JOÃO RUIVO, candidato do PS, quer “Dar Sentido a Cascais” com propostas concretas para substituir a “montra” pela “casa”

CASCAIS- “O concelho tornou-se uma montra, mas deixou de ser uma casa”, afirmou João Ruivo, candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara de Cascais na apresentação das linhas mestras com as quais pretende “Dar Sentido a Cascais”, que decorreu esta quarta-feira, à tarde, no Parque Urbano do Outeiro da Vela, nas Fontainhas.

O lançamento oficial da candidatura reuniu dezenas de apoiantes, com Mariana Vieira da Silva, Ana Sofia Antunes, Álvaro Beleza, Marcos Perestrello e Carla Tavares, presidente da FAUL também a marcarem presença, bem como os quatro candidatos às Juntas de freguesia: Sandra Chamusco em Alcabideche, Carlos Saltão na União das Freguesias Carcavelos-Parede, Maria João Fialho Gouveia pela União das Freguesias Cascais Estoril, e Luís Miguel Fonseca em São Domingos de Rana.

João Ruivo começou por constatar o sentimento de “cansaço” instalado entre os munícipes em relação às atuais políticas da Câmara: “O concelho tornou-se uma montra — mas deixou de ser uma casa”, afirmou.

Por isso mesmo apresentou os eixos centrais do programa que tenciona anunciar para dar resposta às necessidades e frustrações de quem vive no concelho.

A habitação foi o primeiro problema definido como “prioritário” por João Ruivo: “Como foi possível, numa terra unida pelas suas comunidades, termos chegado a um ponto em que as novas gerações cascalenses estão impedidas de viver aqui?” questionou. Anunciou, por isso, que vai “lançar o mais ambicioso programa de casas a custos acessíveis no território nacional”

João Ruivo identificou depois a mobilidade como outro desafio a enfrentar: “Um concelho moderno não pode viver refém de uma única via”, denunciou, antes de afirmar ser “urgente abrir Cascais e construir a Via Longitudinal Norte”, que está prevista no Plano Diretor Municipal há décadas.

“Há décadas que o norte do concelho (Alcoitão, Manique, Trajouce, Conceição da Abóboda) espera por esta infraestrutura. Só alguns troços existem, e só em Alcabideche vemos condições mínimas de fluidez e segurança. A conclusão da VLN é um compromisso. É um imperativo”, reforçou João Ruivo, que defendeu, ainda, que “os transportes públicos em Cascais precisam de ser repensados”.

Por último, depois de alertar para o facto da Economia do Concelho estar “desequilibrada” , anunciou que a candidatura vai incluir no programa “uma estratégia clara e ambiciosa para atrair novas empresas, especialmente ligadas às áreas tecnológicas e criativas. Projetos inovadores, com futuro, que tragam emprego qualificado, criem nova oportunidades e fixem jovens.”

Com estas propostas, João Ruivo, que é filho de um antigo funcionário das Águas de Cascais e de uma lojista que vestiu gerações de bebés e crianças numa loja no centro da vila, apresentou-se como a candidatura mais credível, que irá permitir aos cascalenses “escolher” entre um futuro com “mais betão de luxo, ou mais futuro para quem cá nasceu”.

Recorda-se que a Comissão Política Concelhia do Partido Socialista (PS) de Cascais aprovou no dia 30 de abril, conforme Cascais24Horas então noticiou, o nome de João Ruivo como o candidato a Presidente da Câmara Municipal de Cascais, num processo que envolveu a Federação da Área Urbana de Lisboa e a Direção Nacional do PS.

João Ruivo é presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Cascais desde julho de 2024, tendo uma extensa e disseminada atividade cívica e política concentrada no concelho.