18 de January, 2025
100 MIL EUROS pagam liberdade até julgamento de suspeitos de fraude de 4,6 milhões
Atualidade Justiça

100 MIL EUROS pagam liberdade até julgamento de suspeitos de fraude de 4,6 milhões

Dez 20, 2024

CASCAIS- Foram libertados esta quinta-feira na condição de pagarem 100 mil euros de caução os quatro gestores da PSG empresa de segurança, SA- três homens e uma mulher- detidos numa operação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ), no âmbito de um inquérito tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Cascais, por suspeita de associação criminosa e fraude fiscal, que poderá ascender a 4,6 milhões de euros.

Os detidos, com idades compreendidas entre os 29 e os 68 anos, entre os quais o presidente do conselho de administração da empresa, sediada no Estoril, e o filho, estão ainda proibidos de movimentar dinheiro das sociedades do grupo PSG, ausentarem-se para fora do País, bem como de contatarem entre si e apresentarem-se duas vezes por semana no departamento policial da área de residência.

As medidas de coação foram decretadas pelo juiz de Instrução Criminal de Cascais, depois da detenção dos arguidos esta terça-feira, na sequência da operação “Métis”, que decorreu nos distritos de Lisboa, Faro e Braga e contou com a participação de 80 inspetores da PJ, seis peritos da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática, 30 inspetores tributários e aduaneiros, 10 elementos do Núcleo de Informática Forense da AT e dois magistrados do Ministério Público.

A operação visou a execução de 20 mandados de busca (13 domiciliárias e 7 não domiciliárias) e o cumprimento dos quatro mandados de detenção fora de flagrante delito.

Adicionalmente, foram constituídas arguidas oito pessoas singulares e três pessoas coletivas, e apreendido um vasto acervo probatório: três viaturas de luxo, entre as quais um moderno Bentley, que se suspeita terem sido adquiridas com o produto da atividade alegadamente ilícita, bem como valores em numerário e em criptoativos.

Os factos em investigação reportam-se ao período compreendido entre 2015 e 2024 e visam a criação e a utilização de diversas empresas fictícias, num esquema de emissão e utilização de faturação falsa, com vista à obtenção de uma vantagem patrimonial no montante global apurado, até ao momento, de 4.6 milhões de euros.

A investigação continua com a análise dos elementos probatórios complementares, agora apreendidos, tendo em vista o apuramento da responsabilidade criminal de todos os suspeitos e das vantagens patrimoniais ilicitamente obtidas.

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