CARREIRAS considera que interdições a praias de Cascais são “no mínimo estranhas”

Notícia publicada às 21h22

Não há memória de tantas praias do concelho de Cascais, desde a abertura da época balnear, a 1 de maio último, terem tantas interdições a banhos por parte da Agência Portuguesa do Ambiente por as águas estarem fora dos parâmetros normais como este ano e, a propósito, o ainda chefe do executivo, Carlos Carreiras, veio a terreiro através das redes sociais, afirmar que “ a situação este ano apresenta-se no mínimo como muito estranha”.

Segundo Carlos Carreiras, “as autoridades com competências nesta matéria têm de uma vez por todas de identificar as causas, não podemos andar dia sim dia não com interdições que no mesmo dia ou no máximo no dia seguinte são retiradas com contra-analises”.

Ao tomar uma posição sobre a matéria, Carreiras considera que “tinha de colocar um ponto final a esta série de ataques a Cascais”.

“O efeito reputacional é altamente negativo. Ou identificam a(S) razões e aplica-se penalizações fortes aos provocadores, ou o sistema fica sem qualquer credibilidade”, diz o ainda chefe do executivo”.

Análises duas vezes por dia

Carreiras aproveitou para elogiar nas redes sociais a tomada de posição do seu Vice-presidente, Nuno Piteira Lopes, que divulgou o resultado das análises recentes da APA às praias da Poça e das Moitas que “nem precisavam de ser interditadas”.

De acordo com Piteira Lopes, “os valores que a autarquia recolhe semanalmente demonstram que todos os índices se encontram dentro da normalidade” e não deixou de “lamentar, por isso, que a APA, que testa a qualidade das águas apenas de mês a mês, se tenha baseado em critérios tão vagos para limitar o verão aos cascalenses”.

O município de Cascais revelou, entretanto, que vai passar a realizar através de laboratório credenciado análises duas vezes por dia nas praias “para que os cascalenses, e os que nos visitam, saibam que estão seguros”.

Banhistas (também) estranham

São vários, também, os banhistas que estranham os critérios das interdições nas praias de Cascais.

Um deles, Carlos dos Anjos, disse, a Cascais24Horas que “diversas praias, que sempre foram locais de lazer e segurança, encontram-se interditadas ao público, com a bandeira vermelha hasteada, mas onde, de maneira absolutamente incrível, a bandeira vermelha convive lado a lado com a bandeira azul, criando uma contradição que não pode passar despercebida”.

Um outro banhista lamentou “a discrepância entre praias tão próximas, umas com bandeira vermelha e outras, ao lado, verdes, o que cria uma grande confusão entre os frequentadores e aumenta os riscos para a saúde e segurança pública”.

Um outro veraneante e frequentador das praias de Cascais questionou: “Se uma praia é interditada, porque razão a que está ao lado não é? Não é normal. Estranho”.