
CASAL que trabalhou no centro comunitário de Parede detido por assaltos a idosos

CASCAIS- Investigadores criminais da PSP de Cascais detiveram no distrito de Santarém um casal de ex-funcionários do Centro Comunitário de Parede, suspeito de uma vaga de assaltos a residências de idosos, praticados no verão passado.
Os suspeitos, um homem, 49 anos, e uma mulher, 44 anos, ambos toxicodependentes e atualmente a frequentarem centros de recuperação naquela região, podem vir a ser indiciados pelo Ministério Público de Cascais pela prática de um crime de roubo e de cinco furtos qualificados em residências contra pessoas especialmente vulneráveis devido à idade ou doença.
Antigos funcionários do Centro Comunitário, que apoia idosos, o casal ter-se-á aproveitado do conhecimento que tinham com as vítimas para deslocarem-se às suas residências e, mediante astúcia, as ludibriarem, fazendo-as crer que ainda desempenhavam funções na instituição, ele como motorista e ela como assistente operacional.
Já no interior das residências realizavam os furtos, sobretudo peças de ouro que depois vendiam em lojas de compra de ouro.
No decurso da investigação dos agentes da área do Património da Esquadra de Investigação Criminal da PSP de Cascais foi possível confiscar cerca de cinquenta peças de ouro, num valor que poderá ascender aos 15 000 (quinze mil) euros.
Os investigadores realizam neste momento diligências de modo a apurar a identidade dos donos de algumas das peças de ouro confiscadas, dado muitas vítimas não terem formalizado queixa junto dos órgãos de Polícia Criminal.
Esticão
O assalto mais violento protagonizado pelos suspeitos registou-se a 6 de setembro do ano passado.
A vítima foi abordada na via pública, a caminho de casa, pela mulher suspeita, a qual tentou aceder ao interior da residência por meio de astúcia.
Ao aperceber-se de que a vítima não permitia, acabou por lhe roubar, pelo método de esticão, um fio em ouro que trazia ao pescoço, colocando-se em fuga.
Em liberdade
O casal suspeito é consumidor habitual de drogas e está em liberdade, com apresentações semanais decretadas depois de submetido a primeiro interrogatório judicial em Cascais.
A decisão judicial de não decretar a prisão preventiva, segundo apurou Cascais24Horas, ficou a dever-se ao facto dos suspeitos terem sido, entretanto, admitidos em centros de recuperação para toxicodependentes.