INGLÊS que matou amigo com 24 facadas terá andado a rondar mansões em Cascais


William Hunter, 34 anos, procurado pelo assassínio, com 24 facadas, de um amigo inglês, em Albufeira e capturado há dias pela Guardia Civil, em Alicante, terá tentado há cerca de seis meses assaltar uma mansão na Quinta da Marinha, em Cascais, apurou Cascais24Horas.
A presença de Hunter na Quinta da Marinha terá sido captada por câmaras de videovigilância, o que terá levado a Polícia local a lançar um alerta, com as imagens, via Europol, não sendo de excluir que podem ter ajudado na sua captura em Espanha.
A captura, no entanto, e segundo as autoridades espanholas, só foi possível graças a uma investigação conjunta entre a Unidade Central Operativa, a Unidade Orgânica da Polícia Judicial de Málaga, a agência britânica NCA e a Polícia Judiciária (PJ) de Braga.
Hunter é, também, suspeito de com um cúmplice ter, em janeiro e abril últimos, assaltado uma ourivesaria em Esposende, no Norte do País, com recurso a uma arma de fogo e um martelo.
Estava em fuga há cerca de 17 meses.
William Hunter assassinou Elliot Mulligan, de 22 anos, no apartamento que ambos partilhavam, em Albufeira, a 6 de abril de 2022.
Hunter esfaqueou 24 vezes Elliot, que tentou fugir do apartamento de luxo saltando da varanda e caminhando vários metros pelo jardim antes de finalmente cair ferido de morte.
Considerado bastante perigoso e com um longo currículo criminal, o inglês foi condenado a 18 anos de prisão pelo tribunal, mas recorreu em 2023.
Foi libertado sob fiança em abril do ano passado, depois de atingir o limite de tempo de prisão preventiva, refugiando-se, então, em Espanha, com deslocações frequentes a Portugal para alegadamente praticar assaltos.

Hunter, segundo as autoridades espanholas, estava refugiado entre as províncias de Málaga e Alicante, onde aproveitou a grande colónia britânica estabelecida nestas áreas para dificultar a sua localização. Chegou a escapar a várias operações policiais que visavam capturá-lo, chegando a tentar atropelar polícias.
Além disso, diz a Guarda Civil, o fugitivo contava com o apoio logístico da sua família e da sua comitiva criminosa, o que dificultava a sua deteção, uma vez que esta rede lhe fornecia alojamento móvel e apoio financeiro.
Entretanto, as autoridades portuguesas solicitaram a sua extradição.