ROTUNDA de mal a pior
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Leitor: ALEXANDRE KULCINSKAIA
A recente inauguração do novo terminal rodoviário de Cascais foi feita com pompa e circunstância. Quase tanta quanto aquela que aconteceu aquando da inauguração do Cascais Villa e do terminal rodoviário que também ali havia sido construído. Duas obras que acabaram por se revelar mal pensadas, mal executadas e mal aproveitadas.
Como em Cascais aquilo que importa é construir e depois deitar abaixo, para que ocasionalmente existam projectos a ser aprovados, concursos públicos a serem feitos e rodos de dinheiro a circular, o Cascais Villa, “mamarracho” nunca aceite, nem nunca bem-visto pelos cascalenses, vai abaixo e a primeira atitude foi proceder ao seu encerramento, ficando agora ao abandono, bem no meio de Cascais aquele Titanic por afundar, e a segunda foi fazer o novo terminal.
Não sei que arquitecto, sobrinho de quem, desenhou o projecto da obra, mas ao que parece fez as coisas em cima do joelho. Inicialmente o espaço não estava munido nem de palas protectoras contra o sol, de um espaço de descanso para os motoristas, nem tão pouco de casas de banho quer para utentes dos autocarros ou até para os motoristas. No que diz respeito ao trânsito aconteceu uma autêntica revolução. Sentidos que foram mudados, ruas que passaram a ser só de um sentido, voltinhas saloias ridículas e lugares de estacionamento, aliás, MUITOS lugares de estacionamento que foram suprimidos. Lugares que numa Cascais com tanta falta de parqueamento, são considerados essenciais.
Mas a maior bizarria continua por descrever. O que passa na cabeça de quem concebeu esta ideia quando a solução encontrada para escoar o imenso trânsito que se sente em Cascais, é o de complicar o trânsito na principal rotunda de Cascais (a da estrada da Marginal, em frente ao Auchan) acrescentando uma entrada e mais uma saída, saída essa que passa ser usada, por quem vem da Av. de Sintra, faz com que tenha que atravessar as duas vias da rotunda, fazendo um corte de trânsito, ou até pior, provocando acidentes cuja admiração é não acontecerem mais vezes. Para juntar a esta magnífica ideia, e não encontrando solução para a organização dos semáforos naquela rotunda, a decisão tomada foi a de colocar os semáforos em amarelos intermitentes, numa clara mensagem aos automobilistas de “não conseguimos resolver esta situação, aqui estão os intermitentes, agora safem-se como quiserem…”
Conclusão, o trânsito naquela rotunda ficou ainda mais caótico do que já era, ficou substancialmente mais perigoso, quer para automobilistas, quer para peões, mas não interessa, porque está tudo bem. O que conta é que foi feita mais uma obra pública, que não há-de ter sido barata, e que poderá ter sofrido algum desvio de verbas que só mais tarde se saberá…
Aposto que nesta obra do terminal as Carreiras que ficaram a ganhar não foram só as que param no terminal.