O PALÁCIO DO MARQUÊS DE POMBAL
Da vontade de El-Rei D. José e do seu desejo de agraciar o Marquês de Pombal nos ficou esta famosa Quinta dos Condes de Oeiras, que guarda uma das mais características casas solarengas do século XVIII, a qual fica localizada no actualmente chamado Centro Histórico de Oeiras.
A planta e a traça sob a vigia devem-se ao arquiteto húngaro Carlos Mardel na 2ª metade do século XVIII, e nela se conjugam os espaços de quinta de azenha e horta com o de solar aristocrata, enfeitado de cascatas e jogos de água. O palácio serviu de residência oficial de Sebastião José de Carvalho e Melo, também conhecido por Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, de onde derivou o nome do edifício.
O palácio, ao estilo barroco, e os jardins caracterizam-se por possuírem estatuetas, largas avenidas, uma fachada com doze bustos de imperadores romanos em mármore de Carrara, uma profusão de vasos requintados e cerâmicas de surpreendente bom gosto.
No interior do palácio a que é dado o nome de Marquesa de Oeiras ostenta-se ainda a memória do fausto. Sucedem-se os salões com uma espantosa variedade de azulejos, de cores e desenhos sempre diferentes. Os tectos altos são de relevo quase nulo, decoração pesada ao estilo dos estucadores italianos. Não lhe falta a capelinha erigida sob a proteção de Nossa Senhora das Mercês, em cujos altares se ostentam painéis do setecentista André Goncalves.
Na 2ª metade do século XX, a propriedade foi vendida e fraccionada, tendo a Quinta de Baixo sido adquirida pela Fundação Calouste Gulbenkian e a Quinta de Cima comprada pelo Estado para instalar a Estacão Agronómica Nacional.
Desde 2004 que a propriedade pertence à Câmara Municipal de Oeiras.
*NELSON FERNANDES recorda em Cascais24Horas duas vezes por semana factos e curiosidades que marcaram outrora Cascais e fazem parte da história de esta vila de reis e pescadores.
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