TIROIDE. Rastreio gratuito esta segunda-feira no CascaiShopping
Por Redação | 14h33
Na Semana Internacional da Tiroide, esta segunda-feira, dia 27 de maio, o CascaiShopping recebe uma ação de rastreios onde, além do teste TSH que permite identificar pessoas em risco de hipotiroidismo, pretende-se partilhar informação sobre os sinais e sintomas da doença, para aumentar a sensibilização e a literacia em saúde.
O rastreio pode ser feito entre as 10h00 e as 17h00 e é uma iniciativa da Merck- empresa farmacêutica e química mais antiga do mundo com 350 anos de história e sede em Algés (Oeiras), em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) e a Associação das Doenças da Tiroide, no âmbito da Semana Internacional da Tiroide, que decorre entre este sábado e o próximo dia 31 de maio.
Estima-se que 7,4% da população portuguesa tenha um distúrbio da tiroide, destes 5% desconhecem que vivem com este problema.
Já a Sociedade Americana da Tiroide estima que cerca de 60% das pessoas com distúrbios da tiroide não são diagnosticadas, o que significa que centenas de milhões de pessoas sofrem, em todo o mundo, sem saber a causa dos seus sintomas.
Segundo explica a Profª Drª Paula Freitas, presidente da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, de entre os distúrbios da tiroide mais frequentes, o destaque vai para o hipotiroidismo, “uma das doenças endocrinológicas mais comuns, que é mais prevalente em caucasianos e mulheres (5 a 8 vezes mais do que em homens)” e que se manifesta através de um conjunto de sintomas que se podem confundir com os de outras doenças.
“Podemos referir a intolerância ao frio, redução da sudorese, cansaço, letargia, sonolência, anorexia, mialgias ou dores musculares, dores articulares; depressão, perturbação mnésica ou alterações da memória, obstipação, visão turva, diminuição do número de ciclos menstruais anuais ou até ausência de fluxo menstrual, síndrome do túnel cárpico, perda capilar (no couro cabeludo, axilar, púbico”, acrescenta Paula Freitas.
“Obviamente, é recomendado que em qualquer pessoa com sintomas compatíveis com doença tiroideia, mesmo que algo inespecíficos, seja efetuada uma avaliação laboratorial”, defende Paula Freitas, segundo a qual “a consulta a um médico é essencial na presença destes e de outros sintomas, que podem traduzir a existência de hipotiroidismo, hipertiroidismo, nódulos na tiroide ou qualquer outra disfunção nesta glândula, para que possa ter início o tratamento”.
Refere, ainda, a especialista, que “o não diagnóstico significa que as pessoas com a doença e com critérios para tratamento não estão a ser tratadas. A disfunção tiroideia pode ter impacto em todos os órgãos e sistemas do organismo, e o não tratamento tem obviamente impacto na «quantidade» e qualidade de vida. Dado que cerca de 4 a 6,5% dos nódulos da tiroide podem ser malignos, o não tratamento também poderá impactar na quantidade e qualidade de vida das pessoas, sobretudo naqueles com tumores de maior risco”.