ALUNOS da Escola de Hotelaria do Estoril reinventam gastronomia nacional com algas da costa portuguesa
Por REDAÇÃO | 16h57
Jovens chefs da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril vão estar presentes na Bolsa de Turismo de Lisboa a demonstrar como elevar a outro nível pratos típicos com algas da costa portuguesa como chicharros fritos, migas de feijão, farófias ou arroz doce, pastéis de Chaves com chorão do mar, bacalhau no forno com pão de centeio e algas marinhas, tendo por sobremesa pão de ló de Ovar com alga Kombu.
Estas são algumas das propostas originais que a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril vai levar à Bolsa de Turismo de Lisboa, a realizar entre os próximos dias 28 de fevereiro e 3 de março, na Feira Internacional de Lisboa.
O e-book “Algas à Portuguesa’” é uma compilação de receitas de inspiração portuguesa reinventadas com algas da costa e promete captar a atenção dos participantes na Conferência da Inovação e Sustentabilidade no Turismo, a 1 de março.
As propostas disruptivas dos alunos da Licenciatura de Produção Alimentar em Restauração da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril convidam a uma viagem gastronómica pelas regiões de Portugal, elevando a outro nível os pratos típicos de Açores, Algarve, Beira Interior, Beira Litoral, Estremadura, Madeira, Minho e Douro, Ribatejo e Trás-os-Montes.
“Estas inovações não só retêm a essência da comida portuguesa, como a elevam e estas receitas desenvolvidas pelos alunos desempenham um duplo papel: primeiro, revelam o potencial inexplorado das algas marinhas na gastronomia portuguesa e, em segundo lugar, atuam como ferramentas de desmistificação”, sustentam os professores Gilberto Costa e Ricardo Bonacho, dois coordenadores do projeto, segundo os quais “ao integrar algas marinhas em pratos familiares, tornam o ingrediente acessível, rompendo noções pré-concebidas e hesitações”.
De acordo com os dois professores, “enquanto estamos à beira de uma nova era na sustentabilidade alimentar, os esforços destes jovens chefs representam mais do que apenas inovação culinária. Eles sinalizam uma mudança na nossa relação com os nossos oceanos, demonstrando que, com engenho e respeito pela tradição, podemos criar um sistema alimentar que seja ao mesmo tempo sustentável e delicioso”.
Apresentada pelo docente Gilberto Costa, a obra conta, igualmente, com experiências gastronómicas – Ação do Homem e Bioinspiração – de autoria dos alunos do Mestrado em Inovação em Artes e Ciências Culinárias, da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril.
A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) estará ainda representada pelo docente Miguel Brito, que irá apresentar o ‘ReWo – From Research to Working Life’ – um projeto Erasmus+ que visa encontrar as melhores práticas para aplicar e implementar os resultados da investigação sobre turismo na vida profissional no setor do turismo.
O objetivo do Rewo passa por conectar os alunos com representantes da indústria do turismo, motivando-os a apresentarem desafios reais aos alunos, para que estes os desenvolvam no contexto da redação de teses finais, transferindo-os posteriormente para a prática.
Neste projeto, traduzível à letra em ‘da pesquisa à vida profissional’, a Escola do Estoril tem como parceiros a Universidade de Maribor (Eslovénia), a Universidade de Ciências Aplicadas da Lapónia (Finlândia) e a Universidade de Stavanger (Noruega).
Recorda-se que a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril foi criada em 1991, e é uma Instituição Pública de Ensino Superior Politécnico, tutelada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Os seus estatutos reafirmam a sua natureza de escola politécnica não integrada e conferem-lhe atribuições no sentido da criação, transmissão e difusão de conhecimentos relacionados com o exercício de atividades profissionais altamente qualificadas, nas áreas do Turismo, da Hotelaria e da Restauração.