É a Nossa Hora!
OPINIÃO | VASCO PRADA
Aderir a uma juventude partidária ou a um partido político é sempre uma decisão de grande responsabilidade, uma escolha que inevitavelmente afeta a vida pessoal de quem decide militar nestas estruturas.
É uma decisão de mérito, acima de tudo, pois, a partir desse momento, optamos por dedicar uma parte ou até a maior parte do nosso tempo livre em busca de algo maior e melhor para a nossa sociedade, através das ideias em que acreditamos.
É também um manifesto, o momento em que dizemos “basta” de deixar que os outros decidam por nós e passamos a fazer parte ativa da mudança que queremos ver no mundo.
Participar na vida política é igualmente uma experiência profundamente enriquecedora. Permite-nos conhecer novos lugares, novas ideias e diferentes realidades que nos moldam para toda a vida enquanto seres humanos.
É aprender a respeitar o outro, a discordar do que muitas vezes nos tentam impor e a não ter medo de pensar e expressar os nossos pontos de vista que, como tudo na vida, podem evoluir ao longo do tempo. Afinal, o mundo está em constante mudança e nós mudamos com ele.
Mas ser jovem e participar na política é também dar o corpo ao manifesto. É enfrentar um sistema arcaico, marcado por vícios antigos e distorcidos, que só poderá ser transformado com a resiliência e a força de vontade daqueles que realmente querem mudar o tabuleiro e limpar as teias que o prendem.
Nem todos os dias serão bons, mas nem todos serão maus e é importante não nos deixarmos enganar por quem tenta vender gato por lebre.
Em Cascais, nas últimas eleições, vários jovens foram eleitos, pelas mais diversas forças políticas, para representar a população nos diferentes órgãos autárquicos do nosso concelho.
O desafio que temos pela frente é representar, acima de tudo, o interesse público, sem nunca esquecer os princípios que nos guiam e pelos quais fomos eleitos.
Não devemos deixar-nos intimidar pela responsabilidade, nem pela “naftalina” que ainda teima em persistir no meio político.
Se conseguirmos fazê-lo, estou certo de que, no futuro, mais jovens terão coragem de participar, candidatar-se e assumir o seu papel na transformação da sociedade.
Somos a geração mais qualificada de sempre, aquela que tem ao seu dispor mais conhecimento e mais ferramentas do que qualquer outra, por isso mesmo, chegou a hora de lutarmos para que o nosso presente e o nosso futuro deixem de ser adiados.
Por um mundo melhor, onde a solidariedade, a empatia, a equidade e a tolerância sejam a regra!
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