reutilização dos
imóveis devolutos inventariados, dando
prioridade à habitação de renda ou custo acessível e a equipamentos de utilidade pública.
• Aplicar a majoração dos índices de edificabilidade em terrenos que se destinem
exclusivamente à construção de habitações a custos controlados, quer sejam para venda,
quer sejam para arrendamento acessível, conforme previsto na lei.
• Reduzir as taxas urbanísticas relativas à construção de habitações de custos
controlados destinadas a arrendamento acessível.
• Exercer o direito de preferência na aquisição de edifícios nas zonas de pressão
urbanística, com o objetivo de aumentar a oferta de habitação no concelho.
• Agilizar os processos de licenciamento dos fogos destinados a arrendamento acessível
ou a venda a custos controlados

A qualidade de vida em Cascais está intimamente ligada à preservação do seu ambiente
natural — das praias à serra, das zonas verdes urbanas aos espaços rurais. No entanto,
nos últimos anos, o concelho tem assistido a fenómenos preocupantes: descargas de
águas poluídas nas praias em plena época balnear, redução sistemática das áreas verdes
em favor da construção, abate injustificado de árvores e erosão acelerada da orla costeira.
Estes problemas comprometem a saúde pública, a biodiversidade, a economia local e a
imagem de Cascais como destino turístico e lugar de excelência para viver.
É urgente inverter este rumo e colocar a sustentabilidade ambiental
no centro das políticas municipais. A estratégia proposta assenta em
quatro eixos fundamentais:
Proteção da costa e da qualidade da água: Proteção da costa e da qualidade da água. O
mar é um património vital para Cascais, essencial para a economia, o turismo e o lazer.
Garantir águas limpas passa por investir em sistemas de saneamento modernos, combater
descargas ilegais e adotar soluções inovadoras para proteger a orla costeira contra a
erosão e as alterações climáticas.
Valorização das zonas verdes e da biodiversidade: Um concelho equilibrado exige
“florestas urbanasˮ, parques verdes acessíveis de proximidade às urbanizações e
corredores verdes que liguem as comunidades. Expandir as áreas verdes, sempre que
possível, e garantir a sua manutenção regular. Cascais deve apostar em soluções que
regenerem o solo, aumentem a permeabilidade e a biodiversidade. É fundamental oferecer
mais e melhores espaços de lazer e bem-estar aos cidadãos.

Gestão responsável dos recursos naturais: A água, a energia e os resíduos devem ser
geridos de forma eficiente, transparente e inovadora. Reutilizar águas pluviais, promover a
economia circular, incentivar a reciclagem e investir em energias limpas são passos
cruciais para reduzir custos, aumentar a resiliência do território e responder às exigências
da crise climática.
Governança ambiental participativa e sustentável: A política ambiental deve ser clara,
exigente e próxima dos cidadãos. Isso implica cumprir e reforçar a regulamentação
municipal, impedir que interesses imediatistas se sobreponham ao bem comum e envolver
ativamente a comunidade, em projetos que promovam a educação e a responsabilidade
ambiental.
Com esta visão, Cascais pode transformar os problemas atuais em oportunidades,
tornando-se um exemplo nacional e europeu de sustentabilidade. A proteção das praias, a
expansão das áreas verdes, o investimento em energias renováveis e a gestão inteligente
dos recursos não são apenas medidas ambientais: são escolhas que garantem saúde,
prosperidade e qualidade de vida para as gerações futuras.
Medidas de ação propostas:
• Instalar no Forte de Santo António da
Barra o Núcleo do Mar de Cascais, para
receber associações de preservação
marítima do concelho (Cascais Sea,
Movimento Claro, Sea Forester, United by
the Sea, entre outras), assim como
empresas e atividades relacionadas com a
economia do mar.
• Estudar a criação de um recife artificial
em frente ao Forte de Santo António da
Barra. , Para além de funcionar como
barreira para a erosão costeira, servirá
como abrigo para diferentes espécies
marinhas e poderá inclusivamente criar um
novo local para a prática de surf no inverno
e mergulho recreativo no verão.
• Alargar a área marinha protegida das
Avencas até à praia do Tamariz, criando
uma zona livre de pesca, caça submarina,
apanha de bivalves e outras atividades que
ponham em causa o frágil habitat.
• Analisar a viabilidade de re-municipalizar
os serviços de abastecimento de água em
Cascais, assegurando que este recurso
essencial seja gerido exclusivamente em
benefício dos cidadãos. A gestão pública
permitirá a redução de custos para as
famílias e maior qualidade de serviço,
reforçando a transparência e a
responsabilidade na utilização dos recursos
hídricos.
• Garantir a melhoria da qualidade de
serviço e fiabilidade da água da rede
pública, através da reabilitação e
modernização da rede de adutores,
redução de perdas e falhas de
abastecimento, assegurando um serviço
mais eficiente, seguro e sustentável para todos os cidadãos do concelho.
• Reforçar a prevenção no sistema de
saneamento, utilizando tecnologia de ponta – incluindo CCTV – em inspeções com o
objetivo de evitar afluências indevidas,
descargas irregulares e ligações
clandestinas. O foco será nas linhas de
água que chegam às nossas praias,
especialmente na época balnear,
assegurando mar limpo, saúde pública e a
marca de Cascais como líder em
sustentabilidade.
• Investir na renovação da infraestrutura de
saneamento.
• Garantir a captação e a gestão inteligente
das águas pluviais para prevenir cheias e
valorizar recursos, em alinhamento com o
Plano Estratégico para o Abastecimento de
Água e Gestão de Águas Residuais e
Pluviais 2030 (PENSAARP 2030):
a) Promover a captação de água da chuva
em habitações, incentivando a instalação
de sistemas domésticos de aproveitamento
para rega de jardins e outros usos não
potáveis, reduzindo o consumo de água
potável no concelho;
b) Aumentar o aproveitamento de águas
residuais tratadas (ApR) e águas pluviais
em equipamentos e espaços municipais,
limpeza urbana e manutenção de
infraestruturas, contribuindo para a
sustentabilidade hídrica, valorizando os
recursos e prevenindo cheias.
• Preservar as zonas verdes e expandi-las
no âmbito da revisão do Plano Diretor
Municipal.
• Criar e apoiar a instalação de florestas
urbanas pelo método Miyawaki em
espaços públicos e terrenos disponíveis no
concelho de Cascais, promovendo a
participação da comunidade, escolas,
empresas e unidades de saúde. Estas
florestas rápidas regeneram o solo,
aumentam a biodiversidade e criam zonas
verdes de lazer e bem-estar.
• Efetivar a norma legal que determina que
os novos loteamentos deverão ceder
terrenos para espaços verdes, não
aceitando por norma a sua substituição por
compensações financeiras.
• Deixar de beneficiar a compensação em
numerário em detrimento da cedência de
espaços, revendo para tal o Regulamento
Municipal de Compensação.
• Estimular uma gestão florestal mais ativa
em Portugal, apoiando iniciativas
inovadoras de proteção ambiental,
prevenção de incêndios rurais e
restauração de terrenos, em colaboração
com o governo e a comunidade científica,
promovendo soluções de financiamento
climático e sustentabilidade de longo
prazo.
• Requalificar o Parque Natural em
coordenação com Sintra e torná-lo um polo
de atração natural com caminhos
pedestres e de bicicletas, sinalizados e
ordenados.
• Desenvolver um sistema de cobrança de
Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) inspirado
no modelos modelo Pay-As-You-Throw
(PAYT), ajustado à quantidade e tipo de
resíduos entregues, promovendo a separação e reciclagem. O sistema será
acompanhado de campanhas de
educação ambiental, incentivos positivos
para quem recicla corretamente e
fiscalização adequada, substituindo a
tarifação de RSU associada ao consumo de
água por um modelo mais justo e
transparente, que incentive a redução de
resíduos de forma responsável.
• Reforço da instalação de ilhas ecológicas
em todo o concelho.
• Avaliar a eficácia do projeto de recolha
de resíduos orgânicos (sacos verdes
domésticos) e definir um plano de melhoria
subsequente.
• Reavaliar o mapa das zonas de risco de
cheias em Cascais, considerando os
efeitos das alterações climáticas, para
implementar ações de adaptação que
reforcem a resiliência urbana, reduzam a
vulnerabilidade e protejam a população e
as infraestruturas.
• Reforçar a limpeza das praias durante a
época balnear, aumentando a frequência
da recolha de resíduos sólidos urbanos e
aumentar a sinalética de boas práticas
referentes a deposição de lixo;
• Substituir as luminárias convencionais
por tecnologia LED de elevada eficiência,
reduzindo até 70% o consumo energético.
• Implementar sistemas de gestão de
iluminação pública inteligente, otimizando
horários e
intensidade luminosa conforme a
necessidade real.
• Parar com o uso de herbicidas tóxicos na
pulverização nos passeios em frente a
habitações e em frente a terrenos, dando
preferência à implementação de práticas
ambientais responsáveis, como cortes,
utilização de coberturas vegetais ou a
implementação de sistemas de jardinagem
que minimizem a necessidade de
herbicidas.
• Dinamizar leilões de energia para que
empresas possam alugar os telhados de
edifícios públicos para instalar sistemas
solares e vender eletricidade à rede.
• Criar zonas centralizadas de
carregamento elétrico de equipamentos
municipais, produzindo resiliência na rede
não redundante, podendo ter um papel de
back-up em situações de crise.
• Criar parcerias internacionais com
organizações como UNESCO-
Intergovernmental Oceanographic
Commission ou a European Alien Species
Information Network (EASIN – Rede
europeia que centraliza informação sobre
espécies invasoras, incluindo algas, e
coordena partilha de dados e soluções),
para partilha de conhecimento, boas
práticas sobre a invasão de algas marinhas
nas praias de Cascais e desenvolver
soluções de gestão costeira.

A mobilidade em Cascais encontra-se num impasse: o concelho não é hoje amigo de quem
se desloca de carro, nem de quem opta por andar a pé, de bicicleta ou de transportes
públicos. Os congestionamentos crónicos em várias zonas condicionam o
desenvolvimento económico e prejudicam a qualidade de vida. Ao mesmo tempo, os
transportes públicos continuam a ser pouco atrativos – apesar de gratuitos para os
utilizadores com o cartão Viver Cascais – parte das ciclovias estão fragmentadas e mal
planeadas, e os passeios encontram-se muitas vezes degradados, estreitos ou obstruídos.
Quanto ao transporte público, em 2010 a Câmara Municipal de Cascais desenvolveu o
Estudo de Trânsito de Âmbito Concelhio (ETAC), tendo as suas diretrizes fundamentais
integrado a revisão do PDM publicado em 2015. Este estudo identificou graves carências
na oferta de transporte público no concelho, incluindo o resultado da falta de investimento
na linha de Cascais e com autocarros convencionais insuficientes para servir as
deslocações internas. Foi então considerada uma rede de Transporte Ligeiro de Superfície
com 23 km de extensão no traçado principal, num sistema de metro à superfície, ligando as
estações de Carcavelos e Cascais, além de possíveis extensões a Sintra e Oeiras. O
traçado, inscrito no PDM, atravessa e serve zonas densamente habitadas e
equipamentos-chave, incluindo Carcavelos – Estação C.P., Rebelva, São Domingos de
Rana, Arneiro, Manique, Adroana, Alcabideche, Cascaishopping, Cabreiro – Hospital, Alvide
e Terminal Rodoviário na Vila de Cascais.
Além do metro ligeiro de superfície também se admitiu naquele estudo de trânsito a opção
por veículos elétricos sobre pneus guiados (por exemplo um sistema de Tram-Bus ou o
BRT /Bus-Rapid-Transit).

Volvidos 15 anos da elaboração do ETAC e 10 anos da entrada em vigor da revisão do PDM,
conclui-se que aquele estudo não saiu do papel.
Analisadas várias opções, defendemos a implementação de um metro ligeiro de superfície
na principal linha definida no ETAC, a qual complementa as redes de autocarros existentes:
MobiCascais e Carris Metropolitana. Propomos ainda uma linha de metro de superfície na
A5, em articulação intermunicipal e com o governo, através da reserva de uma faixa BUS e
da criação de infraestruturas complementares que viabilizem, designadamente, a
integração modal das linhas de metro com o comboio e autocarros. Tratando-se de
investimentos na ordem das centenas de milhões de euros, será fundamental o recurso a
fundos europeus destinados à mobilidade e ao objetivo da neutralidade carbónica até 2050.

O futuro da mobilidade em Cascais deve assentar em quatro eixos estratégicos:
Redesenhar a rede viária e eliminar estrangulamentos: Melhorar a circulação automóvel
não implica necessariamente construir novas vias rápidas, previstas no PDM, mas
essencialmente adaptar a rede existente às necessidades atuais. A prioridade passa por
corrigir pontos de estrangulamento, concluir pequenas ligações previstas há décadas e
adotar soluções de tráfego urbano que tornem a circulação mais fluida e segura.
Promover transportes públicos eficientes e integrados: Gratuitidade sem qualidade não
é solução. A mobilidade coletiva precisa de horários regulares, rotas ajustadas, paragens
com abrigos eficientes e integração plena na rede metropolitana. Projetos estruturantes
como o metro de superfície devem ser encarados como investimentos estratégicos,
capazes de reduzir o uso do automóvel e reforçar a coesão territorial.
Valorizar a mobilidade pedonal e ciclável: Andar a pé em Cascais deve ser mais seguro e
confortável. Implica investir na criação e reabilitação de passeios, eliminar barreiras e
obstáculos, e transformar determinadas ruas em zonas pedonais vivas e atrativas. Do
mesmo modo, a bicicleta deve passar de exceção a alternativa viável, através de uma rede
de ciclovias coerente, contínua e conectada a escolas, estações e bairros.
Preparar a transição energética e a mobilidade do futuro: Cascais deve liderar a
transição para o transporte público e privado elétrico, com uma rede inteligente de
carregamento, incentivos ao transporte partilhado e soluções inovadoras de gestão do
tráfego e do estacionamento. Só assim será possível reduzir emissões, melhorar a
qualidade do ar e tornar o concelho mais competitivo e sustentável.
Um concelho evoluído e sustentável deve oferecer opções reais de mobilidade, seguras, rápidas e acessíveis – Exige-se uma estratégia integrada, capaz de reduzir o tráfego automóvel desnecessário, melhorar os transportes públicos, apostar na mobilidade suave e devolver espaço ao peão. Cascais tem ainda de assumir o seu papel na rede metropolitana, reforçando as ligações com Oeiras, Sintra e Lisboa.

A mobilidade não é apenas uma questão de deslocação: é um fator de justiça social, inclusão e desenvolvimento económico. Cascais precisa de oferecer aos seus cidadãos liberdade de escolher como se deslocam, garantindo que todas as opções: carro, transportes públicos, bicicleta ou a pé, são mais seguras e acessíveis. Só assim se poder construir um concelho com uma mobilidade mais eficiente e com mais qualidade de vida para todos.

Medidas de ação propostas:

Redesenhar a rede viária e eliminar estrangulamentos:

• Redefinir os sentidos de circulação viária em determinadas artérias do concelho com problemas de congestionamento de trânsito automóvel (exemplos: Eixo Sassoeiros – Arneiro – Lage; Largo do Cemitério de S. Domingos de Rana).

• Criar uma nova saída da A5 em Tires, no sentido Lisboa-Cascais, com o objetivo de melhorar a fluidez do tráfego local e aliviar as filas que se formam diariamente nas horas de maior intensidade.

Promover a revisão e implementação das vias estruturantes inscritas na revisão do PDM de 2015, optando sempre que possível por traçados e perfis urbanos, em detrimento de vias rápidas.

Implementar uma solução pedonal e viária que permita encerrar a última passagem de nível existente no concelho, em S. João do Estoril.
Promover transportes públicos eficientes e integrados:
• Implementar o metro ligeiro de superfície no traçado definido no ETAC, considerando o potencial de utilizadores, abrangendo cerca de 75.000 habitantes (uma parte substancial dos residentes no concelho).

Reservar uma faixa BUS na A5 e criação de infraestruturas complementares, em articulação intermunicipal, para instalação de um metro de superfície entre Cascais e Lisboa.

Propor ao governo a eliminação de portagens na A5 em deslocações no interior do concelho (S. João do Estoril e S. Domingos de Rana), como acontece na A16.

Rever a rede de autocarros MobiCascais, se necessário reforçando o serviço com
novas viaturas. Apesar de alguns ajustamentos positivos, ainda se verifica uma falta de frequência e de pontualidade em várias carreiras.

Implementar um sistema que apresente nas estações MobiCascais os tempos de espera (como já acontece em algumas estações na Carris Metropolitana).

Aumentar a frota de autocarros de menor dimensão em determinadas zonas/horas, de forma reduzir tempos de espera.

Requalificar as paragens de autocarro do concelho, dotando-as de melhores condições de conforto e segurança.

Criar zonas de estacionamento gratuito junto às entradas da A5 em Birre, na Abuxarda e no Estoril, por forma a incentivar o car-sharing e utilizar o futuro metro de superfície que propomos, ou BRT,
anunciado pela Câmara.

Criar uma rede de autocarros escolares visando reduzir uma das maiores fontes de trânsito automóvel no concelho e melhorar a qualidade de vida no concelho.

Articular com o Governo central a urgente implementação de soluções para a modernização da linha de Cascais, tantas vezes prometida quanto adiada, quer por governos do PS, quer da AD.
Valorizar a mobilidade pedonal e ciclável:
• Reforçar e requalificar a rede de ciclovias existente, numa ótica de segurança para todos e que assegure novos trajetos, designadamente no litoral e nas ligações entre o litoral e o interior.
• Analisar o encerramento ao automóvel de determinadas artérias localizadas em centros urbanos históricos, transformando-as em espaços públicos aprazíveis e com vida urbana.

Concluir os dois grandes troços em falta da pedovia do Guincho: Guia – Oitavos e Cabo Raso – Arriba.

Remover mobiliário urbano localizado nos passeios que comprometa a circulação pedonal e viária, designadamente os acessos a pessoas com mobilidade reduzida.
Preparar a transição energética e a mobilidade do futuro:
• Reforçar a rede municipal de carregamento elétrico que assegure a transição energética e de mobilidade sustentável em Cascais. Inclui investimento direto em infraestruturas inteligentes (incluindo adaptação de postes de iluminação), benefícios específicos para residentes e trabalhadores locais.
• Introduzir sistemas de sinalização inteligente permitindo a otimização dos fluxos de tráfego nas zonas mais congestionadas (por exemplo na Av. Marginal junto ao Auchan, Mercado de
Cascais, Av. 25 de Abril e Praça Francisco Sá Carneiro).

Implementar projectos-piloto de pavimentação com tecnologia de asfalto drenante e sistemas de escoamento em zonas críticas de acumulação de água, promovendo a redução de inundações urbanas e o reforço da resiliência das infraestruturas rodoviárias face às cheias.

Cascais deve ser um município aberto e responsável, onde todas as decisões, gastos e
processos são claros para os cidadãos. Queremos uma autarquia exemplar em
transparência, com práticas alinhadas com os melhores padrões europeus.
O próximo ciclo autárquico tem de ser marcado por uma mudança profunda: a ética e a
transparência deixarão de ser promessas vagas para se tornarem compromissos de honra.
O objetivo é claro — gerir os recursos públicos com responsabilidade, divulgar a
informação de processos aos munícipes e garantir que a Câmara Municipal de Cascais
funciona de forma eficiente, justa e orientada para resultados.
A transformação assenta em três eixos estratégicos:
Auditoria e escrutínio independentes: A primeira medida de credibilização da autarquia é
uma radiografia completa da sua estrutura interna, empresas municipais e património.
Gestão transparente e participada: Todas as decisões relevantes — desde novos
projetos urbanísticos até contratos e orçamentos — devem ser acessíveis, escrutináveis e
compreensíveis pelos cidadãos.
Simplificação e responsabilização administrativa: Cascais não pode continuar refém de
processos excessivamente burocráticos e demorados. É imperativo digitalizar serviços,
eliminar redundâncias, cumprir prazos obrigatórios de resposta e criar canais ágeis de
queixa e resolução de conflitos

Este compromisso com a ética e a transparência não é um adorno institucional: é a base de
uma governação moderna, eficiente e justa. Implica devolver dignidade ao serviço público,
eliminar práticas clientelares e valorizar o trabalho dos funcionários municipais que servem
os cidadãos. Só assim Cascais poderá ser uma referência de confiança, credibilidade e
proximidade democrática.
Medidas de ação propostas:
• Realizar uma auditoria independente,
através de concurso público, à Câmara
Municipal de Cascais e ao universo das
empresas municipais, transversal a todas as
suas áreas de atuação.
• Rever o Regulamento de Organização dos
Serviços Municipais, por forma a adaptá-lo
a uma estrutura funcional e eficaz, sem
sobreposição de funções entre unidades
orgânicas.
• Promover reuniões de Câmara
descentralizadas.
• Divulgar antecipadamente as propostas
submetidas às Reuniões de Câmara e da
Assembleia municipal, para motivar os
cidadãos a participar ativamente nas
mesmas.

  • Recriar a figura do Provedor do Munícipe,
    para apresentação de queixas e
    reclamações, para munícipes,
    comerciantes, instituições sociais e
    culturais.
  • Estabelecer critérios objetivos e
    transparentes na atribuição de apoios a
    associações do concelho, permitindo a
    previsibilidade e melhoria da sua gestão.
  • Garantir uma maior transparência nos
    procedimentos relativos a operações
    urbanísticas submetidas a controlo prévio,
    através da disponibilização aos requerentes
    do estado do processo na plataforma
    online; de um guia completo da gestão
    urbanística que esclareça dúvidas e
    procedimentos e de simuladores online
    para cálculos das taxas urbanísticas e
    compensações devidas.
    • Definir uma política de publicidade
    institucional focada na divulgação das
    informações relevantes para os munícipes,
    sem abusos de propaganda política.
  • Rever os protocolos de delegação de
    competências da Câmara para as
    Freguesias, reforçando a descentralização.
  • Simplificar as dezenas de regulamentos
    municipais existentes e o seu acesso
    através de ferramentas de IA.
  • Dispensar o recurso sistemático a
    escritórios de advogados externos,
    atribuindo as respetivas tarefas aos juristas
    do quadro de pessoal da Câmara,
    estendendo a mesma lógica para a
    comunicação e arquitetura, poupando
    substanciais recursos financeiros do
    município para aplicação nas políticas
    prioritárias.
  • Implementar um conjunto de medidas que
    visem melhorar as condições de trabalho e remuneração dos funcionários municipais: Apostar na meritocracia através do reforço da
  • dotação orçamental para prémios de desempenho; atribuir o subsídio de almoço através de
  • vales refeição; acelerar a progressão para trabalhadores que concluam formação relevante
  • para o município; investir em infraestruturas que permitam melhorar as condições de
  • trabalho.

Cascais é um concelho de enorme potencial desportivo, tanto pela sua tradição como
pelas condições naturais excepcionais que oferece. No entanto, encontra-se hoje aquém
do necessário: a área desportiva por habitante é de apenas 1,92 m², quando a
recomendação do Conselho da Europa é de 4 m². Após mais de uma década sem
investimento estruturante em novas infraestruturas, o concelho carece de equipamentos
adequados, instalações reabilitadas e programas que democratizem o acesso ao desporto.
O desporto não é apenas competição: é saúde, inclusão social, identidade territorial e
motor de desenvolvimento económico e turístico. Cascais precisa de recuperar o atraso,
garantindo a todos os munícipes — desde as crianças até aos atletas de alta competição —
oportunidades reais de prática desportiva em condições de qualidade.
A visão proposta assenta em quatro eixos estratégicos:
Infraestruturas modernas e acessíveis: Cascais deve retomar o investimento em novos
equipamentos de grande escala — como o centro multidesportivo — mas também reabilitar
instalações degradadas, garantindo que os clubes e comunidades têm condições dignas
para treinar e competir. O objetivo é construir uma rede equilibrada de infraestruturas,
próxima das populações e sem redundâncias.
Integração do desporto na vida escolar e comunitária: A prática desportiva deve
começar cedo e ser parte integrante da rotina escolar. A articulação entre clubes, escolas e
juntas de freguesia permitirá criar programas continuados desde o 1.º ciclo, expandir o
ensino da natação e abrir as instalações escolares à população fora do horário letivo. Este modelo promove hábitos saudáveis desde a infância e alarga o acesso às famílias.
Valorização das modalidades identitárias: Cascais deve apostar nas modalidades que
melhor se adequam ao seu território e tradição como vela, surf, natação em águas abertas,
triatlo, corrida, skate, ténis e golfe, bem como modalidades coletivas como o râguebi, o
hóquei em patins, o vólei ou o basquetebol. Para além de reforçar a prática local, a
organização de grandes eventos internacionais em cada uma destas modalidades permitirá
posicionar Cascais como destino desportivo de referência e atrair novos praticantes.
Desporto para todos e inovação social: Democratizar o acesso significa rever os apoios
aos clubes, impedir mensalidades que excluam famílias e criar programas de incentivo à
prática desportiva, incluindo plataformas digitais que motivem os cidadãos e iniciativas
comunitárias em espaços públicos e praias. O desporto deve estar disponível a todos,
independentemente da idade, da condição social ou do nível competitivo.
Com esta estratégia, Cascais poderá reduzir a sua atual carência de áreas desportivas,
fomentar a coesão social, melhorar a saúde da população e reforçar a sua posição
enquanto concelho de excelência desportiva. Mais do que uma política sectorial, trata-se
de afirmar o desporto como parte central da qualidade de vida e da identidade de Cascais.

Medidas de ação propostas:
• Criação de um grande Centro Desportivo
incluindo um estádio de futebol com pista
de atletismo e bancadas parcialmente
cobertas; campos de rugby, ginásio,
circuito de manutenção; BTT, Skate park e
campos de treino de outras modalidades ao
ar livre, integradas num novo parque
urbano. Localização a definir pelos
Cascaenses em consulta pública entre as
três seguintes localizações: final da A5/
entre a Areia, Birre e a Aldeia de Juso;
Parque Natural/ Autódromo ou Adroana.
• Instalar estruturas de apoio ao surf, como
cacifos e surf-racks em Carcavelos, S.
Pedro e Guincho.
• Requalificar e dotar o Parque das
Gerações das valências em falta, aplicando
um modelo semelhante às freguesias de
Alcabideche e S. Domingos de Rana.
• Criar o primeiro Clube de Mar na Praia da
Azarujinha (duches, cacifos e local de
armazenamento para material desportivo
comunitário: kayaks; paddleboards;
pranchas de surf e bodyboard;
equipamento de snorkeling; bóias para
natação em águas abertas, etc). Depois de
testado e afinado, replicar o modelo nas
Praias da Parede e da Conceição.
• Construir um complexo de Rugby
Municipal para albergar a Escola de Rugby
da Galiza e outras escolas do Concelho que
manifestem interesse no mesmo.
• Dotar de instalações de apoio condignas
os campos de jogos onde estas são exíguas ou estão degradadas (Fontainhas,
Carcavelos, Talaíde, entre outros).

Desenvolver uma aplicação para motivar
os cascaenses a praticar desporto, com
pontos e prémios associados, reativando a
aplicação CityPoints (que podem passar
por descontos em mensalidades nas
modalidades praticadas; material
desportivo; inscrições gratuitas em provas
desportivas; etc)

Implantar pequenos campos de jogos ao
ar livre, preferencialmente integrados ou
agregados aos espaços públicos e às áreas
verdes de uso público.
• Garantir que todos os clubes possam ter
um “Campo Casa”, onde para além de
treinos recebam os seus adversários de
diferentes escalões. Esta é uma questão
critica nos clubes que dependem
exclusivamente de pavilhões escolares
(Futsal, basquetebol, voleibol, etc.) e é
fulcral para a melhoria dos resultados
desportivos.
• Criar programas de prática desportiva
continuada e federada desde o 1º ciclo, em
coordenação com as escolas públicas do
concelho, clubes e juntas de freguesia de
forma a integrar o desporto no horário
escolar.
• Alargar o programa de natação nas
escolas no sentido de assegurar uma aula
de natação por semana, durante todo o ano
letivo, a todos os alunos do 3º e 4º ano de
escolaridade. Atualmente, existe apenas 1
semestre de natação grátis as crianças do
3º ano das escolas públicas.

Abrir as instalações desportivas das
escolas públicas à população do Concelho,
durante os fins-de-semana e as férias
escolares, estabelecendo protocolos com
os agrupamentos escolares públicos e com
escolas privadas.
• Adotar o projeto UAARE (Unidades de
Apoio ao Alto Rendimento na Escola) do
Ministério da Educação, nas escolas do
concelho.
• Rever os apoios financeiros atribuídos a
clubes e assegurar que os mesmos tenham
critérios idênticos para todas as
instituições, impedindo a atribuição de
apoios municipais quando as joias de
inscrição e mensalidades sejam de valor
excessivamente elevado que restrinjam o
acesso à prática desportiva (por exemplo,
na vela, no ténis ou no golfe).
• Garantir uma rede de clubes desportivos
sem redundâncias e com sinergias com
outros clubes ou associações desportivas.
• Apoiar, anualmente, uma grande prova
internacional de cada uma das modalidades
individuais como vela; surf; natação em
águas abertas; triatlo; corrida; skate; ténis e
golfe, para captar novos praticantes dentro
do Concelho.
• Estabelecer no Mercado da Vila a prática
de modalidade(s) desportiva(s) de baixo
ruído, de forma a trazer vida ao espaço que
permanece desocupado durante 5 dos 7
dias da semana.

Desenvolver uma aplicação para motivar
os cascaenses a praticar desporto, com
pontos e prémios associados, reativando a
aplicação CityPoints (que podem passar
por descontos em mensalidades nas
modalidades praticadas; material
desportivo; inscrições gratuitas em provas
desportivas; etc)

Cascais possui uma identidade cultural profundamente enraizada na relação com a sua
população, no seu património histórico que testemunha séculos de encontros e
transformações, e na vivência ao mesmo tempo cosmopolita e rural que atrai artistas,
pensadores e criadores de diferentes origens. Esta singularidade posiciona a cultura como
um dos maiores ativos do concelho, como um instrumento de coesão social, de formação
de públicos e de valorização da memória coletiva.
Um dos grandes trunfos de Cascais reside na diversidade das suas expressões culturais:
do património marítimo e militar à arquitetura modernista, das tradições populares à arte
contemporânea, da música às práticas gastronómicas, passando pelo papel vital das
coletividades locais. Esta variedade garante que diferentes públicos encontrem propostas
significativas e acessíveis, transformando a cultura num espaço de encontro e partilha.
Em paralelo, os museus e centros culturais do concelho distinguem-se pela sua escala
humanizada, oferecendo ao visitante uma experiência mais próxima, imersiva e acolhedora.
Neste contexto, a autarquia deve assumir-se como o verdadeiro motor da preservação
cultural e da identidade do município. Cabe-lhe a responsabilidade de garantir a proteção e
valorização do património, a modernização dos equipamentos culturais já existentes —
como o Museu do Mar, a Casa das Histórias Paula Rego, o Centro Cultural de Cascais e o
Teatro Experimental de Cascais, entre outros — e a dinamização da sua programação.
Investir na reabilitação física, na atualização tecnológica, na acessibilidade universal e na
ligação destes equipamentos às escolas, universidades e coletividades locais é uma
condição essencial para que Cascais se afirme como um território culturalmente ativo e
inovador.

A cultura deve ser igualmente entendida como um fator de coesão social e territorial. Isso
implica descentralizar a programação para as freguesias do interior, criar bibliotecas de
proximidade, oferecer circuitos móveis de cinema, teatro e música, e estimular projetos de
cocriação com associações multiculturais. Iniciativas como o teatro comunitário, coros
intergeracionais, clubes de leitura, oficinas de gastronomia e residências artísticas em
escolas e lares são exemplos concretos de como a cultura pode unir gerações, valorizar a
diversidade e fortalecer laços de pertença. Mais do que uma soma de eventos, a política
cultural deve ser encarada como uma rede integrada de oportunidades que liga
equipamentos culturais, tradições locais, criação artística contemporânea e a participação
ativa dos cidadãos. É uma rede que garante que a cultura não é um privilégio de alguns,
mas um direito de todos.
A visão para a cultura em Cascais assenta em quatro eixos
estratégicos, concebidos para sustentar uma política cultural
abrangente e de longo prazo:
Preservação e Valorização do Património: Visa assegurar a proteção da herança material
e imaterial do concelho, reconhecendo-a como a fundação da sua identidade.
Promoção da Criação e Inovação Contemporânea: Foca-se em nutrir o ecossistema
artístico local, proporcionando aos criadores um ambiente fértil para a experimentação e o
diálogo.
Acessibilidade e Coesão: Tem como objetivo democratizar o acesso à cultura,
combatendo as assimetrias geográficas e sociais e promovendo a inclusão.
Sustentabilidade e Projeção: Procura garantir a viabilidade económica e ambiental do
modelo cultural, ao mesmo tempo que projeta Cascais no panorama nacional e
internacional.
Estes eixos, embora distintos, estão interligados por uma visão coerente que articula o
investimento em infraestruturas e equipamentos, com a dinamização da programação e o
envolvimento da comunidade.
Pretende-se desenvolver um Plano Integrado para a Coesão, Identidade e Inovação em
que se assuma a cultura como Motor Estratégico para Cascais.

Medidas de ação propostas:
Infraestruturas e Equipamentos Culturais
• Modernizar e expandir a rede de
equipamentos culturais através de
intervenções no histórico Teatro Gil Vicente
ou da conclusão das obras de reabilitação
do Forte de Santo António da Barra e da
Bataria da Parede.

  • Criar novas infraestruturas
    designadamente um centro de arte
    moderna e contemporânea no interior do
    concelho. A necessidade de um grande
    espaço para espetáculos de larga escala
    será suprida pela criação de um novo
    pavilhão multiusos com capacidade para
    7.500 lugares sentados.
  • Abrir bibliotecas municipais nas
    freguesias de Carcavelos/Parede e em
    Alcabideche, com o objetivo de que “haja
    uma biblioteca por freguesia”.
  • Reabilitar a envelhecida FIARTIL para que,
    além das feiras, possa acolher mais
    programação cultural, em complemento ao
    Centro de Cultura e Congressos do Estoril.
  • Dinamizar o ecossistema criativo local,
    através da disponibilização de mais
    espaços de ensaio e de atuação para
    bandas, companhias e coletivos culturais
    residentes.
    Gestão e Planeamento Cultural
    • Profissionalizar a gestão cultural e garantir
    a transparência são objetivos fundamentais.
    • Criar duas comissões municipais, uma do
    Património Histórico e outra das Atividades
    Culturais, constituídas por munícipes com
    currículo relevante, com a missão de
    acompanhar as políticas e iniciativas da
    autarquia, apresentar relatórios anuais e
    sugerir correções.
  • Definir critérios rigorosos e transparentes
    para a atribuição de apoios a eventos
    públicos, festas populares e iniciativas
    culturais, garantindo uma distribuição
    equitativa e baseada no mérito.
  • Garantir a transparência na gestão cultural
    através da disponibilização de uma agenda
    e um inventário on-line da cultura no
    concelho, que englobe o património, as
    instituições culturais, os artistas e a
    programação de eventos.

Programação e Identidade Cultural
• Criar iniciativas que reforcem a identidade
local e projetem o concelho a nível nacional
e internacional. A Casa das Histórias Paula
Rego será destacada, com investimento na
sua divulgação nacional e internacional,
designadamente através de um site
totalmente dedicado à artista e ao museu.
• Reforçar a programação de festivais de
referência como o LEFFEST e promover
ciclos de cinema com sessões ao ar livre no
verão.

  • Criar um festival bienal de música
    clássica.
  • Criar uma academia de gastronomia, que
    articule articula a cultura com o setor gastronómico.
  • Promover mais eventos em locais
    históricos como a cidadela, faróis,
    fortalezas marítimas e chalets, aproveitando
    o charme arquitetónico para reforçar a
    promoção turística e cultural do território.
    Esta interligação entre cultura e turismo
    transforma o património em ativo dinâmico,
    contribuindo para uma experiência mais
    rica do visitante.
  • Coesão Social e Territorial pela Cultura
  • • Descentralizar a programação através de
  • “roteiros comunitários guiados por
  • moradores” e “oficinas de cozinha
  • comunitária”.
  • Promover o “voluntariado cultural
    intergeracional” e “clubes de leitura
    intergeracionais” visando aproximar idosos
    e jovens em torno da memória coletiva.
  • Apostar no cinema comunitário itinerante
    e no teatro comunitário para levar as artes
    performativas a bairros mais periféricos,
    lares e escolas, estimulando a participação
    direta dos habitantes como atores ou
    público ativo.
    • Replicar o modelo de sucesso da
    Sociedade Musical União Paredense
    (SMUP) noutras freguesias, através de
    parcerias com associações e da cedência
    de espaços municipais subaproveitados.
    • Realizar a “Festa dos Bairros” em
    diferentes freguesias, de forma rotativa,
    valorizando os talentos locais e reforçando
    os laços de pertença de cada comunidade.
    Cultura e Turismo Sustentável
    • Criar roteiros digitais temáticos
    (arquitetura, fortalezas), a instalação de QR
    Codes e áudio-guias multilíngues em
    monumentos, a colocação de totens
    informativos em pontos estratégicos e a
    oferta de um bilhete único “Património de
    Cascais” para acesso a vários museus e
    espaços culturais.
    • Promover visitas encenadas com atores
    que interpretam personagens históricas,
    passeios noturnos temáticos, e eventos em
    património marítimo (concertos em
    fortalezas, exposições em faróis).
  • Criar uma plataforma multilíngue
    “Discover Cascais Heritage” com visitas
    virtuais 360º complementa a oferta digital e
    prepara o terreno para a projeção
    internacional.
  • Introduzir aplicações de realidade
    aumentada permitindo recriar monumentos
    e fortes no seu estado original.
  • Criar um Centro de Interpretação do
    Património de Cascais com exposições
    multimédia
    • Promover o Festival Internacional de Artes
    do Património.
    Fidelização de Públicos e Comunicação
    Estratégica
    • Criar o Cartão Cultural de Cascais, com
    passes anuais ou trimestrais, com acesso
    gratuito ou reduzido a museus e festivais,
    incentivando a participação contínua.
  • Haverá programas específicos para diferentes públicos, como as “Noites Jovens” em
    teatros e museus, e a “Programação Sénior” com sessões à tarde e transporte assegurado.
  • Promover o jornalismo independente no concelho, com o objetivo de “romper com a
    tradição de tomar a imprensa local como veículos de propaganda”, gerando um debate
    público mais rico e credível.
    Governança, Monitorização e Sustentabilidade
    • Definir e implementar uma governança clara e um sistema de monitorização rigoroso,
    com colaboração estreita entre a Câmara Municipal de Cascais, Juntas de Freguesia,
    escolas e universidades e associações culturais e imigrantes. Esta co-responsabilidade
    entre atores garante que a política cultural reflete as necessidades e aspirações de toda a
    comunidade.

Propomos uma política fiscal mais justa, que alivie a carga sobre famílias e empresas, sem
comprometer a sustentabilidade financeira do município. A redução faseada dos impostos
municipais até 2029 garante previsibilidade e equilíbrio financeiro a quem vive e investe no
concelho.
Por outro lado, Cascais tem também condições únicas para se afirmar como um território
competitivo e inovador. No entanto, a economia do concelho permanece demasiado
dependente do turismo e de atividades de curta duração, o que gera vulnerabilidade,
empregos precários e um tecido económico pouco diversificado. É necessário inverter esta
tendência, apostando num modelo que crie valor duradouro, inovação e oportunidades
para quem aqui vive e trabalha.
A estratégia económica que propomos assenta em sete eixos:
Reduzir impostos, de forma progressiva, para as famílias: Sem comprometer a
sustentabilidade financeira do município e garantindo previsibilidade e equilíbrio financeiro
a quem vive e investe no concelho.
Diversificação da base económica: Reduzindo a dependência do turismo e estimulando
sectores estratégicos como a economia verde, tecnológica, criativa e do mar.
Atração e fixação de empresas: Através da criação de zonas empresariais modernas e de
condições fiscais e administrativas mais justas e competitivas.

Valorização do comércio local: Preservando a identidade dos centros urbanos e apoiando
os estabelecimentos históricos e de proximidade, em articulação com a revitalização
urbana.
Qualificação e inovação: Promovendo programas de formação, estágios e redes de
cooperação que integrem jovens, trabalhadores e empresas locais, aproximando-os das
universidades e centros de investigação.
Internacionalização e empreendedorismo: Apoiando pequenas e médias empresas na
entrada em novos mercados e na adoção de práticas inovadoras.
Equilíbrio entre tradição e futuro: Revitalizando sectores tradicionais como a pesca e a
agricultura local, ao mesmo tempo que se investe em novas indústrias e tecnologias.
Com esta estratégia, Cascais pode tornar-se mais resiliente, competitivo e sustentável,
deixando de depender quase exclusivamente do turismo afirmando-se como um concelho
inovador, criador de valor e de emprego qualificado.
Medidas de ação propostas:
Reduzir impostos, de forma progressiva,
para as famílias

  • Menos carga fiscal para os contribuintes,
    diminuindo a participação em IRS de 5,0%
    para 2,5% até final do mandato.
  • Reduzir o IMI até à taxa mínima de 0,30%
    na primeira oportunidade.
    Diversificação da base económica
    • Criar espaços gratuitos de trabalho e
    formação para freelancers e pequenos
    empresários em locais públicos
    subutilizados, como centros cívicos, juntas
    de freguesia, centros de juventude ou
    espaços associativos.
    • Desenvolver um hub no município para
    engenharia e inovação, capaz de apoiar e
    acelerar projetos inovadores em economia
    verde, com ênfase no fortalecimento e
    expansão destas iniciativas, gerando
    emprego diferenciado.
  • Reavaliar a exploração dos principais
    equipamentos públicos com gestão
    municipal ou cedidos a terceiros, por forma
    a potenciar a sua rentabilidade e
    sustentabilidade financeira.
    Atração e fixação de empresas
  • Diminuir progressivamente os impostos
    municipais para empresas instaladas em
    Cascais, com redução gradual da derrama,
    promovendo a atração de investimento e a
    dinamização económica local.
  • Criar parques empresariais através de
    parcerias estratégicas, apoiando empresas
    e iniciativas locais.

Valorização do comércio local

  • Implementar planos de reabilitação
    urbana incluindo medidas de revitalização
    e qualificação comercial.
  • Proteger as alojas com história do
    concelho, através de um programa de ação
    com incentivos à sua manutenção –
    Programa “Lojas com Históriaˮ.
  • Rever as centenas de taxas que
    compõem a Tabela de Taxas, mantendo
    apenas as necessárias e justas, propondo
    designadamente a redução para metade
    das taxas de ocupação de via pública com
    esplanadas.
    Qualificação e inovação
  • Reforçar programas de estágios para
    jovens em serviços públicos e empresas
    locais, facilitando a sua integração no
    mercado de trabalho local e contribuindo
    para a sua fixação no concelho.
    Internacionalização e empreendedorismo
    • Promover iniciativas de networking e
    inovação para executivos em Cascais,
    potenciando experiências internacionais e
    a criação de valor, através de fóruns
    empresariais, programas de mentoring e
    parcerias globais, que fortaleçam o
    desenvolvimento do território e a fixação
    de quadros de topo.
    • Criar o programa Cascais Exporta: Um
    Programa de apoio à internacionalização
    das pequenas empresas do concelho, com
    formação, mentoria e vales de inovação.
  • Promover estudos de mercado,
    certificações e participação em feiras
    internacionais, em parceria com a AICEP e
    associações empresariais locais,
    garantindo seleção transparente e
    monitorização de resultados.
    Equilíbrio entre tradição e futuro
    • Redimensionar o espaço da atual lota em
    Cascais, no sentido da valorização da
    atividade de pesca local, reatando a ligação
    entre a comunidade piscatória e os
    cidadãos e preservando a identidade
    marítima do concelho.

A Educação é hoje um dos maiores desafios das comunidades locais. A gestão das
infraestruturas escolares, a articulação com o sector social, o apoio às famílias, a
dinamização de atividades educativas, culturais e desportivas, assim como o combate às
desigualdades no acesso à aprendizagem, fazem com que os municípios sejam atores
centrais da política educativa.
Em Cascais, a diversidade de programas, medidas e necessidades — desde a primeira
infância até ao ensino superior e à educação ao longo da vida — reflete o compromisso do
município com uma abordagem abrangente à educação. No entanto, é necessário
promover uma coordenação estratégica mais integrada e contínua.
Embora muitas ações sejam atualmente desenvolvidas de forma autónoma, fruto da
dedicação e da capacidade de resposta de cada escola ou agrupamento, existe uma
oportunidade valiosa para reforçar a articulação entre estas iniciativas. Ao promover uma
lógica de planeamento mais coesa e uma ligação mais estreita com outros sectores
municipais — como a ação social, a cultura, o desporto e a juventude — será possível
potenciar sinergias e ampliar o impacto positivo nas comunidades escolares.
A nossa visão para a educação assenta
em cinco eixos estruturantes:
Articular a rede educativa local: ligando escolas, agrupamentos, associações, clubes,
universidades e sector social.
Promover políticas integradas: que não se limitem às infraestruturas, mas abranjam também a qualidade pedagógica, a inclusão social e a inovação educativa.
Assegurar um acompanhamento permanente: com recolha e análise de dados,
monitorização dos equipamentos escolares e avaliação de impacto das medidas
implementadas.
Dar maior capacidade de resposta às famílias e às escolas: evitando ruturas e
assegurando continuidade entre creche, pré-escolar, ensino básico e secundário.
Reforçar o papel estratégico de Cascais enquanto território inovador na educação:
alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, nomeadamente o ODS 4 –
Educação de Qualidade.
Em suma, a coordenação educativa assume um papel estratégico na consolidação de uma
visão integrada para o futuro da educação no concelho. Ao promover o alinhamento entre
iniciativas, otimizar recursos e reforçar a ligação entre diferentes áreas municipais, esta
abordagem permite transformar ações pontuais em políticas consistentes e duradouras. O
objetivo é garantir que todas as crianças, jovens e adultos beneficiem de uma educação
inclusiva, de qualidade e orientada para o desenvolvimento pleno. Neste contexto, são
apresentadas as medidas que darão forma à ação educativa municipal, marcando o
arranque de uma nova etapa de planeamento e valorização do percurso educativo local.

Medidas de ação propostas:
Promover políticas integradas
• Articular a rede educativa local,
estabelecendo parcerias entre escolas,
clubes desportivos e associações culturais
de forma a promover a prática desportiva
federada e artística dentro do horário
escolar.
• Integrar o desporto nos currículos
escolares do 1º, 2º e 3º ciclo – não apenas
como atividades extracurriculares –
enquanto atividades atrativas, capazes de
captar, motivar e formar novas gerações
de atletas.
• Incentivar a educação artística no ensino
básico e secundário através de parcerias a
desenvolver com os agrupamentos
escolares, promovendo a criatividade e o
pensamento crítico das crianças e dos
jovens.
• Apoiar o desenvolvimento da Escola
Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril
(ESHTE), valorizando o ensino superior
local.
• Criar uma Rede Municipal de
Explicadores, para apoiar os alunos mais
carenciados e com pior aproveitamento
escolar.
• Criar o Festival Escolar de Ideias para
Cascais, em que alunos do 1º ao 12º ano
de escolas em apresentam, anualmente, ideias para tornar Cascais mais verde,
inclusivo e dinâmico. O júri selecionará 3
ideias com maior impacto para serem
implementadas durante o mandato.
• Requalificar a Creche do Bairro Cruz
Vermelha, devolvendo um espaço digno
às famílias.
Assegurar um acompanhamento
permanente
• Implementar um sistema permanente de
levantamento e monitorização das escolas
públicas, para planear requalificações e
manutenção, substituindo uma lógica
assistencialista por planeamento
estratégico.
• Criar programas municipais de formação
contínua para cidadãos, através de
parcerias com universidades e instituições
de ensino superior para garantir uma oferta
permanente e diversificada de
aprendizagem, reforçando competências
pessoais e profissionais.
• Promover ações de sensibilização a nível
local (escolas, espaços juvenis, outros
espaços públicos) para uma contínua
aprendizagem e amadurecimento de
competências sociais, focadas na
compreensão da igualdade de género e do
combate aos vários tipos de discriminação
e violência.
Dar maior capacidade de resposta às
famílias e às escolas
• Estabelecer uma articulação pedagógica
Creche–Jardim de Infância, evitando
ruturas na continuidade educativa.
• Criar uma rede de creches municipais,
em parceria com o sector social, de forma
a garantir a sua existência em número
suficiente e gratuitas para todas as
crianças que ainda não atingiram a idade
do pré-escolar.
• Assegurar refeições gratuitas e de
qualidade para todas as crianças do
pré-escolar e alunos do 1.º ciclo do ensino
público, garantindo uma alimentação
equilibrada, saudável e acessível.
• Criar uma rede de autocarros escolares
que assegure o transporte das crianças do
primeiro ciclo, tendo como prioridade as
áreas com maior tráfego e as zonas mais
desfavorecidas do território.

Criar uma Bolsa Municipal de
Professores e de Funcionários Educativos
de substituição, para colmatar as faltas
pontuais destes profissionais nas escolas
do concelho.
• Implementar projectos-piloto em parceria
com a Academia da Inteligência Emocional
(AIE) nas escolas secundárias do
concelho, com o objetivo de desenvolver
competências socio-emocionais nos
jovens através de metodologias práticas e
baseadas em evidência científica, como a
meditação de atenção plena (mindfulness),
a empatia e a comunicação consciente.

A eficiência dos sistemas de saúde, hoje, depende muito do envolvimento do poder local.
Quer mais tradicionalmente, pelo seu papel decisivo em várias determinantes ambientais e
sociais da saúde, quer mais recentemente, pela intervenção crescente no desenvolvimento
e na manutenção de infra-estruturas no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS), bem
como no domínio da gestão do pessoal não-clínico.
Cascais dispõe de um considerável conjunto de instituições, serviços e projetos na área da
saúde, tanto públicos, como dos sectores social e privado. Mas, em geral, atuam de modo
isolado e desligado entre si, ficando os resultados finais aquém do que seria possível
conseguir. A própria Câmara Municipal avançou em 2015 com o Fórum Concelhio para a
Promoção da Saúde com o objetivo de implementar projetos de promoção da saúde no
território, integrados no Plano Local de Promoção da Saúde. Tanto um como outro foram
perdendo o fôlego.
O caminho a seguir é o de promover dinâmicas colaborativas e em rede com todas as
entidades e serviços que promovem e protegem a saúde das pessoas que residem e/ou
trabalham no nosso concelho.
A estratégia proposta na área da saúde assenta em quatro eixos:
Saúde e Bem-estar Local: Promovendo uma visão sistémica e colaborativa da saúde, que
envolva múltiplos parceiros locais para garantir respostas coordenadas e eficazes. A
aposta recai na articulação entre serviços, na prevenção e na promoção ativa do bem-estar
físico, emocional e social da população

Cuidados Integrados de Proximidade: Reforçando a ligação entre saúde e apoio social,
com medidas como a expansão da Rede de Apoio Domiciliário Integrada, a criação de
aldeias sociais para idosos e unidades móveis de saúde; apoiando as ERPI e a
reorganização da rede de IPSS; reforçando a colaboração de profissionais especializados e
serviços descentralizados.
Literacia e saúde pessoal: Capacitando a população para gerir a sua saúde de forma
autónoma e informada, com destaque para a dinamização da “Academia de Saúdeˮ e
formação em literacia digital; a promoção do uso consciente do Registo de Saúde
Eletrónico e a participação ativa na construção do Plano Individual de Cuidados
Centros de Saúde: reforçando as infraestruturas e melhorando a qualidade e periodicidade
da sua manutenção; garantindo consultas de nutrição, psicologia e saúde oral e
promovendo a saúde nas escolas.
Com uma forte aposta na Saúde, Cascais afirma-se como um município inovador e
inclusivo, comprometido com o bem-estar da sua população através de cuidados de
proximidade, literacia em saúde, infraestruturas reforçadas e uma rede colaborativa que
coloca as pessoas no centro das decisões.

Medidas de ação propostas:
Saúde e Bem-estar Local – ter uma visão
do conjunto e promover ação
colaborativa
• Desenvolver uma “Saúde Localˮ, com
mais participação dos munícipes, e
estabelecendo linhas de interdependência
e de cooperação entre o Plano Local de
Saúde de Cascais 2025-2030
(coordenado pela Unidade de Saúde
Pública Amélia Leitão – Cascais) e a
Estratégia Municipal de Saúde,
coordenada de modo consequente com o
referido Plano;
• Estimular a progressiva edificação, num
processo “bottom-upˮ, do futuro sistema
local de saúde de Cascais, envolvendo o
conjunto de serviços dos sectores público,
social e privado do Concelho, incluindo a
rede de farmácias comunitárias;

  • Reduzir – e se possível eliminar – tempos
    de espera inaceitáveis para consultas de
    especialidade, exames e intervenções
    médicas e cirúrgicas – estabelecendo
    formas de colaboração flexíveis, justas e
    eficientes entre os sectores público, social
    e privado – processo que contribuirá para
    edificar progressivamente o sistema local
    de saúde de Cascais, sinalizado na Medida
    II.
    • Assegurar os mecanismos para a
    execução, monitorização e avaliação, de
    modo coordenado, dos vários
    instrumentos de planeamento e execução – com ampla participação dos órgãos das
    freguesias e das organizações da comunidade.
  • • Impulsionar a atividade e a influência do
  • Conselho Municipal de Saúde na melhoria
  • do acesso e no aperfeiçoamento dos
  • modos de organização e celeridade de
  • resposta dos serviços públicos de saúde
  • aos diversos tipos de necessidades de
  • saúde dos munícipes, tanto nas situações
  • de doença aguda como no melhor controlo
  • possível das situações de doença crónica.
  • • Definir mecanismos de articulação entre
  • o CLAS (Conselho Local de Ação Social) e
  • o CMS (Conselho Local de Saúde),
  • eliminando redundâncias.
  • Cuidados Integrados de Proximidade
  • • Reforçar a ligação entre Saúde e Apoio
  • Social, como por exemplo a Rede de Apoio
  • Domiciliário Integrada, fortalecendo a
  • prestação de cuidados, como o apoio
  • domiciliário a idosos vulneráveis, em
  • articulação com os Centros de Saúde.
  • • Apoiar as instituições ligadas aos
  • cuidados continuados e Estruturas
  • Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI).
  • • Criar aldeias sociais para idosos, com
  • habitação autónoma e acessível, serviços
  • de apoio personalizados e espaços de
  • convivência que favoreçam o bem-estar
  • físico e emocional dos idosos (inspirado
  • nos modelos de Águeda e Portimão).
  • • Replicar o modelo do ATL da Galiza da
  • Santa Casa noutros bairros, promovendo
  • atividade social e ocupacional sénior.
  • • Avaliar a rede de IPSS do concelho para
  • identificar ineficiências e reorganizar a
  • rede para reduzir redundâncias, aumentar
  • a capacidade e agilidade de resposta,
  • promover um efeito de escala.
  • • Criar unidades móveis de saúde para
  • garantir cuidados médicos e de
  • enfermagem nas zonas periféricas e
  • envelhecidas.
  • • Aumentar o número de médicos
  • dentistas, higienistas orais e optometristas
  • no serviço público municipal.
  • • Criar uma rede municipal de fisioterapia
  • para reabilitação física e funcional, com
  • reforço de técnicos especializados e
  • espaços adequados.
  • Literacia e saúde pessoal – incluindo a
  • literacia digital em Saúde
  • • Apoiar a “Academia de Saúdeˮ, já criada
  • em Cascais, dinamizando a sua atividade,
  • com os diferentes parceiros envolvidos,
  • desenvolvendo programas de formação
  • específicos para melhorar capacidades de
  • literacia digital em saúde dos munícipes,
  • de forma a:
  • • Assegurar o exercício pleno dos seus
  • direitos e deveres relativamente aos dados
  • pessoais e informação de saúde,
  • enquadrando esta capacitação no âmbito
  • do Espaço Europeu dos Dados em Saúde
  • (EEDS);
  • • Saber exercer a sua soberania e controle
  • do seu Processo Clínico Pessoal | Registo
  • de Saúde Eletrónico (R.S.E.) e,
  • progressivamente, saber utilizá-lo em
  • apoio da autogestão da sua saúde
  • Participar na construção do “Plano
    Individual de Cuidados de Saúdeˮ (parte
    integrante do R.S.E.) – com inclusão de
    atividades preventivas aconselhadas para
    qualquer fase de vida e, também, para
    melhorar o cumprimento dos cuidados
    terapêuticos individuais.
    Centros de Saúde – Infraestruturas e
    qualidade da sua manutenção
    • Consolidar o reforço das infraestruturas
    dos centros de saúde/cuidados de saúde
    primários, intensificando o apoio e a
    qualidade da manutenção de toda a
    infraestrutura dos centros de saúde e suas
    unidades instalados no Concelho de
    Cascais.
    • Garantir consultas de nutrição, saúde
    oral e psicologia em todos os centros de
    saúde do concelho.
    • Melhorar o acesso físico aos centros de
    saúde, com revisão das condições de
    acessibilidade e estacionamento.
    Atrair e reter profissionais de saúde
    • Instituir o mês de Abril como o “Mês da
    Saúde em Cascaisˮ e promover
    anualmente, com envolvimento dos
    estudantes das escolas do ensino superior
    localizadas em Cascais, como a ESS de
    Alcoitão, NOVA SBE, NOVA Medical
    School, entre outras, atividades de
    promoção da saúde viradas para a
    comunidade; o desenvolvimento de
    projetos para o seu futuro profissional e
    possibilidades de apoio local a esses
    projetos (envolvendo o tecido empresarial,
    o sector social e o sector público do
    concelho);
    • Convidar para as atividades deste “Mês
    da Saúde em Cascaisˮ estudantes dos
    últimos anos dos cursos relacionados com
    a saúde, de Universidades e Institutos
    Superiores Politécnicos de todo o país.
    Saúde nas escolas
    • Lançar uma rede municipal de
    psicólogos escolares, com presença
    regular nas escolas;
    • Introduzir programas anuais de rastreios
    nas escolas, das especialidades médicas
    de oftalmologia (bienal), saúde oral (anual),
    hábitos alimentares e de desporto (por
    período letivo);
    • Definir programas de insistência e
    controlo da vacinação da população
    residente;
    • Subsidiar os custos com dislexia, terapia
    da fala, terapia ocupacional dos jovens;
    • Promover iniciativas de educação sexual,
    a partir dos 10 anos, bem como facilitar
    consultas de planeamento familiar e saúde
    sexual e reprodutiva, assegurando
    consultas urgentes para contraceção de
    emergência.
    Rede Uma Só Saúde | One Health
    • As interfaces e interações
    Homem-Animal-Ambiente
    intensificaram-se a todos os níveis. Do
    local ao global. Determinam a
    sustentabilidade da vida e o
    desenvolvimento social. Aumentam a complexidade das abordagens necessárias para prevenir os seus impactos na saúde
  • humana, animal e dos ecossistemas. Esta abordagem de “uma só saúdeˮ deu alguns
  • passos iniciais em Cascais, desde 2021. Mas é necessário reforçá-la e desenvolvê-la,
  • designadamente através de uma rede “Uma Só saúdeˮ articulada com outras redes
  • congéneres, em Portugal e com o movimento internacional “One Healthˮ. Será proposta aos
  • parceiros-chave do concelho a convergência, cooperação e interligação entre instituições
  • e equipas dos três pilares centrais: Saúde Humana – Saúde Animal – Saúde Ambiental,
  • concretamente: os serviços de saúde de Cascais do SNS, atualmente integrados na ULS
  • Lisboa Ocidental; os serviços veterinários da Câmara Municipal de Cascais; e a “CASCAIS
  • AMBIENTEˮ.
  • Adicionalmente, poderão associar-se parceiros dos sectores social e privado que desejem
  • integrar este projeto.
  • O plano, as prioridades e o acompanhamento de execução do projeto estarão integrados e
  • interligados com a Estratégia Municipal de Saúde e com o Plano Local de Saúde, referidos
  • na Medida I. No futuro, será uma das prioridades essenciais do Sistema Local de Saúde de
  • Cascais, explicitado na Medida II.

A promoção da qualidade de vida das pessoas deve ser a primeira prioridade das políticas
autárquicas. Não existe aposta na qualidade de vida se não forem priorizadas soluções
adequadas e eficazes para garantir que cada pessoa se possa integrar socialmente.
É necessário dar resposta a um conjunto significativo de desafios: aumento dos grupos
socialmente vulneráveis residentes no concelho, novas formas de pobreza urbana,
isolamento de pessoas idosas, situações de desemprego e de precariedade no trabalho da
população jovem, baixa taxa de natalidade, diversidade cultural de pessoas oriundas de
diversos países, situações de violência familiar; acréscimo do número de situações ligadas
à saúde mental e às dificuldades das pessoas portadoras de incapacidade ou deficiência.
Em Maio de 2024, de acordo com dados do município, existiam 290 sem-abrigo
sinalizados no concelho.
A visão para a ação social em Cascais
assenta em oito eixos estratégicos:
Promoção da inclusão Social e combate à pobreza: Criar programas de apoio direto às
famílias vulneráveis; reforçar as redes de solidariedade local (IPSS, associações,
voluntariado) e desenvolvimento de políticas de habitação acessível e digna.
Emprego, Juventude e Formação: Desenvolver parcerias com empresas locais para
estágios e programas de inserção profissional; incentivar à contratação de jovens e
pessoas com deficiência e a formação profissional adaptada às novas necessidades do mercado.
Saúde Mental e Bem-Estar: Criar gabinetes municipais de apoio psicológico gratuito ou a
baixo custo; desenvolver campanhas de sensibilização para reduzir o estigma da saúde
mental e programas de prevenção em escolas e centros comunitários.
Envelhecimento Ativo e Combate ao Isolamento: Dinamizar centros de dia, atividades
intergeracionais e visitas domiciliárias; apoiar a mobilidade e acessibilidade para idosos;
desenvolver plataformas digitais para manter contacto com familiares e serviços.
Diversidade Cultural e Integração: Criar e espaços de encontro intercultural (festas,
mercados, oficinas); estabelecer medidas de mediação intercultural nos serviços públicos
(educação, saúde, segurança social); promover o ensino da língua portuguesa e
valorização das línguas maternas.
Proteção Familiar e Prevenção da Violência: Reforçar os serviços de apoio às vítimas
(psicológico, jurídico, habitacional); incentivar a formação de profissionais em sinais de
alerta e intervenção precoce; promover a educação para a igualdade de género e
resolução não violenta de conflitos.
Direitos das Pessoas com Deficiência: Garantir a acessibilidade universal nos espaços
públicos e transportes; reforçar programas de empregabilidade inclusiva; desenvolver
apoios às famílias cuidadoras e serviços de reabilitação.
Natalidade e Apoio à Família: Aumentar os incentivos à parentalidade (creches gratuitas,
horários flexíveis, subsídios); conceder apoios à conciliação entre vida profissional e
familiar; promover ambientes urbanos seguros e amigáveis para crianças.
A intervenção social deve ser baseada numa metodologia em rede entre as várias
entidades sociais do território para que se possa alcançar um desenvolvimento integrado e
sustentado do concelho.
Medidas de ação propostas:
• Melhorar o atendimento social, baseado
num sistema informático partilhado e
adequado às necessidades das famílias.

Responder de forma mais adequada às
exigências impostas pela transferência de
competências na área da Ação Social e
redefinir um plano de intervenção social
adequado.
• Atualizar a Carta de Equipamentos
Sociais de Cascais e elaborar o Novo
Diagnóstico Social Municipal e Plano
Estratégico para o desenvolvimento Social
do Concelho de Cascais para o próximo
biénio.
• Reforçar o fundo de emergência social
de forma a garantir as necessidades elementares dos municípios em situação
de vulnerabilidade social.
• Garantir a atribuição de medicamentos à
população idosa mais vulnerável.
• Reforçar o trabalho já desenvolvido por
várias instituições no sentido de criar uma
rede alimentar municipal.
• Incrementar projetos de intervenção
social e comunitária e requalificar a
envolvente dos bairros municipais.
• Reforçar as respostas habitacionais para
as pessoas em situação de sem abrigo e
respetivo atendimento social de
emergência, garantindo integração
imediata em equipamentos sociais
apropriados.

Reforçar os apoios para os mais idosos
através da criação de respostas integradas
no domicílio, permitindo a residência na
própria casa pelo período mais alargado
possível.
• Aumentar as respostas e serviços
dirigidos a pessoas com doenças de foro
mental e/ou incapacidade psicossocial em
situação de dependência física, psíquica e
social, seja transitória ou permanente.
• Criar um guia de acesso aos serviços e
programas de aprendizagem da língua e
cultura portuguesa dirigido aos novos
residentes.
• Divulgar os apoios sociais como tarifas
de água e luz especiais existentes, mas
pouco conhecidos, permitindo que mais
munícipes elegíveis usufruam de alívios
significativos

Reforçar a rede pública de forma que,
até ao final do mandato, todas as crianças
residentes em Cascais tenham lugar em
creche.
• Reforçar as respostas de apoio e
acolhimento a crianças e jovens em risco
social.
• Alargar a rede do serviço de apoio
domiciliário promovido por entidades
locais da rede solidária.

Apoiar os centros de dia e as unidades
residenciais para pessoas idosas,
reforçando o investimento em animação
cultural e recreativa.

Implementar um programa de pequenas
obras e arranjos nas casas da população
idosa mais vulnerável, garantindo
condições de habitabilidade.

Reforçar os apoios para os mais idosos
através da criação de respostas integradas
no domicílio, permitindo a residência na
própria casa pelo período mais alargado
possível.
• Aumentar as respostas e serviços
dirigidos a pessoas com doenças de foro
mental e/ou incapacidade psicossocial em
situação de dependência física, psíquica e
social, seja transitória ou permanente.
• Criar um guia de acesso aos serviços e
programas de aprendizagem da língua e
cultura portuguesa dirigido aos novos
residentes.
• Divulgar os apoios sociais como tarifas
de água e luz especiais existentes, mas
pouco conhecidos, permitindo que mais
munícipes elegíveis usufruam de alívios
significativos

A segurança é um direito fundamental e uma condição essencial para a qualidade de vida,
o desenvolvimento económico e a coesão social. Em Cascais, este desafio não se resume
ao combate à criminalidade: implica prevenir riscos, reduzir desigualdades e garantir que
todos os cidadãos se sintam seguros, em qualquer parte do concelho. Uma estratégia de
segurança moderna não pode assentar apenas na vigilância tecnológica — é preciso
proximidade, confiança e integração social.
A Polícia Municipal conta com meios humanos limitados para a dimensão do concelho, o
que compromete a presença constante no terreno. A falta de atratividade da carreira, a
escassez de recursos logísticos e a ausência de apoio adequado fragilizam ainda mais a
sua capacidade de resposta. Paralelamente, a insegurança cresce em contextos de
desigualdade social, pelo que uma política eficaz deve articular prevenção, policiamento e
coesão comunitária.
A visão estratégica para a segurança em Cascais
assenta em seis eixos:
Reforço dos meios humanos e materiais, com mais agentes, melhores condições de
trabalho, patrulhamento contínuo em todo o território e equipamentos adequados à
realidade do concelho.
Prevenção e proximidade, privilegiando o policiamento de rua, a ligação às comunidades
escolares, a vigilância nas praias e a presença em zonas periféricas.
Uso equilibrado da tecnologia, com câmaras de videovigilância aplicadas de forma estratégica, como complemento à ação policial e não como substituto da proximidade
humana.
Colaboração entre forças de segurança, promovendo maior articulação entre a Polícia
Municipal, PSP, GNR e Capitania do Porto, bem como com a comunidade, através de
canais de comunicação acessíveis e diretos.
Ambientes urbanos mais seguros, com melhor iluminação pública, planeamento de
espaços que reforcem a segurança e criação de pontos de presença móvel em locais
críticos.
Apoio psicológico e valorização das forças de segurança, garantindo acompanhamento
especializado, reconhecimento profissional e mecanismos que aumentem a motivação e a
estabilidade das equipas.
Com esta abordagem integrada, Cascais pode afirmar-se como um concelho seguro e
tranquilo, não apenas pela contenção da criminalidade, mas pela criação de um ambiente
urbano inclusivo, equilibrado e de confiança entre cidadãos e autoridades.
Medidas de ação propostas:
Reforço dos meios humanos e materiais
• Apostar na contratação de mais efetivos
da Polícia Municipal.
Prevenção e proximidade
• Colocar postos móveis avançados em
locais problemáticos em praias de maior
afluência na linha de Cascais. Estas
estruturas amovíveis permitirão que
agentes de autoridade (polícia municipal e
PSP) possam vigiar e atuar com maior
agilidade.

Garantir patrulhamento contínuo e visível
da PMC e PSP em todo concelho.
• Repensar os sistemas de segurança em
estabelecimentos escolares como entradas
controladas, vigilância permanente e
aumento da presença de policiamento de
proximidade nas escolas;
Uso equilibrado da tecnologia
• Utilizar câmaras de vigilância de forma
estratégica e complementar, focando-se
em pontos críticos e integrando os
sistemas de videovigilância com as forças
policiais para ações rápidas e eficazes.
Colaboração entre forças de segurança
• Fortalecer a cooperação entre a Polícia
Municipal e outras forças de segurança,
como a PSP e a GNR, garantindo partilha
eficiente de informação e estratégias
conjuntas;
• Criar um Plano Municipal de Segurança Integrado, com objetivos claros, indicadores de desempenho e avaliação periódica aberta
à comunidade;
Ambientes urbanos mais seguros
• Instalar mais iluminação pública nas zonas mais inseguras e menos iluminadas.

Reforçar, com a colaboração da PSP, as medidas de segurança nas praias durante a
época balnear.

Desenvolver ações de fiscalização mais eficazes no cumprimento das regras do
Regulamento de Ocupação do Domínio Municipal e Publicidade, evitando a ocupação
abusiva do espaço público, de que é exemplo a Rua Direita.
Apoio psicológico e valorização das forças de segurança
• Implementar uma rede de apoio psicológico que sirva todas as forças de segurança do
concelho

Uma autarquia moderna deve estar próxima das pessoas, guiada pelo espírito de serviço
público e pela responsabilidade perante os cidadãos. Em Cascais, é urgente reforçar a
ligação entre os moradores e o município, promovendo a participação ativa, a
transparência na decisão política e a construção de comunidades mais coesas. A cidadania
deve ser entendida como prática quotidiana, onde todos têm voz e espaço para contribuir
para o futuro coletivo.
A estratégia de cidadania para Cascais
assenta em seis eixos estruturantes:
Participação pública mais forte e inclusiva: Com orçamentos participativos com uma
maior fiscalização/monitorização e mais abrangentes, consultas públicas mais participadas
e canais digitais que permitam a intervenção de quem não pode estar fisicamente
presente.
Proximidade da autarquia aos cidadãos: Através de mecanismos regulares de escuta ativa
nas freguesias, atendimento direto aos munícipes e ferramentas digitais de interação,
assegurando respostas mais rápidas e eficazes.
Valorização do voluntariado e do envolvimento comunitário: Com programas que
mobilizem cidadãos de todas as idades, fomentem o voluntariado intergeracional e criem
redes de apoio que combatam o isolamento social e reforcem a solidariedade local.
Fortalecimento da coesão social e do espírito comunitário: Atribuindo meios formais às
comunidades locais para desenvolverem pequenos projetos de proximidade, estimulando o sentimento de pertença e responsabilidade partilhada.
Cidadania responsável no espaço público: Promovendo normas claras e justas em áreas
como as praias e outros equipamentos coletivos, assegurando que o usufruto comum é
equilibrado e respeitoso para todos.
Justiça mais acessível e célere: Com reforço de recursos locais, permitindo que conflitos
sejam resolvidos de forma simples e rápida, fortalecendo a confiança nas instituições.
Medidas de ação propostas:
Com estas medidas Cascais poderá
afirmar-se como um concelho de cidadãos
ativos, informados e envolvidos, onde a
participação democrática deixa de ser
excecional para se tornar numa prática
quotidiana. A cidadania será, assim, o
motor de uma governação mais próxima,
colaborativa e eficaz.
• Alargar a participação dos cidadãos na
decisão sobre a localização e
implementação de projetos estruturantes
para o território, através de consultas tipo
“referendoˮ, como é prática noutros países
desenvolvidos.

Promover voluntariado intergeracional,
ligando jovens e estudantes a idosos,
através de programas estruturados,
criando espaço para a partilha de
experiências e saberes e desenvolvimento
de competências sociais e emocionais,
combatendo o isolamento social.
• Reativar e expandir a aplicação City
Points, premiando o envolvimento cívico
em áreas como o voluntariado, a doação
de sangue ou a intervenção no orçamento
participativo.
• Diversificar os prémios do City Points,
incluindo experiências culturais, oficinas,
entradas gratuitas, serviços públicos e

Rever os mecanismos de
acompanhamento, monitorização e
auditoria do Orçamento Participativo,
tornando-o mais transparente.

Permitir a integração e validação de
projetos com valores superiores aos
atuais, em situações excecionais, por
forma a permitir a concretização de
projetos com elevado interesse público.

Divulgar, através de exposições e das
redes de comunicação do município, todas
as consultas públicas relativas a projetos
urbanísticos integrados em planos de
pormenor e unidades de execução, como
devia ter acontecido nos casos da
intervenção no Quarteirão da Auchan; no
empreendimento que substitui o Cascais
Villa e na Quinta do Barão.

Articular com os promotores privados, a
apresentação pública de operações
urbanísticas com maior impacto no
território, previamente à sua aprovação,
como devia ter acontecido nos casos do
Hotel Hilton, Hotel Eden, Retail Park da
Quinta da Alagoa, etc.

  • Promover voluntariado intergeracional,
    ligando jovens e estudantes a idosos,
    através de programas estruturados,
    criando espaço para a partilha de
    experiências e saberes e desenvolvimento
    de competências sociais e emocionais,
    combatendo o isolamento social.
    • Reativar e expandir a aplicação City
    Points, premiando o envolvimento cívico
    em áreas como o voluntariado, a doação
    de sangue ou a intervenção no orçamento
    participativo.
    • Diversificar os prémios do City Points,
    incluindo experiências culturais, oficinas,
    entradas gratuitas, serviços públicos e cuidados animais.
  • • Implementar um programa de política participativa a nível local que atribua meios e
  • reconhecimento formal às comunidades de cada bairro para proporem e desenvolverem
  • projetos de pequena escala que respondam às suas necessidades concretas, em
  • articulação com os serviços da CMC.
  • Auscultar os cidadãos na identificação de ações que promovam a valorização e
    conservação do espaço público dos bairros e de projetos necessários à melhoria da
    qualidade de vida das populações.
    • Reforçar os recursos dos Julgados de Paz de Cascais, de forma a ter uma Justiça eficaz
    e célere

O turismo é um sector fundamental para Cascais, mas a sua sustentabilidade depende de
um posicionamento claro, de qualidade e diferenciado. Quem nos visita procura mais do
que sol e praia: quer conhecer a história, o património, a identidade e a autenticidade das
nossas comunidades. A experiência turística deve ser única, culturalmente enriquecedora.
Cascais deve potenciar a sua localização próxima da capital, valorizando a excelência da
sua oferta e garantindo que a qualidade dos serviços reflete essa ambição. Para tal, é
essencial preservar e promover o património cultural e natural, combater a
descaracterização provocada por uma oferta turística massificada e criar experiências
distintas que reforcem a ligação entre residentes e visitantes.
A estratégia de turismo para Cascais
organiza-se em torno de seis eixos fundamentais:
Posicionamento premium e sustentável: Apoiado numa estratégia conjunta entre a
autarquia, os hoteleiros e a Associação de Turismo de Cascais, para captar um turismo de
maior valor acrescentado e menos dependente da massificação.
Valorização do património cultural e edificado: Como forma de atração de públicos
diferenciados, reforçando a identidade local assente na reabilitação de imóveis exemplares
nos diversos períodos da história local.
Diversificação e qualificação da oferta turística: Através da promoção do turismo de
negócios, cultural, balnear, gastronómico, de natureza e náutico, garantindo experiências
singulares que atraem públicos diversos ao longo de todo o ano, recuperando a oferta de locais de diversão noturna.
Equilíbrio entre turismo e comunidade local: Investindo em infraestruturas que sirvam
residentes e visitantes, regulando o alojamento local e a hotelaria para evitar excessos, e
promovendo a descentralização da oferta turística para o interior do concelho.
Qualificação de recursos humanos e inovação: Reforçando a ligação com a Escola de
Hotelaria e Turismo do Estoril, promovendo a formação, a investigação e a adaptação às
novas tendências globais do sector.
Redução da sazonalidade: Com eventos estratégicos em épocas baixas e uma
calendarização coordenada que maximize o impacto cultural e económico, sem sacrificar o
bem-estar dos moradores.
Com esta visão, Cascais pode consolidar-se como um destino turístico de referência
internacional, distinguindo-se pela qualidade, pela autenticidade e pela sustentabilidade.
Mais do que números de visitantes, importa criar valor económico, preservar o património e
garantir que o turismo contribui para a identidade, prosperidade e qualidade de vida no
concelho.
Medidas de ação propostas:
Posicionamento premium e sustentável
• Recuperar a marca “Estorilˮ através da
promoção de eventos qualificados e
diversificados, que destaquem o seu nome
e a sua história enquanto destino turístico
de excelência.
• Promover a construção de um pavilhão
multiusos, com capacidade para 7.500
lugares sentados na Adroana, Cabreiro ou
Tires.
Valorização do património cultural e
edificado
• Dinamizar as quintas históricas,
nomeadamente as localizadas no Vale de
Caparide, através da valorização dos
recursos patrimoniais e naturais numa ótica
de promoção do turismo cultural
diferenciado.
• Promover um turismo de qualidade nas
zonas do interior do concelho, valorizando
a tradição rural e preservando o património
natural e cultural.
Diversificação da oferta turística
Turismo de Negócios

Potenciar o turismo de negócios através
da disponibilização de mais e melhores
espaços para a realização de grandes
congressos.
• Promover o Centro de Congressos do
Estoril como referência de eventos sustentáveis, reforçando a sua certificação
internacional.
• Investir em eventos híbridos, equipando
salas com tecnologia de streaming e
promovendo parcerias com empresas de
telecomunicações.
• Estimular o bleisure: oferecer programas
turísticos e culturais a congressistas e
famílias que prolonguem a estadia no
concelho.
• Estreitar laços com universidades e
clusters empresariais, captando
conferências académicas e setoriais.
• Desenvolver um Welcome Kit Digital para
congressistas, com informações úteis e
vouchers de experiências locais.
Turismo Cultural
• Recuperar e dinamizar património
histórico e artístico, como fortalezas e
museus, com programação cultural
contínua (residências artísticas, exposições
temporárias, eventos interativos).
• Incentivar a autenticidade cultural,
apoiando artesãos, produtores locais e
eventos identitários (Festas do Mar, feiras
tradicionais).
• Criar guias digitais interativos, com áudio
em várias línguas, realidade aumentada e
jogos educativos para públicos mais
jovens.
• Implementar um Passe Cultural Digital,
válido por vários dias e incluindo museus,
espetáculos e transportes, incentivando
estadias mais longas e mobilidade
sustentável.
• Potenciar o turismo gastronómico, com a
criação da Semana Gastronómica de
Cascais, um evento gastronómico
semestral em que restaurantes do
concelho promovem a sua divulgação.
Turismo Balnear e Termal
• Potenciar a certificação Bandeira Azul
nas praias do concelho, reforçando o
investimento na sua qualidade ambiental,
equipamentos e segurança.
• Desenvolver sistemas de “praias
inteligentesˮ, com a implementação de
apps e painéis informativos sobre lotação,
condições meteorológicas e índices UV.
• Disponibilizar Wi-Fi sustentável nas
praias, fomentando partilha de
experiências e divulgação digital do
destino.
• Reforçar o turismo termal e de bem-estar
(Termas do Estoril, SPA´s), criando pacotes
integrados para diversos públicos,
prolongando a época balnear.
Turismo de Natureza
• Promover rotas pedestres e cicláveis
temáticas, equipadas com sinalética
multilíngue e tecnologia digital (códigos
QR, aplicações móveis com mapas
interativos e alertas).
• Garantir a preservação dos
ecossistemas, através de limites de carga e
monitorização das zonas mais sensíveis.

  • Estabelecer parcerias entre autarquia,
    Cascais Ambiente e operadores privados
    para manutenção e promoção de trilhos,
    miradouros e centros de interpretação.
    • Dinamizar pacotes de ecoturismo de
    vários dias (caminhadas costeiras,
    observação de aves, visitas à Quinta do
    Pisão, fotografia de natureza), estimulando
    pernoitas adicionais.
    • Garantir a manutenção do Parque de
    Campismo do Guincho, assegurando a sua
    continuidade como espaço de campismo e
    protegendo-o de qualquer nova
    construção urbana.
    Turismo Náutico
    • Fomentar a diversificação das atividades
    náuticas (vela, mergulho, surf, pesca
    turística) através de uma plataforma digital
    integrada de reservas.
    • Reforçar a sustentabilidade das
    operações, incentivando embarcações
    elétricas/híbridas, reduzindo plásticos
    descartáveis e alargando a certificação
    Blue Flag à marina.
    • Instalar estações inteligentes em praias e
    na marina, informando em tempo real
    sobre qualidade da água, lotação e
    condições ambientais.
    • Potenciar roteiros marítimos de vários
    dias, como o “Passe Atlântico Cascaisˮ, em
    articulação com operadores de Peniche ou
    Sintra, consolidando Cascais como base
    de estadia.
    Turismo de Aventura
    • Estabelecer um Centro de Aventura
    Cascais como hub para escalada, BTT,
    parapente, surf, kitesurf e trail running,
    funcionando também como plataforma
    digital de reservas.
    • Integrar tecnologias de apoio, como
    wearables de monitorização e GPS ou
    simuladores de iniciação (surf, escalada),
    para aumentar segurança e atratividade.
    • Certificar operadores locais em boas
    práticas ambientais e segurança,
    privilegiando emprego e formação de guias
    cascaenses.
    • Organizar eventos internacionais de
    desporto de aventura, aproveitando a
    visibilidade mediática para atrair visitantes
    fora da época alta e prolongar estadias.
    Equilíbrio entre turismo
    e comunidade local
    • Reforçar as infraestruturas para uso de
    residentes e turistas (redes de casas de
    banho públicas, cacifos, bebedouros, etc.)
    • Estabelecer programas de fomento à
    sustentabilidade do turismo,
    estabelecendo parcerias com stakeholders
    locais, como produtores, fornecedores e
    operadores.
  • Promover um estudo sobre o impacto do
    Alojamento Local no concelho, no sentido
    da regulamentação do seu licenciamento,
    para definir medidas concretas que
    promovam a sua melhor compatibilização
    com a vivência dos moradores de Cascais.

Qualificação de recursos humanos e inovação
• Fomentar uma maior interação entre a Escola de Turismo e Hotelaria do Estoril com a
autarquia e o sector privado, para obter pareceres, desenvolver estudos e planos de ação
para o turismo e hotelaria no concelho.
Redução da sazonalidade
• Promover mais eventos nas épocas baixas para reduzir a sazonalidade turística em
Cascais

  • ESTE É UM ESPAÇO OFERECIDO POR CASCAIS24HORAS A TODOS OS CANDIDATOS ÀS ELEIÇÕES DO DIA 12 DE OUTUBRO DE 2025, COM A PUBLICAÇÃO NA INTEGRA DOS SEUS PROGRAMAS PARA GOVERNAR O CONCELHO DE CASCAIS NOS PRÓXIMOS QUATRO ANOS.

*AMANHÃ, dia 07 de outubro, o espaço é dedicado ao candidato António Pinto Pereira

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