17 de July, 2025
“Recuso-me a ser cúmplice do silenciamento da oposição e do esvaziamento do papel fiscalizador dos vereadores”, diz vereador do Chega e candidato à Câmara de Cascais
Atualidade Política

“Recuso-me a ser cúmplice do silenciamento da oposição e do esvaziamento do papel fiscalizador dos vereadores”, diz vereador do Chega e candidato à Câmara de Cascais

Jul 16, 2025

CASCAIS- João Rodrigues dos Santos, vereador do Chega e candidato à Câmara de Cascais, apresentou, esta quarta-feira, “de forma irrevogável, a sua demissão do cargo de representante da Câmara Municipal de Cascais na Comissão de Acompanhamento e Fiscalização do Contrato de Concessão da Exploração do Sistema Municipal de Distribuição e Drenagem de Águas Residuais de Cascais (CAF), por “recusar-se a ser cúmplice do silenciamento da oposição e do esvaziamento do papel fiscalizador dos vereadores”.

O anúncio foi feito pela Concelhia do Chega de Cascais, que informa que “a decisão produz efeitos a partir da última reunião do Executivo Municipal, realizada a 8 de julho de 2025, e resulta de um conjunto de factos gravemente lesivos da transparência, da ética democrática e da dignidade institucional da autarquia”.

Conforme Cascais24Horas noticiou na altura, naquela reunião o vereador João Rodrigues dos Santos questionou o ainda presidente da Câmara, Carlos Carreiras, sobre uma situação que “indicia conflito de interesses envolvendo um membro do executivo, apresentando “provas factuais que exigiam, no mínimo, um cabal esclarecimento público”.

“Em vez de uma resposta, foi confrontado com declarações de desvalorização do tema e com o anúncio autoritário da sua destituição da CAF, feito pelo próprio Presidente da Câmara”, adianta o comunicado.

Carlos Carreiras anunciou, ainda, na ocasião, que seria “ele próprio a assinar o despacho de destituição” em vez de ser o Vice-presidente Nuno Piteira Lopes, também ele candidato pela coligação VivaCascais à Câmara Municipal.

VÍDEO (Reveja aqui o que aconteceu)

Para João Rodrigues dos Santos, este episódio configura “uma violação flagrante dos princípios democráticos, da separação de funções e da autonomia fiscalizadora do cargo que exercia”.

“Não me demito por fraqueza. Demito-me por força — de consciência, de coerência e de respeito pela democracia. Esta demissão é um ato de denúncia e de resistência.

“Recuso-me a ser cúmplice do silenciamento da oposição e do esvaziamento do papel fiscalizador dos vereadores”, declarou.

No comunicado, a Concelhia do partido de André Ventura “reafirma o seu compromisso com a transparência, a ética institucional e o papel da oposição no Município de Cascais”.

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