14 de March, 2025
“É URGENTE travar a descaracterização das povoações, provocada pela excessiva construção urbana” em Cascais
Atualidade Política

“É URGENTE travar a descaracterização das povoações, provocada pela excessiva construção urbana” em Cascais

Fev 18, 2025

CASCAIS-É urgente travar a descaracterização das povoações, provocada pela excessiva construção urbana, sobretudo na gama de condomínios turísticos e de habitação de luxo (serviced apartments) que, aumentando o trânsito e a poluição sonora e atmosférica produzida pela fraca e ineficiente rede de transportes públicos e pelas mal planeadas infraestruturas viárias, provocam impactos negativos sobre as populações”. Esta uma das principais conclusões a que chegaram os participantes do II Encontro sobre Ambiente e Qualidade de Vida em Cascais e que farão parte de um manifesto a enviar às candidaturas autárquicas de 2025, aos órgãos de soberania e a outras instituições, pela defesa urgente e efetiva do património histórico, cultural e natural de Cascais.

“Apesar da nova Lei dos Solos ainda não estar em vigor, nos últimos anos, no Concelho de Cascais, verificou-se uma persistente ocupação, com edificações, de solos rústicos e de áreas verdes e de proteção, bem como o contínuo agravamento da erosão da orla costeira”, concluíram, ainda, os representantes de mais de uma dezena de associações e movimentos cívicos, ONGA, e associações de moradores.

As ideias e propostas saídas de este encontro fazem parte de um manifesto, que “insta a que o município de Cascais invista efetivamente na sustentabilidade do concelho, em soluções inovadoras nas áreas urbanas mais compactas. Os parques urbanos e a proteção efetiva de reservas naturais são ferramentas chave, tornando áreas de elevada densidade urbana mais saudáveis e confortáveis para os seus habitantes e mais seguras e resilientes às alterações climáticas”.

Este II encontro propõe, nomeadamente: (i) a não aplicação (a revogação) da Lei dos Solos; (ii) a suspensão imediata da urbanização da Quinta dos Ingleses e conversão total em parque natural urbano (iii) a suspensão imediata de outros Planos Urbanísticos que impermeabilizam a orla costeira; (iv) a reversão da classificação como solos urbanos, dos solos rústicos na Areia, Birre e Aldeia de Juso; (v) a cessação de atividade de viação e reconversão do Aeródromo de Tires; (vi) a reconversão do Autódromo do Estoril (vii) a reversão da desclassificação do Património Edificado do Concelho (viii) a reavaliação dos projetos a construir em espaços naturais, e (ix) a legalização dos bairros de génese ilegal”.

Neste encontro participaram representantes da Associação de Defesa da Aldeia de Juso, Associação de Moradores de Birre, Pampilheira e Torre, Associação de Moradores e Amigos de Cabeço de Mouro, Associação de Proprietários do Bairro Monte Trigo, Associação Respirar Cascais, Forum por Carcavelos, Grupo Areia Guincho, Grupo Contra o Alargamento do Aeródromo de Tires, ONGA Grupo Ecológico de Cascais, ONGA Associação Ambiental SOS Quinta dos Ingleses, Associação Amigos do Parque das Gerações, e ainda, como observadora, a ONGA Quercus.

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