POLÉMICA. Candidato ao Estoril Praia alerta para “ilegalidade em contratos da Comissão de Gestão” e presidente da Assembleia Geral nega
ESTORIL- Com a proximidade das eleições, previstas para setembro próximo, a polémica parece estar instalada no Grupo Desportivo Estoril-Praia, com Carlos dos Santos, candidato à presidência, a denunciar “a intenção anunciada na última reunião extraordinária da Assembleia Geral da Comissão de Gestão do clube em celebrar contratos com prazos que vão até dois anos e meio ou mais e mesmo num caso até cinco anos, o que, na sua opinião, “configura uma prática ilegal e coloca em risco a sustentabilidade futura do Clube” e o presidente da respetiva assembleia, Alexandre Faria, a garantir, em declarações a Cascais24Horas, que “não existe nenhuma prática ilegal”.
“São factos graves que estão a ocorrer na gestão do Clube”, diz Carlos dos Santos, segundo o qual “há algumas semanas, foi enviada uma carta registada ao presidente da Assembleia Geral do Grupo Desportivo Estoril-Praia, alertando para a necessidade de clarificar os poderes e os limites da Comissão de Gestão atualmente em funções”.
Trata-se, segundo, ainda, Carlos dos Santos, de uma “comissão nomeada e escolhida diretamente pelo presidente da Assembleia Geral, Alexandre Faria”, sem que “até à data, não foi obtida qualquer resposta a esse pedido nem mesmo na Assembleia Geral”..
Nessa carta, foi igualmente reforçado que a Comissão de Gestão “não poderá exceder um mandato de seis meses e que não deverá celebrar contratos com efeitos que ultrapassem esse período transitório”.
No entanto, na mais recente Assembleia Geral Extraordinária – denuncia o candidato Carlos dos Santos- “a Comissão de Gestão anunciou a intenção de celebrar contratos com prazos que vão até dois anos e meio ou mais e mesmo num caso até cinco anos, o que na opinião de Carlos dos Santos, configura uma prática ilegal e coloca em risco a sustentabilidade futura do Clube”.
O candidato à presidência do Grupo Desportivo Estoril Praia considera “estas ações inaceitáveis e contrárias ao interesse dos sócios e do Grupo Desportivo Estoril-Praia” e assegura que, “caso estas intenções venham a concretizar-se, tomará todas as medidas legais e jurídicas necessárias para impedir que atos de gestão transitória comprometam a autonomia e liberdade de ação das futuras direções do Clube”.
“Estamos perante uma situação de falta de transparência e de uma grave falta de responsabilidade. É fundamental que todos os sócios, simpatizantes e a opinião pública estejam conscientes do que se está a passar”, afirma Carlos dos Santos.
Carlos dos Santos promete que “será enviada, nos próximos dias, uma nova carta registada e com aviso de receção ao presidente da Assembleia Geral, reforçando esta posição e reiterando a oposição a qualquer decisão que comprometa o futuro do Grupo Desportivo Estoril- Praia”.
“Não há nenhuma prática ilegal”
Já Alexandre Faria, confrontado com esta denúncia, assegurou, a Cascais24Horas, que “não existe nenhuma prática ilegal” e que “os estatutos estão a ser devidamente cumpridos”.
O presidente da Assembleia Geral acrescenta que “o sócio em questão já obteve todos os esclarecimentos que pretendia na última reunião de assembleia geral, manifestando-se esclarecido”.
Alexandre Faria conclui, afirmando “só entender a insistência ( do sócio e candidato) devido à proximidade de eleições”.
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