Gang faz razia “cirúrgica” a mensalidades
Por CASCAIS24
Um gang especializado em assaltos “cirúrgicos” a secretarias de complexos desportivos e corporações de bombeiros para furtar montantes das mensalidades pagas pelos utentes, está a ser investigado pelas autoridades policiais, sob a coordenação do Ministério Público (MP) de Cascais.
A vaga de assaltos “misteriosos” regista-se desde há dois anos e, entretanto, terão rendido aos executantes alguns milhares de euros.
Em regra, os autores materiais dos assaltos operam com grande à-vontade, manifestando conhecimento das instalações alvo e tendo por objetivo único e exclusivo montantes guardados e provenientes de mensalidades pagas por utentes dos espaços.
“Sabem como entrar, como movimentar-se e onde estão guardados os valores a subtrair”, disse, a Cascais24, fonte próxima das investigações.
Há dois meses, o alvo foi a secretaria do Complexo Desportivo de Alcabideche, sob gestão da Junta de Freguesia.
Foram furtados cerca de 8 mil euros em dinheiro das mensalidades.
Os intrusos ter-se-ão introduzido nas instalações através de uma “porta semifechada”, junto ao ginásio.
O autarca de Alcabideche limitou-se a confirmar a Cascais24 que “houve um assalto”, mas alega tratar-se de um caso que “está a ser objeto de investigação”.
Já, dois meses antes, curiosamente – apurou agora Cascais24 – pelo menos dois desconhecidos, com capuzes a cobrir-lhes os rostos, introduziram-se durante a madrugada, por escalamento e arrombamento de uma janela, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Alcabideche.
Os intrusos desceram à secretaria e, procurando sempre esquivar-se às câmaras de videovigilância, foram “direitinhos” aos cofres que guardavam cerca de 5 mil euros em mensalidades pagas pelos utentes nas várias áreas de atividade desenvolvidas pela respetiva Associação.
O assalto foi confirmado a “Cascais24” pelo presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcabideche, José Filipe Ribeiro, que é também tesoureiro da autarquia local e futuro candidato pela coligação “Viva Cascais” à presidência da Junta de Alcabideche nas autárquicas de outubro próximo.
De acordo com fontes contatadas por Cascais24, é provável que estes assaltos tenham a mesma assinatura daquele que, em dezembro de 2015, foi praticado no Complexo Desportivo de Alapraia, sob gestão dos Bombeiros do Estoril. Na altura, foi furtado um cofre com cerca de 5 mil euros em mensalidades.
Os investigadores estão convencidos que os assaltos só são executados, em segurança, a partir de informações fornecidas por “alguém” que, sendo frequentador das instalações, acaba por vigiar os movimentos e conhecer a rotina dos alvos, planeando e mandando executar os golpes no espaço temporal em que há maior movimento de dinheiros.
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